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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Reparação - Retratação do texto ‘Político’ (último post de 2010)

Fico muito feliz quando há comentários nos posts, e mais ainda quando algum desses realmente sabe o que está falando, e fala bem. Como é o caso do Anônimo do último post, claro que seria muito melhor se houvesse identificação.

Entretanto, retratação não se trata de elogios, mas de esclarecimentos. O que eu quis passar, principalmente, no outro post foi a diferença entre o presidente que sai e a presidente que entra. Esta meramente política – embora nunca tenha exercido cargo nenhum por eleição – e aquele um populista, o melhor da América Latina desde os anos 90, pois levou o carisma não só à população, mas ao mundo.

O que venho retratar, após esse reforço, é uma ideia que não pareceu bem clara no post. Não defendo o populismo desacerbado, não levando resultado [positivo] nenhum ao país. Só quis dizer que o povo não está acostumado com um presidente que não estenda a mão, acene e sorria, faça piadas e fale de futebol. Carecerá, a maioria, deste ‘pai’ ou ‘filho’ do Brasil; mas disse, também, que isso não é coisa ruim, pois pode ser uma brecha para a mudança de pensamento da nação, e um início de cobranças - como há na Argentina – aos políticos.

Com isso, fecho o ano de 2010, com 73 postagens (pra mim o número é importante), espero mais postagens e maior repercussão para o ano de 2011, quando estarei, também, com o blog indubioproleo.wordpress.com com assuntos mais jurídicos, então poderão ver um pouco do meu lado conservador neste novo endereço. Que tenham passado um bom natal, e que tenham uma excelente virada de ano. Próspero 2011.


In Dubio Pro Bar

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Político

(peço desculpas pelo empréstimo, ou adaptação, forçado de Aristóteles)

Este ser tão odiado atualmente, simplesmente por exercer sua função, ou estar no cargo em que foi eleito para estar. Claro que o real ódio não é simplesmente por isso, mas pelo mau funcionamento dos órgãos, pelas falhas e pela falta de melhoria e progresso.

Decerto que um político não será odiado e pode exercer seu papel com normalidade em um país como a Suíça; lá, não há necessidade de qualidades extras para ser um bom político, basta trabalhar. Este é o tipo de político da nova presidente. Dilma não tem diversas características ou qualidades que são necessárias a um presidente brasileiro.

Ela trabalhará, exercerá sua função, fará discursos, representará o Governo dentro do país e a nação fora dele. Será seca, séria, como se deve ser, será profissional, fria, longe do lado pessoal de quem fala. Mas não será o suficiente, o povo pedirá mais, mais atenção, olhos de mãe, praticamente, quererá carinho, um abraço, só não um beijo porque ninguém merece um dela.

Ela não será atriz, o que não é um erro sendo político. Mas nós estamos falando do Brasil, e não é de hoje que esse povo precisa de mais, precisa de um pai à la Perón, à la Vargas. Não é, apenas, porque o antecessor é o Lula, é porque, também, é o tipo de político e, principalmente, presidente que esse povo precisa.

Esse tipo é, certamente, o que Lula sabe ser, não se sabe se por atuar, politicar, ou porque o é assim de fato. “Lula, o filho do Brasil”. Não é qualquer político que consegue criar uma imagem próxima, ou tão próxima, com seu povo, como ele fez. Todo mundo sabe que ele é o carisma em pessoa, e precisa ser para governar um país rico, com um povo pobre ou quebrado, e fazer todo mundo (ou 80% da população) acreditar que está bom, pelo menos bom.

Lula tem um carisma tão impressionante que, após ser chamado de ‘o cara’ pelo presidente norte americano – Barack Obama -, ele não foi recepcionado com armas direcionadas e munição penetrando seu corpo no Irã. É esse tipo, mágico, ator ou meramente populista que o povo brasileiro precisa, para se acalmar e aceitar qualquer situação de baixo crescimento e aparente distribuição de renda – que fez pessoas saírem da miséria, deixaram de ser miseráveis para virarem pobres, e outras saírem da pobreza e entrarem na classe média muito baixa, deixando de comer mal para mal comer.

Não me entendam mal, não digo que o Brasil precisa de um ilusionista, muito pelo contrário. Um político como esse manterá a situação como está, como uma promessa de melhora, “País do futuro”. O que é preciso é de alguém que melhore o país como um todo; se é necessária forte participação popular, manifestações e impeachments para essa mudança, que haja. Talvez a troca de um presidente com ‘a cara do povo’, um presidente irmão, um lulista, para uma presidente ‘político’ ocasione esse fato; talvez agora seja o momento da mudança, da mudança de pensamento de um povo.

Francamente, se a Argentina conseguiu isso, nós conseguimos e ainda viramos a Suíça.

In Dubio Pro Bar

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Golpe Aeroviário

Essa greve às vésperas do natal é muito bem formulada, vai atingir o maior número de pessoas, pois são duas datas muito comemoradas, as pessoas vão para os quatro cantos do mundo, ou vão rever familiares. Eu não apoio essa greve, como não apoio qualquer outra, mas esta greve está mostrando a classes mais abastadas que elas são atingíveis por essas manifestações.

Chega de pararem trens, metrôs e ônibus; nestes casos a população que não tem recurso é gravemente ferida. Pensem um pouco, um avião que não voa uma família vai ficar sem viajar, sem ir para a Europa, Estados Unidos. Já ônibus, trens, metrôs atrapalham diversas famílias a colocarem comida na mesa, impedem de trabalhar as classes mais necessitadas, um crime.

E o pior é o acordo, num caso irá sair de algum luxo, que cessará, e já cobrirá o que é pedido pelos aeroviários. No outro caso, aumentará – em centavos gritantes – a passagem do transporte público, logo, a pessoa que não perdeu emprego por não conseguir chegar ao trabalho na hora, ou nem conseguiu chegar, vai ter que pagar uma passagem mais cara.

Outro fato que me impressionou – neste caso para bem – foi relacionado, também, ao acordo. Assisti ao presidente, Luis Inácio, dizer que a situação não pode ficar sem negociação. Não sei se isso foi fruto da classe social atingida, mas o que se vê é um presidente disposto a negociar com grevistas. Talvez o seu passado sindicalista não esteja tão apagado assim, talvez ele apenas seja um bom político, grande populista e excelente ator.

Quem poderá saber…


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sábado, 18 de dezembro de 2010

Vícios de Internet I – Facebook

Tiro a poeira do blog com mais de um mês sem postar montando uma nova série.

Apresento-vos “Vícios de internet”, e abro com meu mais novo vício, o Facebook (thefacebook, pra quem viu o filme “A Rede Social”).

É uma obra prima (não no sentido original); particularmente, eu achava que era uma versão muito rústica do Orkut, embora fosse tão velho quanto. Não gostava da interface, achava-o pouco prático. Há cerca de um mês, comecei a usá-lo incessantemente; assim, minha visão mudou, ou se abriu.

É algo tão interessante e prático que sua criação virou filme, tamanha é a aceitação e uso – tanto quanto compulsivo. Para o Orkut chegar a algo assim tem que melhorar muito. E, como disse Rafinha Bastos em seu twitter, o filme sobre o Orkut já está sendo gravado, completamente em Osasco. As vendas, o público do filme será, apenas, espelho dos usuários; eu já vi o filme, gostei muito, embora não tenha entendido praticamente nada das partes técnicas, como códigos de programação – algo para poucos.

Fato é que esta rede social cresce atualmente com uma rapidez imensa no Brasil, e surgem mais vícios, pois o Facebook (ou Face, como é chamado por alguns) substitui praticamente qualquer outro site de rede social, ou entretenimento. Há jogos para se viciar, quizzes, e da para conversar – tanto instantaneamente (como um Messenger), quanto deixar um recado no mural para a outra pessoa responder quando puder. Há a possibilidade de comentar o resultado do jogo ou do quiz que algum amigo fez, a frase que alguém falou, foto que colocou.

Há, além disso, a possibilidade da criação de uma página para fãs que é melhor que as já conhecidas comunidades do Orkut, pois elas possuem maiores possibilidades (como por vídeos) e somente o criador pode controlar. Há também, a possibilidade de criar grupos de interesses em comum, com postagens dos diversos membros (sim, estas bastante parecidas com as comunidades do Orkut).

Tentem, aproveitem e viciem-se, com o tempo você vai achar até agradável e prática a estranha formatação da página. (é como o Linux para o Windows, um parece bom, bonito e funcional, mas o outro é quem realmente é)

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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Desrespeito com a democracia


Qualquer dito meu que já sabia não será mera coincidência. Fato é que já sabíamos (ou deveríamos saber) qual seria o resultado desse último domingo nas urnas. Não tinha como o, assim chamado, sucessor de um presidente com 80% de aceitação [bom e ótimo] nas pesquisas (80%do país e eu não conheço nenhum!!) perder. Isso não era possível nem aqui nem na China - aliás, muito menos na China.

Mas, como citado no meu texto anterior, não há perda nenhuma nessa decisão; qualquer uma das [duas] possíveis escolhas seria igual. E com essa escolha a situação do nosso querido e amado Estado Paulista continua a mesma: PSDB em casa, PT fora dela.

Não me digam os de direita - por favor, não é um xingamento, não estou dizendo que são burgueses ou reacionários, eu, inclusive, me considerava "direitista" até certo tempo - que Dilma foi uma escolha ruim por ser do PT, ou por continuar o governo Lula. Lula continuou o governo FHC, por isso deu certo, e realmente deu certo; há falhas, mas falta tempo para atingirmos algo bom, e muito mais - talvez a eternidade - para atingirmos algo perfeito.

Realmente não gostei de Dilma ter sido eleita - utilizei a forma sem artigo, o que parece nordestino falando*, pois não quero quer haja intimidade com este ser nem na escrita -, creio que ela não esteja preparada para tal fardo e não era a melhor opção, sinto muito, mas não era.

O corrente Governo teve força em vários projetos sociais, há quem diga que foi um assistencialismo; de certa maneira foi, mas não foi e é necessário. Espero que o olhar social do próximo, ou de algum próximo, governo seja para melhoria em longo prazo; chega de dar auxílio em forma de esmola e não suprir necessidades por completo. O programa de bolsas é uma falha, não por ser esmola - o que não é -, mas por não propiciar a certeza de um futuro digno.

O que o Brasil realmente precisa é de um presidente que olhe pelo interesse de todos, o chamado "bem público", e não, apenas, para os seus e de seus companheiros, aliados ou coligados. Um presidente que entenda tanto altos grupos, quanto a classe média que almeja ser alta, a classe média emergente, a classe baixa e os "homeless" [pessoas em situação de rua]. Um Governo que faria um molde como o Capitalista para os dois primeiros grupos e Socialista para os outros três.

O primeiro investimento (primeira necessidade) é, de fato, na educação que deve ser feito, ela gera um futuro e presente digno, mas não é somente isso. Como manter com segurança [familiar, inclusive] essa criança na escola, como manter tranquilo o lar e os pais dessa criança que está na escola? O modo de se assegurar um bom empenho na escola, ou seja, um bom resultado dessa melhoria educacional é assegurar que a família tenha estrutura. Para isso ocorrer deve haver alguns pontos, a princípio: 1) os pais devem ter seus empregos garantidos; 2) deve haver moradia cômoda pelo número de pessoas que reside; 3) as crianças tem que ter uma garantia e expectativa de futuro pessoal e profissional; 4) deve haver segurança física para a pessoa, pois não existe possibilidade de tranquilidade com violência.

Não vou, hoje, escrever todas as minhas ideias, até porque não é um Blog o espaço para isso - não em uma linha lógica e direta de raciocínio -, mas sim um livro. O escrito dessas ideias é para um livro, quiçá vários, mas a aplicação deve ser num Governo, num Estado, o brasileiro de preferência, já que é o meu modelo para críticas. Que a aplicação seja feita por outrem antes de ser feita por mim, porque se for comigo cumpadi ...

Fato é que desviei um pouco do foco do meu tema de hoje; reforma política não tinha nada a ver com meu texto, mas saiu por costume, creio eu. O resultado das urnas neste dia das bruxas foi uma expressão democrática do povo, da nação brasileira; algo a ser respeitado.

Entretanto, não ocorreu respeito algum ao final de um resultado matematicamente confirmado, pois logo após o anúncio da vitória da candidata Dilma, do Partido dos Trabalhadores, houve uma avalanche de "tweets" de crítica. Vá! Que a crítica seja bem embasada, visando um apontamento político ou até um apontamento pessoal quanto a candidata, é aceitável. O que ocorreu, contudo, foi deplorável; cada vez que um brasileiro vota, ou vota em um candidato, está concordando com o sistema democrático em que vive, está dizendo um "sim" mais valioso do que o dito frente ao altar.

Logo após o anúncio de que Dilma Roussef seria a primeira mulher presidente do país, iniciou uma grande crise de inconsciência do povo do sul e sudeste do Brasil. Começaram a culpar os nordestinos pela eleição dela, a criticá-los pela origem, como se a inteligência de alguém dependesse da origem; como se a informação só existisse aqui no sul do país, como se só existisse a verdade de uns e não a de outros. A esquerda teve bons argumentos e pontos, assim como a direita, e não venceu por causa de votos de gente estúpida.

Muito pelo contrário, mostra que é estúpido quem pensa do modo como a garota que escreveu que "nordestino não é gente" - e por isso não deveria votar - e que estará ajudando São Paulo "matando um nordestino por dia"; dói ouvir o nome da sua cidade, do seu estado, sendo usado para tal afirmação. O cerceamento de direitos, nos mostra a história, não é o melhor caminho para uma nação, é um retrocesso enorme. Não vou ser hipócrita ao mencionar Hitler como mau exemplo de restrição de direitos, pois já o defendi aqui neste canal, e realmente acho que sem ele a Alemanha não seria nada hoje; e, hoje, seu PIB per capita supera o do gigante chinês (outra crítica: o PIB per capita deveria ser válido na hora de contar o avanço de um país, e não o PIB).

Basta lembrar que as pessoas, se é que são, que defenderam esse tipo de pensamento estão pensando como Fidel, que cerceou direitos e trouxe desgraça para um país que poderia ser o exemplo de prosperidade (e desigualdade) na América Latina; como não tinha mais Cuba, os Estados Unidos procuraram estes tupis portugueses. Pense que se, pra você, o direito de outros são retiráveis, para outros o seu também é; como você se sentiria não sendo detentor de direitos?

In Dubio Pro Bar

sábado, 30 de outubro de 2010

Eleições 2º turno 2010

Fiz o texto em formato de twitter por dois motivos: 1) Eu escrevi no twitter, copiei e colei aqui; 2) Eu vi este formato em texto no livro Elite da Tropa 2 e realmente achei fantástico.
O texto está no formato corrido de sempre pra quem preferir, é só descer um pouco mais.

leojribeiro Leonardo Ribeiro
O dia de amanhã não depende de sorte, força de pensamento, é pura expressão da democracia brasileira, aliás, (...)
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(...) segundo e último dia do ano em que seremos democratas e nossas vontades serão ouvidas, depois só em dois anos.
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Mas é fato que qualquer decisão tomada amanhã será ruim, não há menos pior. São igualmente ruins, (...)
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(...) pois não há segurança no voto naquele que seria o menos pior (Serra). E a candidata vai apenas continuar o falho governo situacional.
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Nós precisamos de mudança, e seja qual for o resultado de amanhã, não é o que conseguiremos. Precisamos pensar no Brasil como um todo
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ou separar de vez o Sul do resto, e ficar com os lucros e riquezas.E pensar como um todo é melhorar Norte e Nordeste, mas,também, olhar(...)
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(...)pra quem do seu lado passa fome e frio, ou come e mora mal. A única mudança é a educação, fazer o povo aprender a pensar, (...)
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leojribeiro Leonardo Ribeiro
(...) e não, apenas, copiar conhecimentos de outros.Um povo que pensa fica indignado com a situação da saúde, educação,transporte, segurança
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leojribeiro Leonardo Ribeiro
que encontramos hoje em situação de calamidade. Assim teremos mudança. Change we need. Yes we can. #VoteLeonardo em alguns anos
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MESMO TEXTO EM FORMATO CORRIDO

O dia de amanhã não depende de sorte, força de pensamento, é pura expressão da democracia brasileira, aliás, segundo e último dia do ano em que seremos democratas e nossas vontades serão ouvidas, depois só em dois anos. Mas é fato que qualquer decisão tomada amanhã será ruim, não há “menos pior”. São igualmente ruins, pois não há segurança no voto naquele que seria o menos pior (Serra). E a candidata vai apenas continuar o falho governo situacional.

Nós precisamos de mudança, e seja qual for o resultado de amanhã, não é o que conseguiremos. Precisamos pensar no Brasil como um todo ou separar de vez o Sul do resto, e ficar com os lucros e riquezas. E pensar como um todo é melhorar Norte e Nordeste, mas, também, olhar pra quem do seu lado passa fome e frio, ou come e mora mal.

A única mudança é a educação, fazer o povo aprender a pensar, não, apenas, copiar conhecimentos de outros. Um povo que pensa fica indignado com a situação da saúde, educação, transporte, segurança que encontramos hoje em situação de calamidade. Assim teremos mudança. Change we need. Yes we can. #VoteLeonardo em alguns anos

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domingo, 17 de outubro de 2010

Onda verde abortiva

Este ano de eleição está dando muito que falar, mas não muito do que se falar.

Pra quem não entendeu a diferença a explicação é rápida...
Muito se fala de aborto, das divergências dos candidatos, de um ser elitista e a outra terrorista [e, também, elitista]. Porém, não se fala de mais quase nada.

Tornamo-nos alienados em certos temas, certos assuntos que são como um cachorro correndo atrás de si. Assuntos eleitoreiros e que não vão mudar agora, assim como o aborto; um tema polêmico que não faz realmente uma diferença na pauta de trabalho (e não de campanha) de um presidente.

É como falar da legalização das drogas (ou de drogas leves). Seria o melhor modo de controlar algo que é, hoje, fora do sistema; controla-se o uso e a qualidade deste uso. Sem falar, também, que não se mata pelo uso, pela falta de pagamento, e nem se tem agressividade por parte dos fornecedores. Sua mãe não poderá proibir-lhe, depois que você tiver seus 18 anos ou mais. Não haveria – tantos – garotos de nove anos [e até menos] utilizando de tais entorpecentes*.

Sim, essa é a melhor solução – como a permissão do ato abortivo é para representar uma maior liberdade da mulher com o seu corpo, ou para poupar os desgastes de duas vidas quando a terceira não vingará**. Embora seja a melhor solução, a população brasileira não está preparada; não há nível necessário de educação e cultura para saber o melhor a se fazer em cada situação. Portanto, não se deve – tão cedo – permitir um ou outro.

Não são discutidos – tão vividamente – temas como educação, saúde, transporte e – o tão amado pelo presidenciável José Serra – saneamento público. Estes temas sim são importantes, somente teremos uma sociedade que possibilite legalizar abortamento ou descriminalizar drogas quando tivermos estes pontos muito bem acertados em todo o país, não somente em uma cidade.

Porém, o que irá decidir as eleições [tirando o Nordeste] é realmente o primeiro tema polêmico (aborto). Isto e mais uma coisa, a chamada “Onda Verde”.

Uma candidata se destacou nesse primeiro turno; estamos acostumados (ultimamente) com a briga entre dois partidos – lembrando Arena e MDB –, PT e PSDB. Neste ano de 2010, entretanto, houve um partido, e em especial uma candidata, que cresceu muito. O Partido Verde (PV) e sua candidata Marina Silva destacaram-se muito; e, portanto, decidirão essas eleições.

Os presidenciáveis precisam do apoio desta candidata para somar um total maior que o do outro de eleitores; porém, não se pode aliar-se ao que atacou anteriormente, mas o mundo da política é controverso, pois o que se busca é angariar partidários, votos e, por fim, ser eleito.

Não se deixe enganar por nada, e muito menos ninguém (coisas nem sempre são controláveis, pessoas, sim). Então, não vote em um candidato porque ele foi apoiado pela sua (ou seu) candidata (o). Tente – se ainda não fez – analisar as propostas de cada um, parece não dar tempo mais, mas creia que dá. Não acredite em informações puramente midiáticas – sei que falo através de uma mídia –, pesquise antes de formar uma opinião, e deixe as pessoas duvidarem de você e contradizerem-te.

*Sei que não mencionei os entorpecentes, logo a terminologia “tais” estaria incorreta, mas leia como se fosse implícito no momento “drogas”
**Mesmo em casos de anomalia em fetos quando se sabe que será um natimorto (criança que nasce sem vida***), não é permitido o aborto. Deste modo, o casal se desgasta, gasta dinheiro com consultas, atendimentos, o corpo da mulher se modifica e não há o fim desejado, que seria um filho para ter duração vitalícia aos pais.
***Se é que é possível nascer sem vida

In Dubio Pro Bar

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Não

acredite no que fala um poeta. / Ele tentará fazer você acreditar no que ele quiser que acredite. / E para isso vai, inclusive, em si mesmo acreditar, / Por um instante, mas vai, / Pois sabe que só se torna convincente quando se convence. / A convicção dele vai te convencer / Ele vai angariar mais um partidário, / Partir-se-á, porém! / Porque ninguém, / Ninguém!, / Ilude o outro sem se iludir / E não estará bem consigo mesmo / Não saberá quem é / É confusão em si / E a mentira / Ou verdade escondida / Se torna verdade de fato / Ou revelada em si, pra si. / E, no fim, o que a mentira que o poeta não sabia que existia vira verdade / E você confia [ria]

sábado, 9 de outubro de 2010

Comovido


Hoje estou em um clima estranho, mas não quero falar de mim.
É um dia muito especial pra ser egoísta – mesmo tendo um blog.
Hoje é aniversário da minha mãe, e também do John Lennon – seria se ele estivesse vivo, e sim, coloco-o depois de minha mãe, até porque mãe é mãe...

Mas o que me dá base para o título de hoje é realmente o finado e talentoso Beatle, encantou o mundo com suas músicas e seu estilo de inglês irreverente. Encantaria ainda hoje, como um vovô de 70 anos, não fosse por uma fatalidade…

Isto me faz pensar, o que faz uma pessoa achar que tem o direito sobre a vida da outra?

Não vou, aqui – agora, debater sobre uma possibilidade ou não de pena de morte; não é o que discuto, vou falar sobre os que não têm sua “liberdade” restringida.

Fico comovido com as músicas de John Lennon, mais ainda com a mensagem que ele passava, e me inveja o estilo inglês que ele produzia, diferente de qualquer estilo inglês tradicional. Era um cara que pregava a paz e o amor (incluiria as drogas, mas ele abandonou essa apologia depois de ficar “maduro” – se é que não morreu cedo de mais pra dizer que foi algum dia maduro).

Como qualquer pessoa pode querer assassinar alguém como ele; ele que pregou a paz, ele que pregou o amor, ele que encantou e cantou o mundo; ele que teve paciência para aturar tanto a Yoko quanto o Paul…

E o indivíduo dizia-se “ser humano”, ainda mais, dizia-se fã de Lennon.

Isto me comove, intriga e, principalmente, irrita.
“Vivam, e deixem viver” – someone said some Day

In Dubio Pro Bar

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sonnet /Aurélio Meyer Richard

You might say that I’m hurt,
I really wanted to be,
But the reality is that I’m destroyed.
A broken heart cannot put you down,
At least not in a slow motion,
It destroys you in a direct punch.
It blows you up,
Not in the way that passion does,
It blows you up, let you inside out.
Doesn’t matter if two is better
Doesn’t matter what it seems
My wish is you,
You are all that need, and need you now.
You know that you are the only exception.

++++

Borrowing this space from a friend; but let me introduce myself.
I'm Aurélio Meyer Richard, born in Portugal, always lived in London, from where my folks are. That's all, for now... Enjoy

Amor

LEVO COM ALEGRIA, NA MENTE, TODO DIA

ENCANTO-ME SEMPRE MAIS, SOU SEU FAN

TER PRA SEMPRE É O Q QUERO Q ACONTEÇA

INDEPENDENTE DO TEMPO QUE INFLUI

CADA SENTIMENTO ÚNICO E ESPECIAL

INSTINTO DE SOBREVIVER DO MEU EU

AMOR MAIS QUE SINCERO, DEIXO-TE UM BJ

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Panis et Circenses

A tradução literal do título é “Pão e Circo”; isto foi uma política [conhecida como Política do Pão e Circo] utilizada em Roma na época do Império, antes da crise. Esta política foi criada por haver excesso de mão de obra, não sendo necessário, à grande parte dos cidadãos, trabalhar – até pela existência de escravos. A política consistia em prover alimento e diversão – por isso existem os estádios romanos como, por exemplo, o Coliseu – para esses cidadãos.

Porém, não era, apenas, os cidadãos que não trabalhavam quem usufruía desta facilidade; chefes de Estado e outros cidadãos que possuíam salários obtiveram tal serviço. Diante de tal gasto, sem haver produção por parte de todos os cidadãos, gerou para Roma grande déficit, o que ajudou na produção da crise.

Erros como este servem de exemplo para que não se ocorra novamente, mas parece que nem todos aprendem ou entendem isso. E como é de praxe, estou, aqui, a criticar nosso glorioso país.

Eu, particularmente, costumava dizer que a política brasileira atual das “bolsas” era a “Política do Pão sem Circo”; a diferença desta para a romana é que o direito dos romanos era de quem não tinha trabalho devido ao excesso de contingente, e não de quem tinha dificuldades no âmbito sócio-econômico.

Por que “do Pão”? Pois é dado dinheiro para cada dificuldade do necessitado cidadão – como manter o filho na escola, quando seria mais rentável estar trabalhando. Por que “sem Circo”? Porque, até então, não havia no projeto a concessão de dinheiro ou fornecimento de ingressos para atividades sociais de entretenimento.

Agora, é diferente; não porque o Estado [fraco] notou que poderia haver crise se continuada esta ação, mas porque resolveram incluir o Circo na supracitada política. O governo está prestes a conceder, se é que não foi concedido, a bolsa cultura; com ela as pessoas que usufruem da política de Bolsas terão R$50,00 – não especificados se por pessoa ou no total – por mês para gastar com cinema, teatro e lazer.

Os benefícios juntos podem facilmente chegar e passar os dois mil reais; o que não faz sentido algum. Tudo bem que a função do Estado seja a de prover situação digna para sua população; mas há uma população completamente ignorada: os trabalhadores.

Um trabalhador com um salário baixo não consegue prover o sustento de uma família, e, se consegue, não pode gastar cinquenta reais no total - quanto menos por pessoa – com o lazer e o entretenimento de sua família. Isto torna totalmente injusta a política de sustentação do Estado Brasileiro. Há um único motivo para ter uma política de bolsa (por mais que seja injusta) que beire os dois mil reais, tendo um salário mínimo de dois mil reais.

O Governo alega não fazer concessão de salário mínimo maior por não ter dinheiro; pelo mesmo motivo, diz-se que a previdência está falida. Como é possível, então, um Estado que gasta tanto dinheiro dando-o, literalmente, na mão de quem precisa, mas talvez não mereça?

Algum problema que poderia vir em curto prazo não seria nada comparado ao que poderia acontecer em longo. Em curto prazo, uma revolta dos que deixaram de ser beneficiados pode ser controlada, inclusive, mediante coerção [utilização da força do Estado e do Direito]. Em longo prazo, uma crise econômica que poderia acabar com a chance de outros também ganharem dinheiro, mesmo que pelo próprio suor.

Se há vontade de fornecer suprimento de carência para a população isto deveria ser feito corretamente, providenciando um futuro possível para eles. E se realmente há esse intuito, isso não pode ser feito, apenas, nas concessões. Um Governo, para ser provedor no âmbito econômico, tem que restringir no social; e vice-versa. Caso contrário, o que ocorreria seria uma possibilidade de melhoria de vida vira abuso.

In Dubio Pro Bar

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Estado em cheque

Pode-se notar uma crise atualmente; o pior tipo de crise, uma crise de representatividade. O foco deste portal no momento será o nosso glorioso país, por alguns motivos:
- É o país em que vivo, tenho mais conhecimento para poder criticar para bem ou mal;
- É onde eu sinto a maior crise neste quesito;
- Teremos eleições para presidente em breve;
- Tivemos uma década conturbada na política;
- Tivemos duas décadas de inoperância do povo frente ao governo.

Estes foram, apenas, alguns motivos que trouxeram o site a tratar do assunto.
Vamos tratar de baixo pra cima, esquecendo dos dois primeiros pontos; que são clichês imensos, inúteis, mas inevitáveis.

Desde o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo – que, por amnésia da população, é agora parlamentar, ou seja, poder legislativo -, não se tem uma presença forte da política por parte do povo. Criou-se uma nação apática politicamente, desinteressada; e a mudança foi – infelizmente – repentina. Ocorreu ato semelhante no começo do último século, quando foram dados direitos humanos mínimos aos trabalhadores; direitos entendidos como regalias, e, com elas, deixou-se de reclamar e exigir do governo, esperando que fosse feito algo por parte deste.

A falta de participação atual é pior que a do século passado, pois esta teve um motivo, aquela é puro comodismo. E, então, chegamos ao segundo ponto. A década começou com crises de energia, os famigerados apagões durante o governo do tucano FHC; o que ajudou, em parte, o presidente atual a chegar ao poder. Porém, foi feito nos anos anteriores um bom planejamento, o qual foi sabiamente – forçando a palavra ‘sábio’ – mantido pelo atual presidente, proporcionando crescimento econômico com reflexo deste para a população.

Não vou, aqui, entrar no mérito da distribuição deste crescimento, isto já foi feito no blog outras vezes, e tornará a ser feito no futuro.

Com a situação financeira um pouco [bem pouco] melhor, o brasileiro acomodou-se, e hoje não só deixa de cobrar os políticos, mas deixa de cobrar a política. Não se dá devida importância aos assuntos eleitorais, ou representativos, fatos que deixam brechas para se fazer palhaçada – literalmente – no horário eleitoral. E o pior é que seria conseguida eleição do palhaço. [já entrando no terceiro, e último, ponto] Com essa prévia eleitoral – que me perdoe o rádio por usar essa expressão –, nota-se que o brasileiro não dá importância alguma para quem está ou não no poder ou o que é feito dele, contanto que o seu dinheiro esteja no bolso.

Mal sabendo que é gigantescamente enganado, o povo preocupa-se apenas em levar sua vida; o individualismo é tão grande que o povo não nota que está perdendo tudo por todos os lados. Não se deveria deixar uma CPI passar em branco, falcatruas serem feitas sem que haja efeito punitivo; não poderiam eleger o Caçador de Marajás [“Eu caçador de mim] Fernando Collor de Melo como senador, esquecendo o passado dele. E o passado é recente, mas este é, apenas, um dos milhares de exemplos atuais de passados esquecidos.

O voto, hoje, é universal e obrigatório, e as duas coisas são erros fatais a “Ordem e Progresso” que é estampada na bandeira. Tentaremos ser sucintos ao explicar as duas características. A segunda [obrigatoriedade] é uma ferida na democracia e na livre-escolha do cidadão brasileiro, e é fonte de possibilidade para manobra da massa; pois, manipula-se a imprensa para levar todos a crerem em algo, e todos serão obrigados a votar, logo, as eleições já são ganhas. A primeira característica [universalidade] é contraditória com a interpretação de uma norma importantíssima do Código Civil, na verdade da Lei de Introdução a este; é dito que não se pode negar conhecimento a uma lei, mas na aplicação desta norma é lembrado da extensão do país e do isolamento de alguns cidadãos.

Ora, se estes cidadãos isolados podem desconhecer a lei, o que é uma exceção necessária, por que podem votar? O que queremos mostrar é que se não há conhecimento de seus direitos e deveres, não há conhecimento das necessidades primárias e nem das atuais do país.

Sendo assim, não se deve deixar alguém que não tem noção sequer do que está fazendo – o que não ocorre somente em áreas isoladas, ou com população menos fornecida de conhecimento e educação – escolher o futuro do país, votando em cargos que desconhece e em pessoas não preparadas.

O Estado está em crise e não se sabe se há volta dela, uma possível volta é fazer um Estado, hoje fraco, voltar a ser forte. Para o Estado voltar a ser forte, há de fortalecer a representatividade, a qual foi tristemente corrompida pela democracia nos moldes atuais.

In Dubio Pro Bar

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dialética no Ônibus

Meus caros, vocês não estão fartos disto?! Francamente, este ônibus está completamente lotado [este povo gostará e não entenderá a redundância] neste horário!

Vocês continuam apoiando isso tudo sem reclamar?! Voltam cansados do trabalho, agüentam trânsito E um enorme acumulo de pessoas ao redor!? Parabéns, vós sois sobre-humanos!

E o pior é que sofrem calados, apanham sem gritar! Embora o grito esteja preso na garganta… pensam em reclamar, mas não sabem pra quem, e muito menos de quem!

A verdade é que devem reclamar do governo, e para ele mesmo ou a imprensa, que finge que não sabe que isso tudo acontece! E, realmente, não dá a mínima para qualquer um que está aqui dentro agora… e vocês, literalmente, dão ibope a eles!

Não falo somente da mídia quando falo do Ibope, o governo também se aproveita. Neste ano, deverão vocês escolher novos representantes, que poderão mudar esta situação. Mas, vocês não sabem opinar, caso contrário não estaríamos nesta situação; não me leve ma mal, mas a maioria de vocês nem sairia do sofá no domingo para votar se não fosse obrigada.

Quantos de vocês não prefeririam estar em um carro agora? Confortavelmente sentados, com um ar condicionado ou, pelo menos, uma música agradável; sem aperto algum, e não teriam que andar tanto, seria da porta do trabalho para a porta de casa… Vejam, pois, se vossos chefes acatam esta ideia – claro que a opção é para quem está a mais de cinco anos na mesma empresa, o que hoje é raridade –, será que eles trocariam vossos vales transporte por um carro?

O valor de certo tempo de vale transporte compraria um carro, daria conforto ao funcionário; o problema é que geraria um vínculo com vocês até o final do valor estar quitado, o que para eles parecerá um prejuízo, pois não pretendem vos ter por tanto tempo.

Essa tática serviria duplamente, ajudaria no conforto de vocês e daria um baque numa empresa que serve ao governo, que é o caso da SP Trans, e, logo, um baque no governo. Assim como esse golpe pode ser dado e sentido nas urnas; se souberem votar direito.

E votar direito não é votar neste ou naquele candidato, é votar consciente do que está fazendo, nem que esteja fazendo besteira, e votar por si mesmo, não por outros. Todo candidato tentará enganar-vos, vejam o exemplo do partido que vos governa, diz no estado que a mudança de governo é o que trará melhoria e desenvolvimento, que precisa mudar; mas defende a continuidade, manutenção e continuísmo do governo para o país.

Eles não defendem mudança, manutenção, melhoria, ou qualquer outra coisa; eles defendem a si mesmos, e está na hora de você começar a se defender! Não pensem que sou diferente de vocês, que sou um burguês que fala tudo isso porque está confortável como está; se minha situação fosse melhor que a de vocês, não estaria eu no mesmo ônibus!

Pensem, também, que se você está nesta situação, tanto financeira como espremido dentro de um ônibus às nove da noite, é porque o crescimento que dizem que ocorreu não ocorreu tão bem quanto falam…

In Dubio Pro Bar

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Teotônio Prudente Droit

Peço espaço neste blog de um grande escritor para disseminar um pouco de meus pensamentos, indagações e frustrações.

Nesta primeira aparição (espero que me sejam permitidas outras) gostaria de tratar de um assunto que incomoda a grande parte da sociedade brasileira, creio eu.

Por que a religião continua imperando no Brasil?

Certo, muitos vão dizer que isso não ocorre, dirão que o Brasil é um país laico, com garantia constitucional disto. Pois eu já vos digo que estão todos estes errados!

Ora, o país tem maioria cristã, mas tem grande parte da população de outras religiões, mas os feriados são cristãos. Para não dizer católicos.

O maior feriado nacional, o Carnaval, é um feriado católico que antecede outro a Quarta de Cinzas; isto para não contar os tantos outros mais conhecidos, Páscoa, Natal, dia de Nossa Senhora (12 de outubro não é feriado por causa de crianças!).

Embora tudo isso seja aceito como normal, nós de outra religião não podemos parar em um feriado judeu, podemos? Ou de qualquer outra religião.

Outro ultraje imperial do cristianismo é ainda garantido e punido por normas jurídicas. Vejam que em países considerados islâmicos é normal a poligamia, ou a não-monogamia; aqui no Brasil é crime; ora, não é por acaso um conceito cristão?

Por falar em garantia normativa, também é fato que nosso Congresso está lotado de cristãos que não aceitam um ponto de vista não-religioso. Por pouco não se pôde realizar pesquisas com células-tronco. Além disso, há uma bancada enorme de cristãos no Congresso, mas não que eu esteja criticando apenas por serem cristãos - longe de mim atacar qualquer religião, ainda mais a minha -, eles assumem uma postura radical como se somente a visão da crença deles estivesse correta.

Bom, pelo tema e clima de eleições fecho o texto com uma grande marchinha:
“Eimael, o democrata cristão!”

T.P.D.

domingo, 15 de agosto de 2010

Hipocrisia

Este é um tabu em qualquer sociedade, e por isso vai servir pra tirar o pó do blog.

Todos criticam muito um ato de hipocrisia, como policiais vendendo armas a bandidos (não que isso ocorra no Brasil); porém, todos aceitam como ditado popular a frase “Se quiser conhecer um homem de verdade, dê poder a ele” ou a histórica frase “Aos meus amigos tudo, aos meus inimigos a lei”.

A verdade é que todos têm algo, ou muito, de hipócrita, mas poucos são os que assumem isso. São tão hipócritas que não admitem mentiras, mas mentem sobre serem hipócritas.

Aproveitando que estamos chegando à época de eleições [cada dia mais próximo, e cada dia mais distante… questão de perspectiva], vou comentar quanto à hipocrisia dos políticos. Creio que deveria ter gerado risos agora, ah!, como eu sou hilariante…

A hipocrisia dos políticos fica gravada com suas falas perante a mídia em comparação com suas ações, ou falta delas. Ou ainda, com a relação com a imprensa em época de eleição e fora desta. Mas creio que esteja óbvia a ideia desta determinada hipocrisia, pelo menos no Brasil.

Há, porém, hipocrisias mais gritantes, porque um poder que subiu a cabeça ou desceu ao bolso não é pior do que a falha numa instituição social. Os relacionamentos hoje em dia ficam muitas vezes sobre uma falsa base, isto devido à hipocrisia; pensem, se todos são hipócritas e ninguém admite que o seu parceiro o traia, admiti-se a traição feita por si mesmo. Desta forma, como confiar em qualquer pessoa para haver um relacionamento?

A resposta para isso é simples, confie em pessoas que demonstrem ou admitem serem hipócritas… pois para os demais há desconfiança.

In Dubio Pro Bar

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Horóscopo / Signos

Sim, eu vou largar, por esta vez, assuntos sérios e tratar de [algo menos sério, mais ridículo, porém pessoal] um problema da sociedade.
Está certo, não é um problema, é uma dificuldade.

Eu particularmente não acredito em horóscopo, e não muito em signo; respeito quem acredita neste, mas acreditar em horóscopo é cegueira cumulada com burrice.

Não é possível crer que há apenas doze diferentes tipos de pessoas, e crer que seja por causa de um arranjo dos astros do momento em que você nasceu ou nasceria – se prematuro – que você vá mudar de alguma forma. E a principal defesa para haver mais diferenças é sempre “mas existem os [signo x] que escondem seu lado verdadeiro”, pura baboseira.

Acreditar nisso seria crer que se uma pessoa é rica ou bem sucedida, todas as pessoas do mesmo signo deveriam ser. Por que pode haver vagabundos e magnatas de mesmo signo? Gênios e idiotas?

Também, não há destino nisto, e Deus não influi ou castiga alguém por “outra vida” [verídica ou não], e nem decide quem vai nascer na família tal ou tal, pra ser mais ou menos rico, não há destino, é a vida; Deus deu o livre arbítrio, já sabia onde nasceria e deixa você fazer o que quiser com a sua vida [está certo, já apliquei a moral cristã de hoje].

Pior que isto é acreditar em horóscopo; cheque todas as revistas e jornais que publicam tais fatos, quando houver pelo menos UM dos doze signos com o mesmo “destino do dia” você pode acreditar que aquilo é verdade. Porém, pense que haverá, apenas, DOZE diferentes tipos de dia… seguindo o mesmo raciocínio, não é possível; haverá um cruzamento de pessoas do mesmo signo, em que algo resolvido ou ocorrido será sorte para um e azar para o outro.

Creio que, se tratado como uma ciência séria, a Astrologia pode ser considerada em alguns pontos, e pode até ser que haja verdade. Contudo, essa massividade de inverdades, ilusões e falsos destinos apenas mancham essa ponta de verdade desta, talvez, ciência.

In Dubio Pro Bar

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Apartheid, a gente vê por aqui!

Mais um dia comum, uma ida ao trabalho, estava eu nesse metrô maravilhoso de São Paulo, não lembro qual vagão. Estava nos últimos assentos, e, como podem ver, muita gente por perto - estou lendo Sagarana, de Guimarães Rosa, no momento,só leio no metrô e no onibus, então vai demorar pra eu acabar.





Title: Apartheid, we see it by here!

Another regular day, going to work, I was in the wonderful subway of Sao Paulo. I was sat in one of the last sits, ans, as you can see, lots of people around me - at the moment, I'm reading Sagarana, from Guimarães Rosa, I only read it in the subway or in the bus, going to or coming back from work, then I will take some time (long time maybe) to finish it.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Antipolítica Externa e Segurança Klabin

Venezuela e Colômbia estão a ponto de estourar a primeira guerra bolivariana; crê-se, hoje, que o assunto será resolvido “sob a chancela do Brasil”. Tenho medo do que isso pode, de fato, significar.

Segundo o assessor especial para assuntos internacionais, a vontade é reforçar as afinidades entre os países, sendo que estas superam o número de divergências. Procura-se, também, aproveitar o momento de mudança de presidente.

Deixa-se claro que o Brasil pretende chegar a um fator de paz no território através de uma mediação exitosa. E eu me pergunto, que outro tipo de mediação o Brasil faz? Ainda mais quando se trata de nossos vizinhos. Deixamos as Petrobrases* serem bolivarianizadas*; porém, não nacionalizamos as multinacionais aqui presentes.

Somos uma verdadeira piada quando se trata de Política Externa; fora sermos fracos, não tomamos posição firme. Por isso “todos gostam de nós”. Ficamos entre Obama e Ahmadinejad. Somos omissos, não tomamos partido e ficamos com cara de idiotas; pois quer saber? Somos, de fato, idiotas! Nós podemos muito bem mudar isto…

Os argentinos entram em protesto por qualquer coisa, como mostrou o Globo Esporte nesta quarta-feira, pela saída de Diego Maradona da seleção argentina. Se fossemos assim poderíamos culpar so(la)mente o governo… [momento ‘revolts’ {momento colorido}**]

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Grande atitude o que os moradores da Chácara Klabin – zona sul de São Paulo – fizeram. Eles montaram um esquema de segurança, junto com as polícias Civil e Militar, comprando diversos aparelhos. Cada condomínio [dos 98, aproximadamente, que há na região] gastou cerca de R$6.000,00. Um preço justo, quando dividido por cada morador, pelo resultado obtido.

Em um ano, ocorreram 80% menos furtos, assaltos e seqüestros na região; e pensar que a polícia neste caso funciona. Como bem apontaram um professor do Largo São Francisco e um delegado, isso mostra fraqueza no setor público, pois uma organização / movimentação particular sanou um problema que o órgão público não conseguiu.

Isso demonstra, em parte, que a eleição não deveria ser para prefeito e sim para “subprefeito”; pois não ninguém está preparado para garantir vigilância da cidade inteira. Portanto, o trabalho de fato vai para as subprefeituras, tendo elas grande importância na vida do cidadão; porém, o cidadão não elege o ser que tem responsabilidade por este determinado local. É um posto indicado, infâmia estrondosa para tamanha função; falha pública.

Além disso, deve-se repensar o modo de administração pública no Brasil. Não é possível que certos órgãos municipais fiquem sujeitos, bloqueados, por vontade ou intervenção estatal ou federal.

*Neologismo
** o “colorido” foi por causa do “revolts”

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domingo, 25 de julho de 2010

Humor Amordaçado

Uso mesmo título do artigo da Folha deste domingo, 25, para espalhar uma notícia muito constrangedora; e o que mais constrange é que a medida foi tomada pelo Judiciário.

Segundo novas regras do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), não será mais permitido aos programas de TV fazer piadas com os candidatos ou partidos; o problema maior foi para o ‘Casseta & Planeta’, que sempre teve seu humor voltado a imitações deste tipo.

Aliás, a matéria da Folha começa assim “Quem achou graça (…) vai ter que esperar até o fim da eleição para rir de novo”; a parte em reticências trata sobre o quadro humorístico do ‘Casseta & Planeta’. Bom, creio que a espera das meia-dúzia de donas de casa que realmente acham graça do programa ou do quadro não vai ser tão longa, elas arranjaram outra distração.

O humorista Hélio de La Peña, do referido programa, fez uma analogia incrível, mas – infelizmente, por mim – foi com Copa do Mundo, ou melhor, com a Copa do Mundo de 2010, que só me retirou R$54,00 – inclusos os R$10,00 por mim gastos com Bolão. Segue a analogia: “É o estilo Dunga dominando a eleição […] O povo devia ter direito a se divertir um pouco com a política, já que será obrigado a sofrer com o horário gratuito”

Tenho pensamentos fortes sobre isto; tudo provavelmente significa que eles querem as piadas só pra eles com o horário eleitoral gratuito…

O programa ‘CQC’ também foi incluído nisto, não poderão fazer os tão adorados efeitos gráficos, será, a partir de então, apenas o político e o repórter. Porém, não adianta essa reportagem do ‘CQC’ de cara limpa, pois, ainda sim, entenderão como piada ou difamação.

Vamos por abaixo, ou morrer tentando [não leve a sério], de uma vez a censura seja ela qual for; liberdade de expressão e liberdade de imprensa não podem ser reprimidos.

In Dubio Pro Bar

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Avião de Maconha, Cerveja Escocesa e Sylvester Stallone

Nota prévia: Faz um tempo que não posto nada, mas não é por displicência, a falta de tempo talvez até fosse motivo, mas não é o caso; uma grande amiga minha disse que não tinha tempo para ver meu blog todo dia, e quando ela ia ver já tinha umas duas ou três postagens, então vou começar a postar com grandes intervalos.

Na segunda-feira desta semana, 22, um avião de pequeno porte deixou cair sobre algumas casas uns pacotes. Os moradores, ao checarem seus telhados, notaram que se tratava de maconha. Quatro pacotes foram entregues a polícia, que achou o aeroplano abandonado.

Certo, quatro pacotes foram devolvidos, mas, quantos foram achados?

Sei que se fosse no Brasil não seria devolvido um sequer; pois mesmo quem não faz uso recolheria pra vender...
Tá aí o link, postado pelo Felipe Andreoli (@andreolifelipe) em seu Twitter:
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/770254-aviao-faz-chover-maconha-sobre-area-rural-no-texas-eua.shtml

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Como postado pela minha querida amiga @GegeAmorim, um excelente link sobre cerveja: http://br.noticias.yahoo.com/s/22072010/48/entretenimento-escoceses-lancam-cerveja-forte-mundo.html

Bom, pra resumir, os escoceses criaram uma cerveja com teor alcoólico de 55%…

Sim, tem mais do que o absinto amarelo (50%, o verde tem 70%); e foi produzido em dois tipos de garrafas, cada um [bem] mais de mil reais; segundo os fabricantes é para ser consumido demoradamente, como whisky, pelo teor alcoólico.

Claro que alguns amigos meus quebram essa teoria, pois o whisky deles não é consumido ao longo de anos, e sim de horas, minutos, mas que seja. Pra que uma cerveja mais forte? Poderiam criar uma bebida gostosa – está bem, sou estranho e não gosto de cerveja – mais forte…

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Sylvester Stallone cospe no prato que come; ele gravou seu mais novo filme aqui no Brasil ano passado, filme que estará este ano em cartaz, “Os Mercenários”, pelo teaser e pelo trailer parece ser bom.

Fato é que, ao dar entrevista em San Diego sobre o filme, Stallone fez e insistiu em diversas ‘piadas’ sem graça mal afamando o Brasil.

http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1608502-9798,00-APOS+FILMAR+NO+RIO+STALLONE+FAZ+PIADINHAS+DE+PESSIMO+GOSTO+SOBRE+O+BRASIL.html

Voilà!!

Claro, não bastou fazer os clichês de piadas com ‘macacos’ e ‘violência’; se bem que ele gravou no Rio, faz sentido certa violência. Porém, ele teve a pachorra de confundir o BOPE com a polícia comum, uma força especial, que só estava lá para fazer a segurança deles; criticar algum lugar que visitou, tudo bem; criticar alguém que te deu proteção, como diz @FelipeNeto, você tem probleminha!

Mais um post revoltado, não consigo me conter! Sorry!


In Dubio Pro Bar

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Classe média + Luxo, Cocaína exportada, Serra + Dilma e Notícias Recentes (2)

Meus caros, não venho [nunca] criticar sem fundamento qualquer classe social, por qualquer que seja a questão, isso eu considero ridículo; mas reitero, sem fundamento.

Não vos venho falar da classe média que há muito conquistou esse padrão sofrido de vida, e sim da nova classe média – que, segundo a Folha Online, tem seu rendimento de três a dez salários mínimos, R$510,00.

Vejam neste link: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/768658-nova-classe-media-quer-acesso-ao-luxo.shtml da Folha Online para terem ciência do que vos falo. E procurem os links relacionados e inclusos no mesmo texto.

Esta “Nova Classe Média” preocupa-se antes em gastar do que em prosperar; ou pior, preocupa-se em parecer que prospera, comprando artigos de marca, achando que são de luxo, ou porque são de luxo. Comprar artigos de luxo não é errado [nem pecado]; porém, se você gasta 60% da sua renda, sendo que ela é baixa, isso chega a ser uma burrice.

Se as pessoas comprassem coisas que realmente necessitassem, ou diminuíssem os gastos com supérfluos desta estirpe, seria muito mais fácil poupar, manterem-se, e, quem sabe, melhorar “ainda mais” de vida; guarde seus gastos com milhares de artigos de Luxo por ano, gaste com uns 200 no máximo, e poupe para algo que valha a pena.

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Polícia espanhola aborda veleiro de bandeira brasileira com 1.200 kg de cocaína
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/768410-policia-espanhola-aborda-veleiro-de-bandeira-brasileira-com-1200-kg-de-cocaina.shtml

Sim, grande vergonha para a nossa nação; já temos a nossa imagem corrompida no exterior, mas fazemos esforço para piorá-la.

Vamos passo a passo às burrices cometidas:
- Importar cocaína (ou reagentes) dos países vizinhos e trazê-la ilegalmente para território brasileiro;
- Vender a parte pior da mercadoria no Brasil, fazendo com que se percam grande número de pessoas pelo consumo ou pelo tráfico [direta e indiretamente];
- Tentar em outro ato ilegal traficar a droga para a Espanha [que não precisa de aditivo para ficar eufórica, por enquanto]
- Serem pegos! Este, creio eu, é imperdoável, mas é o que mais acontece no Brasil. Se que fazer errado, não faça, ou, pelo menos, não seja pego!

Sou completamente as drogas, mas não sei o que é pior, elas ou o tráfico. Então, porque não legalizam? Se bem que, no Brasil, ia virar balburdia.

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Um conjunto de pesquisadores, estrangeiros em sua maioria, sobre o Estado brasileiro – isto é política, história, etc. – fez comparações entre os prováveis ocupantes do cargo de Presidente da República.

Este grupo, chamado de Brasilianistas, constatou que Dilma e Serra são mais parecidos que diferentes, assim como os respectivos partidos, PT e PSDB. Como exemplo, têm por base as principais referências, FHC e Lula – que deu plena continuidade ao trabalho feito pelo primeiro.

Apontam, também, o medo de ambos os partidos [e candidatos] de assumirem seus lados extremistas; o PT, desde 2002, não assume seu lado forte de esquerda, e o PSDB, ultimamente, não assume seu lado capitalista. Segundo eles, isto seria para facilitar uma eleição com voto amplo, como é no Brasil, o que atinge um número de eleitores muito grande – sendo que a maioria estes não apoiaria extremidades.

Entretanto, o grupo foi um tanto quanto contraditório, pois enquanto um afirmava que Serra tem uma melhor afinidade com a parte administrativa do trabalho, outro afirmava que – ao trabalhar com a candidata, percebeu que – Dilma tem excelente competência para administrar.

Fato é que, se não há grandes diferenças, escolhamos o menos pior, o que não matou muita gente durante a Ditadura, e que não tem a ficha policial completamente suja.

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“Garotada troca Disney por curso de férias do exterior” – Seria um sinal de um futuro melhor? Ou é só pra equilibrar a mente com as besteiras que fazem durante o resto do ano?

“Enfarte mata secretário da Saúde do Estado” – Quem? Bom, mais uma vivalma que se vai, vai com Deus!

“País falha na busca por quem desaparece” – E quando não falha esta birosca? Sério, acho que eu percebi essa grande matéria quando no ano passado vi um panfleto de um garoto que sumiu em 2003…

“Favela de SP vira ponto turístico de estrangeiro” – Deve ser algum tipo de ‘Achados e Perdidos’

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domingo, 18 de julho de 2010

RESTART NO GUITAR HERO

Sim, parece fantástico, mas é verdade!

Vocês poderão notar na figura abaixo, nunca pensei que esse dia chegaria. Mas como tem coisa que a gente se assusta, e não sabe como faz sucesso. Tudo, então, pode acontecer.



Ok, tá certo, foi meio [MUITO] idiota o que eu fiz.

Mas, afinal de contas, eles também não são?

Bom, não vou perder muito tempo falando de bandas coloridas; nem sequer do dilema infanto-juvenil atual, “assistir à Malhação ou Teletubbies?”, ora, a escolha é difícil, a primeira tem o Fiuk, na segunda, porém, eles são coloridos!

Eu realmente acho que o botão [e / ou ação] certa para estas bandas seria o QUIT; quem sabe apertando RESTART eles não aprendem, né?

Post de fato à noite, será bom, garanto-vos.

In Dubio Pro Bar

sábado, 17 de julho de 2010

Agenda Presidencial, Ana Paula Arósio e Notícias Recentes(1)

Nesta sexta-feira (16), ocorreu, no Rio de Janeiro, um comício da presidenciável Dilma Rousseff; este evento contou com a presença do nosso queridíssimo presidente, Luis Ignácio Lula da Silva. Entretanto, não era o que mostrava sua agenda, disponibilizada em versão on-line.

Na agenda no nosso querido chefe de Estado constava que às 19h – horário do comício – haveria um “Compromisso Particular”. Fala sério! Não importam as leis eleitorais neste caso, já que vai aparecer no comício mesmo, paga a multa no valor de uns R$15 mil, que para eles é uma bagatela. O problema nem é este – tá certo, é sim –; o real problema é que por causa da agenda ele [Exmo. Presidente] terá um ‘compromisso particular’ com Dilma Rousseff, e isso ninguém merece!

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Outra tristeza – e fato que ninguém merece saber – é que a “tchuqui-tchuqui” [como diria Marcelo Tas] da Ana Paula Arósio se casou nesta sexta-feira, 16. O casamento ocorreu em Ribeirão Preto, em segredo. E é, então, que eu me pergunto “Que p* de segredo é este, que a notícia está até no ‘In Dubio’?”

De qualquer forma, sinto-vos informar que está já tem “dono”, e ninguém tasca [sem escândalo]. Alguém me responde se Maria Fernanda Candido continua solteira? – mentira, amor!

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Vamos à capa do Jornal da Tarde…

“Inspeção veicular terá 4 blitze por semana” – Cuidado!, nada mais; ahh sim, o termo “blitze” copiei do jornal, e, também, desconhecê-lo

“GRÁTIS – O 9º fascículo do centenário conta a história dos anos 90, quando o Timão ganhou três Brasileiros” – só poderia ser grátis alguma coisa assim; ahh, e nos anos 00 eles roubaram um outro Brasileiro (Fora roubarem de 160 a 190 milhões diariamente)

“Nenhum tempero pronto passa em teste” – POOOOOXA!

Mizael: ‘Não há prova contra mim’” – até porque ninguém diz isso na cadeia; este ainda está solto

Espanha: vale tudo para ter o polvo Paul” – ainda essa história; mas, mesmo assim, essa Rainha nunca me enganou!

“No Sudeste, dengue mata mais em SP” – gente, sério, cuidemos disso, superar o Rio é foda! [mas, até nisso somos melhores]

Rodoanel terá pedágio antes de ficar pronto” - ¬¬’

“Argentina diz sim ao casamento gay” – Nunca me enganaram!

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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Como fazer um post, Mão Suja, Bolivianos e Downloads de filmes

Hoje eu vou mostrar como eu faço um post de crítica, e porque são tão revoltados…

Sem abrir o jornal, vejo a primeira página e vou lendo as principais manchetes e seus respectivos leads.

Venhamos a esta parte; “Dona de autoescola presa ao burlar aula noturna” – tomem cuidado, mas não, não será post –, “Polícia acha sangue no sítio de Bruno” – não! –, “Timão segura a liderança” – quem liga para o Corinthians? [ps: graças ao meu irmão, o Palmeiras ganhou do Santos nesta quinta-feira, 15] –, “Rolex roubado vai para o exterior” – falando em Corinthians, mas não –, “Governo fez e distribuiu o ‘kit Dilma’” – realmente não quero falar mais [por enquanto] deste ser –, “Mamadeira esconde risco para bebês” – poxa vida, hein! Eu to vivo, então [se bem que não usei muito mamadeira] –, “Metade dos brasileiros não lava as mãos após ir ao banheiro” – e temos uma vencedora!

Eu fico, cada vez mais, com vergonha da minha terra Tupiniquim. A pesquisa que mostrou, como supracitado está [como eu disse], que “Metade dos brasileiros não lava as mãos” foi feita por uma consultoria inglesa – TNS Global Market Research. E, no Brasil, não foi feita em locais distantes, com intuito de manchar a imagem nada alva de nossa nação; a pesquisa foi feita nas cidades de Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegra e, pasmem!, São Paulo.

Sim, sim… Agora, quando você vir alguém sair do banheiro sem lavar as mãos não se assuste, ache normal, pois esta pessoa faz parte da maioria; olhe estranho para os que, como eu, lavam a mão.

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Evo Morales soube empregar o dinheiro que [roubou] adquiriu estatizando a [nossa] Petrobrás; o governo da Bolívia comprou um novo jato francês, para servir de avião presidencial, o custo foi de R$66,5 milhões. E, então, você pensa “Mas é só aqui que estes bolivianos fazem besteira ou não sabem o que fazem?”

E é aí que você, meu caro, engana-se! Pois, embora haja este maravilhoso jato, não há piloto no país capaz de comandá-lo!

Com isso, com certeza, você está mais relaxado, pensando “ainda bem que vieram os portugueses!”, ou “que bom que não sei espanhol do berço!”. Então, durma bem esta [e as outras] noites, sabendo que somos superiores a maioria, e inferiores ao que nós damos importância.

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Saiu, nesta quinta-feira (15), no site da UOL o relato da prisão de dois chefes de uma suposta quadrilha que não respeitava os direitos autorais e de imagem dos filmes. Desde 2007 que já se faziam investigações quanto ao caso; ou seja, agora mesmo podem estar investigando outro site, que virá a ser descoberto futuramente.

Então, se você pratica algo ilegal na internet pare, se você faz download [ou conhece alguém que faz] de filmes na internet, não faça no site que foi pego – “brazil-séries”, não confundir com Series-BR [vai que existe], ou outro qualquer.

O link da reportagem está aqui: http://www1.folha.uol.com.br/tec/767584-policia-de-sp-prende-donos-de-site-de-download-de-filmes-por-pirataria.shtml
Caso interesse a alguém.

Agora vou ver se vejo algum filme no meu computador; filme que adquiri legalmente, pelo menos no que consta no parágrafo 4º do artigo 184 do Código Penal: “O disposto (…) não se aplica quando (…) a cópia de obra intelectual ou fonograma, [feita] em um só exemplar, [for] para uso privado do copista, sem intuito de lucro direto ou indireto.”

In Dubio Pro Bar

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ex-BBBS, Divórcio e Traição de Mulheres

Antes de comentar alguma coisa vou postar aqui o link que me motivou a falar do primeiro assunto: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/766906-ninguem-e-chamado-para-mais-nada-diz-tessalia-sobre-ex-bbbs.shtml

Uma determinada ex-participante do programa Big Brother Brasil – o qual, sinceramente, detesto e não vejo nada de útil* –, da Rede Globo, reclamou que estão chamando poucos para trabalharem após o programa; isto ou nenhum deles de fato.

As pessoas, agora, além de ganhar um milhão de reais para não fazer nada durante sei-lá-quantos dias, esperam conseguir um emprego! Tantos brasileiros pedindo um emprego; mas estes aí querem no ramo artístico; vá, que queiram! Outros têm talento…

Eu já comentei, neste blog, sobre “celebridades” – que alguns chamam de “sub-celebridades” – que são seres que pretendem ganhar a vida aparecendo em festas; pessoas cuja fama não tem fonte merecedora. Não fazem nada para serem conhecidos, e muito menos reconhecidos; agora querem fazer, grande avanço, mas querem que lhes seja dado; gigante retrocesso!

Isso é como a criança, o adolescente, ou o jovem que acha que é dever do pai dar mesada à ele; não é sequer direito, é uma concessão. Ex-BBBs, sei que não leem [perdeu o acento, que triste, mas o Word® ainda não aprendeu] meu blog, mas parem de esperar o seu emprego cair do céu! Façam por merecer; está certo que foi motivado por motivo pífio, visto que a própria celebridade já disse que voltou a fazer o que fazia antigamente.

Mas a frustração é grande, todo mundo já espera que o governo dê casa, comida e emprego – o que é um absurdo; agora, esperar que a Globo, ou outra porcaria qualquer, dê um emprego já é muito.

*Há quem veja as novas Playboys como útil, se assim for, então algo de útil existe nisso

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Novamente, coloco antes o link para melhor informá-los: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24862259

Nesta terça-feira, 13, o Congresso Nacional promulgou duas Emendas Constitucionais (EC), uma tratando sobre o divórcio e outra sobre a juventude. Como declara o texto, o Congresso estava esvaziado; no meu entendimento não haveria três quintos (3/5) dos votos a favor para tornar válida como EC uma lei, mas deixemos o quórum de lado.

Fora o quórum, vou deixar, também, de lado a parte que trata sobre a Juventude.

Foi facilitado o Divórcio; agora você não precisa mais de um ano de separação judicial, ou dois anos de separação, basta desfazer judicialmente a besteira que fez na igreja ou no cartório. Em ato único! Parabéns; porém, se você quiser chance de repensar, se não tiver certeza do que está fazendo, já era.

Pensem um pouco, alguém tem que ter muita firmeza para tomar uma decisão como casar; para se separar também. Então, este ano de separação judicial poderia servir como um purgatório; dois anos de separação de fato são de mais, se o casal quiser voltar depois disso é meio ridícula a separação. Se houver divórcio em ato único, será muito mais constrangedor este “voltar atrás”.

Claro, nem sempre [ou melhor, quase nunca] ocorre como nos filmes, um casal se separou, a mulher arranjou outro, o cara está super [ou ‘uber’, plagiando Mr. Wallace] deprimido, e só lhes resta o filho como laço. Daí, num belo dia, eles brigam pra ver quem vai levar o filho para tomar sorvete, se entreolham, e notam que o amor nunca acabou. Aplausos, choros, e um belo fim juntos.

Mas se o casal precisar, ou quiser um tempo – apartados – para pensar, será meio estranho; podendo pedir a um juiz um divórcio direto, por que um casal que não se quer mais vai pedir a separação? Isso vai inibir esse ato reflexivo, se é isso ou não que deve ser feito ao matrimônio. E mais ações impensadas realizar-se-ão; e mais erros serão cometidos. Sem entrar no blábláblá de “e se houver uma criança envolvida” [papo para carola, o que me lembra Os Simpsons® “Alguém, por favor, pense nas criancinhas!”].

Creio que sobre isso é o que basta. Desta vez com menos frustração e raiva, quero pô-los para pensar, e discordar, é claro.

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Não, não vou falar que mulheres sempre traem, até porque minha mãe e minha namorada são mulheres.

O que me levou a escrever este – em específico – texto [que, espero, será breve] é que nos últimos dias li “Dom Casmurro” e “O Primo Basílio”.

No primeiro romance, não pude deixar de me comover com a esposa acusada. No segundo, não pude deixar de xingar muito no twitter a esposa e o primo da mesma. Nesta hora, eu penso “Assunto sempre em pauta”. Obviamente, não é de hoje que a mulher é acusada de traição; e menos de hoje que ela trai.

Os dois maiores escritores [de língua portuguesa] do século retrasado já trataram muito bem sobre o assunto, mas parece que elas não aprenderam; não estou acusando ninguém, mas no meu ponto de vista é muito mais fácil a mulher trair do que o homem. Não porque toda mulher é uma víbora; e nem porque Eva deu a maçã para Ark, digo, Adão comer.

O que me leva a crer que é mais fácil a traição da mulher, é que elas são mais facilmente enganadas que o homem. Agora, você mulher deve estar pensando “há! Tá bem! É só estalar os dedos que vem um idiota babando”. Isto pode não ser mentira – nem sempre é; mas nós não estamos sendo enganados. Neste caso, o homem não vai trair porque está pensando “Oh! Ela me ama, de fato! Vamos fugir para Paris!”, não! Ele quer tanto se dar bem quanto ela quer promiscuidade.

Contudo, quando uma mulher trai ela pode, sim, ser movida por este mesmo sentimento – pelo menos atualmente, infelizmente, é assim; fato é que há na mulher esta expectativa de que o homem realmente goste dela, que esteja amando, e só por isso ela trai.

Acho que não preciso dizer mais nada, que chovam críticas sobre isso, que se inicie a famigerada discussão dos sexos.

In Dubio Pro Bar

quarta-feira, 14 de julho de 2010

"Não bata, eduque"

Este é o nome de um projeto feito por uma junção de ONGs [arrgh], o qual se refere à educação dos filhos atualmente, a qual deveria ser feita sem as famigeradas palmadas.

É provável que seja proibida a palmada [entre outras agressões] como forma educativa a crianças, pois o presidente Luiz Inácio encaminhará ao Congresso um projeto de lei que coíbe a prática do castigo físico. Até aí, tudo bem. O texto desta terça-feira, 13, do Jornal da Tarde (do grupo Estadão) diz que essa medida é para SIMBOLIZ os 20 anos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

POXA, sinceramente, é sempre bom um projeto de lei, ainda mais encaminhado pelo chefe de governo e Estado deste país, mas fazer isso para simbolizar algo é de mais; é ridicularizar nossas ações e votos [se bem que estes ambos são ridículos, povo Tupiniquim]. Este foi meu primeiro apontamento, primeiro ponto.

Prosseguindo; o objetivo desta medida é “garantir o direito do menos de ser educado sem o uso de castigos corporais ou ‘tratamento cruel e degradante’ por parte dos pais e responsáveis”. Não basta, apenas, ser educado? O que, hoje em dia, já é difícil; tem de haver um projeto para tornar quase impossível a função de um pai na sociedade atual – parece bastante radical, mas depois explico o porquê.

Não havia, ainda, definição do que seria maus-tratos, neste caso cabe ao caso, acusação e ao juiz aceitar como maus tratos ou não – uma vez que no direito penal não pode haver analogia, o que não vem ao caso. Claro! Em 20 anos não foi necessário uma definição clara, pois é um tanto óbvio, agora precisará. Ora esta!

Não é preciso dizer que há penas mais graves para lesões corporais graves, neste caso variam de um a quatro anos.

Vou, agora, ao ponto que, para mim, foi o de maior frustração. As definições deste projeto, do que será considerado castigo físico e [entenda como e / ou] humilhante: Palmadas, beliscões, puxão de cabelo, uso da criança para desqualificar o cônjuge, surras, chacoalhar ou empurrar. É claro que, agora, deve estar me achando um Hitler ou um monstro [desculpe a redundância], mas eu só citei os plausíveis, venhamos aos que me deixaram estranhado: tapinhas na mão, rejeição, xingamento, obrigar a criança a ficar em determinado lugar.

Pasmem! O afamado “vai pro seu quarto, e não saia de lá até eu mandar!” agora é proibido!!! Não se pode mais dar um tapinha na mão do teu filho, se você estiver muito bravo com ele tem que o abraçar [não podendo rejeitar] como se nada tivesse acontecido, e, num momento de fúria, não pode proferir qualquer xingamento ao “ser” [tente usar este, dica gratuita do blog!].

Penso qual será a forma de educar, que tal esguicho d’água como se faz com cães; e, será que acharão uma batida de leve com o jornal uma agressão?
Certo, uma mãe resolveu isso, ela conversa com seus filhos, e quando está ao extremo tira os brinquedos e o vídeo-game. Agora imaginem uma casa que não haja brinquedos [sim, no Brasil há várias] e nem vídeo-game [idem, ibidem*], o que a pessoa fará? Não sou a favor, entendam, de agressão [não faço apologia a nada, também] a filhos, mas as medidas impostas chegam ao ponto de serem ridículas.

A acusação estará à mercê dos vizinhos parentes, funcionários, assistente social, etc. – testemunho de terceiros. Sim, é o auge àquelas senhorinhas que tem como única função fofocar. Parabéns! Têm, a partir do ano que vem – provavelmente, esta é a data prevista por causa das eleições –, um novo trabalho a se empenharem!

A pena a quem descumprir esta norma inclui advertência, encaminhamento a programas de proteção à família e orientação a tratamento psicológico. Ou seja, não batendo, você paga psicólogo a você, seu cônjuge e filho (a), pois este terá liberdade em demasia, e você achará que é necessário; e, batendo, você paga psicólogo a você, seu cônjuge (pela depressão e vergonha) e seu filho, desta vez pela surra que levou. E a culpa de tudo sempre será dos pais, não se esqueçam.

Em outra seção do mesmo assunto, uma professora, filósofa, escritora e pesquisadora em educação teve a pachorra de citar o caso Nardoni. Má quê!? [Mas como!?]
O que será que ela teve em mente? Ela, realmente, pensou que o casal jogou a garota do sexto andar [se é que jogou] por uma janela para punir?
Ela não pode ter falado sério; qual seria o motivo, ela virou a cara, deu um tapinha no irmão?

Prosseguindo nesta mesma entrevista, a professora é perguntada se hoje as crianças são mais malcriadas; e ela responde que sim. E, brilhantemente, completa com “Mas não que sejam piores que outras gerações.” Como é possível sim e não? Ah, claro. Por fim ela reitera que a culpa do mimo das crianças de hoje é dos pais, que a diferença pra antigamente é influencia da mídia, corrupção, impunidade e desestruturação familiar. Se há impunidade, pra quê tornar mais severa uma lei com este projeto?!?!?!

Para finalizar, de fato, ela afirma que é necessário – neste inovador modo [manso] de educar – persistência e vontade. Quem sabe com persistência e vontade, quando você atingir seu objetivo, teu filho já não seja mais criança.

*A mesma coisa, no mesmo lugar

In Dubio Pro Bar

terça-feira, 13 de julho de 2010

Doença Mental e Dom Casmurro

“(Rede Municipal) 10% dos professores sofrem de doença mental Estudo revela que há 4,9 mil professores afastados da sala de aula para tratamento de transtornos psiquiátricos”

Vou ser franco e dizer que quando li esta chamada hoje (segunda-feira, 12) no Jornal da Tarde [sim, eu leio e meu pai assina esse jornal] pensei “Mas não é possível, de novo!? Outra falha no Sistema de ensino”.

Sim, eu fui tão idiota a ponto de pensar que uma mínima debilidade mental em vários professores não tinha sido notada, ou não teria sido posta em relevância. Fato é que débil sou eu.

Posta minha ignorância de lado…

Ocorre que 4,9mil pessoas estão sendo levadas à loucura pelo emprego que tem, ou pressão porquanto ao emprego, ou pelo público com o qual trabalha. Fala sério! Isso poderia acontecer em qualquer lugar do planeta, mas no Brasil – ainda mais em São Paulo – tem um gostinho melhor.

Não é possível entender como um educador consegue ter problemas, mentira; é fácil pensar nisto. Atualmente, não se dá mais valor; ou melhor, os valores foram completamente invertidos. Um professor não pode dar nota baixa [foi proposital o emprego do verbo dar, pois nota baixa não se conquista se ganhar, pelo mais antigo vagabundo que disse isto] na rede particular que os pais já estão lá reclamando. Um professor não pode dar nota baixa na rede pública porque se não é ameaçado.

Dá medo algo assim, não poder mais educar. Não reclamem, pois, do governo quando virem que a educação tupiniquim não é boa, não avança, ou qualquer algo semelhante. Reclamem, sim, em casa.

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Dom Casmurro

“Maior romance da literatura brasileira”, frase do filme “Dom”, baseado na obra de Machado de Assis. Eu diria que é o maior romance mundial; mas, por Shakespeare, digo maior romance de língua portuguesa.

De qualquer forma, o problema central é à frente, é o ciúme.

Há diversas razões para o ciúme ser infundado. O autor escreve a obra para relembrar tudo, se tem que relembrar ele não tem certeza se houve ou não; se nem ele mesmo (Bento Santiago) tem certeza, ora! Ele destaca apenas alguns aspectos da personalidade de Capitu quando criança, que levariam o leitor a entender como possível agente de traição.

O amor inexplicável do filho por Bentinho deixa claro que não houve traição, e que seu amigo não era seu comborço - o cara que pega a mulher do outro. Ele mesmo assume que José Dias se visse seu filho falaria que era a cara dele [Bento]; no entanto, ele ainda continua vendo o filho como imagem do outro.

Além disso, o autor do livro [Bento] é advogado formado, e conta a história unilateralmente, não dando chance de defesa à outra parte. Sendo assim, leva qualquer um – ou não – a crer no que ele quiser.

Fora isso tudo, há outros fatos, os quais eu deixo escondido para que leias, e para que o texto não fique muito longo.

Em comparação com o filme, as únicas coisas comuns são Maria Fernanda Cândido como Capitu – na história real, ela foi Capitu na série, e no filme foi Ana – e o nome do protagonista, que foi o único mantido no filme, Bentinho. Isso mostra que para a história se tornar história, para haver a possibilidade [falsa] de traição só necessita do Bento, homem fraco que veria em qualquer Capitu uma traição diferente.

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Diferença

Diferença entre Espanha e Brasil...

(4 títulos, sim, também)

Segundo Eça de Queirós:
"Não há na alma espanhola sentimento mais poderoso que este de pátria."

Se tivesse que escrever sobre o Brasil, seria:
"A não ser durante a Copa do Mundo, não há na alma brasileira sentimento menos poderoso que esta pátria."

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sábado, 10 de julho de 2010

Ponte Aérea

Sempre há uma comparação entre o Brasil e algum outro país.

E a verdade é que sempre haverá, pois o brasileiro não acredita no produto nacional. Se alguém falar sobre cinema nacional – que hoje é tão bom quanto o estrangeiro –, um não entendedor de cinema vai levar a diálogo grosso a superioridade das produções hollywoodianas, mesmo não tendo história decente, enredo, ou sentido – sim, falo de Avatar.

(aliás, tenho que parar de criticar o que não conheço, não vi Avatar) Ainda sobre o mesmo assunto, se conversar sobre isto com alguém que entende do assunto, a pessoa levará a dialogo os filmes americanos antigos, ou os europeus; verdade é que a nossa indústria é muito boa, mas é nova; e aperfeiçoa-se frequentemente.

Programas de TV sempre serão comparados com os norte-americanos; plausível, não há como não notar a semelhança até entre o fundo de cena do Programa do Jô e do David Latterman. Fato é que não é possível demonstrar superioridade entre um e outro – embora o brasileiro seja um tanto menos modesto.

Ainda quanto aos programas de TV, são poucos os realmente bons aqui no Brasil, não sei se programas antigos são cópias de outros; mas o BBB – lixo de grande sucesso nacional – é de origem estrangeira, europeia (não lembro o país, então não vou citar nenhum). Não quero dizer que o BBB é antigo, e não é, digo que os programas são cópias também, quando inovam são efêmeros. Sobre efemeridade, até a Maísa, grande achado do “patrão”, foi cópia.

Com ressalvas, tem que se reconhecer a capacidade do programa “Pânico na TV”, do qual eu não sou nada fã – muito pelo contrário – eles têm um caráter inovador, no qual se há cópia ela não é percebida. Programas bons, muito bons, da atualidade são não só cópias, mas, também, produções estrangeiras; o programa CQC – melhor programa brasileiro da atualidade, segundo quem vos digita – pertence à produtora argentina Quatro Cabeças, o que não lhes tira o prestígio.

Ainda na cópia, nossa comédia não tem graça atualmente, a não ser que seja cópia. Seja por blog, vlog, ou stand up¸ todos os formatos são cópia de cima, e, mesmo sendo engraçadas as cópias, ainda se fala que não chegamos aos pés dos copiados; Norte América ou Europa. A música nós não copiamos, temos própria, mas preferimos as dos outros, assim também é com os esportes.

Fato é que, se nós copiamos, também somos copiados; demo-nos valor; somos muito bons em várias coisas que nem damos importância, ou não percebemos. Não se pode ser o melhor em tudo, e se ficarmos, apenas, criticando-nos não seremos os melhores em nada.

Seja você o melhor no que faz, e melhore o que o outro está fazendo; antes de criticar. “Não retiras a trave do teu olho, antes de reparar no cisco no olho do teu irmão” (ou alguma coisa assim, não me lembro corretamente das partes da Escritura, e nem gosto de apelar à Ela)

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Visões

Muito estranhas que tive esta semana.

Não é costume deste blog falar sobre o cotidiano do autor, como muitos outros blogs aí presentes.

Esta semana foi, deveras, muito estranha, eu raramente vejo coisas esquisitas, ou fora da ordem normal das coisas – exceto quando me olho no espelho. Porém, esta semana já vi duas coisas a mim estranhas:

Terça, indo ao Mackenzie, vi um cara ser preso na Santa Cecília (depois me perguntam por que não gosto deste caminho), na verdade ele estava sendo preso, um policial o enforcava enquanto ele tentava fugir, e uma policial chamava alguém pelo rádio. A parte mais emocionante foi quando o meliante bateu sequencialmente no braço do policial com a palma das mãos – o que me lembrou de pronto o meu tempo de judô, excelente estrangulamento do policial. Ah, sim, voltando à parte mais emocionante… o policial falou, expressamente, “Não vou te soltar não, não quis ser malandro? Agora vai desmaiar”
Pena que não pude ver o fim desta história.

A segunda é muito menos emocionante, já aviso para que pare de ler se procura outra emoção. Foi hoje, quarta-feira, vi um mini pitboy, não que estivesse com um pitbull. Um garoto de uns 13 anos, talvez menos. Ele levava um cachorro que facilmente escaparia; não imagino como um pai pode deixar uma criança levar um cachorro grande pra passear, sendo que no fim das contas o cachorro pode levar a criança pra passear muito mais facilmente.

Sim, isso tudo são inutilidades, desculpe o tempo perdido.

In Dubio Pro Bar

Goleiro Bruno

Não vou falar muito sobre isso, aliás, quase nada.

Meu parecer é nulo, pois – a meu ver – não pode haver condenação sem prova. E nenhuma prova foi comprovada, pode ser que se faça comprovação, mas isso fica mais adiante no tempo.

Caso é que poderia perder linhas e linhas falando sobre a mídia brasileira, sua hipocrisia, e seu ato condenatório – como fizeram no caso Nardoni. E, ainda, aproveitar da mesma oportunidade pra falar da influência da mídia nas eleições.

Mas tudo isto é fato conhecido [“sabido e consabido”]; então não vou perder meu tempo, e gastar o de vocês, com o óbvio.

Nota: que fique claro que não creio que nos dois casos – ou em algum deles – eu acredite na inocência, mas tão pouco acredito na culpa; porém, - não me levem a mal – também não sou indiferente quanto aos fatos. Defendo, apenas, uma correta visão do Direito, onde não se pode condenar sem provas; pra isso temos o Tribunal do Júri, que – por força de mídia – condenou o segundo caso, e há de condenar o primeiro, se isso não se fizer por justiça comum.

In Dubio Pro Bar

Código Florestal

“A comissão especial do Código Florestal aprovou nesta terça-feira (6) o polêmico substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) que modifica a legislação ambiental. Por 13 votos a favor e cinco contrários, a proposta foi acatada pela comissão e segue agora para apreciação no plenário da Câmara, antes de ser votada no Senado. (...)” texto completo em http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_publicacao=33551&cod_canal=1

Como podem ver, deixando de lado o quórum, faltam duas câmaras/casas para aprovar ou barrar este substitutivo. Eu não sou – nunca fui, mas ultimamente tenho me tornado um pouco – fã de ambientalistas, ou do famigerado Direito Ambiental; por tanto, quero deixar claro que não estou aqui por ideologia falando isto, ou apologia que seja.

Achei de fato um absurdo este substitutivo, e tomei conhecimento há muito pouco tempo, o que me fez escrever, inclusive, este post. A situação da mata nacional, tanto em relação à sua preservação e devastação quanto em face dos ruralistas, é demasiadamente crítica.

Embora a situação já seja gritante, os que defendem o projeto não se importam em piorar; pretende o projeto anistiar os que cometeram crimes ambientais até meados de 2008, cortar pela metade o limite de preservação à margem de rios e plantar em terras de várzeas.

Não sendo isso o bastante, o substitutivo prevê, ainda, que as áreas de atividades agropecuárias sejam reconhecidas, mesmo que adquiridas ilegalmente. Um completo absurdo! Seria um novo Uti Possidetis em plena terra do “samba, futebol, carnaval, Ronaldinho”… algo, sinceramente, o espírito Tupiniquim tem que falar mais alto em nossos legisladores, para que isso não prossiga; e em nós também, para que, se prosseguir, consigamos desfazê-lo.

Tudo isso mostra um gigantesco retrocesso em uma pequena evolução que tivemos na esfera ambiental deste país. Quando estamos nos acertando na área mais importante ao ser humano, conseguimos dar saltos para trás, pensando em um suposto desenvolvimento. Seria melhor que constasse no substitutivo que nós não necessitássemos de oxigênio e água, ou que ao invés de serem as plantas, os animais são que, agora, fazem fotossíntese.
Peço pensamentos positivos de todos – e até a oração dos que são religiosos, por que não – para que isso não prossiga. Isso não pode ser um Código, deve, sim, ser um crime.

In Dubio Pro Bar

terça-feira, 6 de julho de 2010

Eunomia

Nota: para os mais desprovidos de inteligência ou conhecimento, eunomia significa igualdade de direitos; sinônimo: isonomia.

Belo fato,
Que, presente na sociedade teórica e ideal,
Inexiste na sociedade real,
Mas uma coisa é certa,
Isso vem de casa!

Não, não lhe falo de educação familiar,
Mas de família,
Pois quem nos ensina a desrespeitar a tão almejada Eunomia
São nossos pais,
Que nos furtam este valor, como mestres,
Quando nos dizem que fazem por que são pais.

In Dubio Pro Bar

segunda-feira, 5 de julho de 2010

PRONUNCIAMENTO OFICIAL

Do blog “In Dúbio Pro Leo (Ribeiro)”, ou seja, de mim mesmo sobre a desclassificação do Brasil na Copa do Mundo de Futebol 2010 FIFA.

Já tinha sido bem enfático sobre arranjarmos coisas para fazer após a Copa, e, francamente, o fim da Copa chegou ao fatídico dia de 02/07/2010. Não foi só meu primeiro dia das não-merecidas férias, mas, também, foi o dia da eliminação do Brasil na Copa, dia em que – pelo menos pra mim – a Copa acabou.

Embora tivéssemos a tão rival Argentina sendo eliminada logo após o Brasil – país dos patriotas da bola –, a tristeza não foi diminuída com esse pouco de alegria. Tá bem! Foi sim, mas não passou completamente, vou odiar a Holanda até a Copa de 2014 – quando as holandesas vierem para cá… digo, quando pudermos deixar o caneco em casa.

Lembro quão frustrado fiquei na última Copa, e digo, sinceramente, que não só fiquei tranquilo após a eliminação do Brasil, como torci pela França até o – ser – Trezeguet balear a trave. Não tomo isto como ato vergonhoso, se tomasse não estaria aqui admitindo, revelaria em falso que chorei como Salomão chorou ao ver seu amado Brasil sofrer empate da Holanda, pelo adversário Felipe Melo.

Mas há divergência grande entre as duas Copas (e, dessa vez, sem piadas ridículas como “o lugar”, e etc.), o time da Copa passada não merecia nem de longe ganhar nada, era um time acabado de pronto, finalizado de princípio. O time dessa Copa me fez chorar duas vezes num mesmo jogo, quando eu vi o grandioso Robson abrir o marcador (não-impedido) contra a Holanda, a jogada foi linda, e o adversário era de se respeitar e, até, invejar. A segunda vez foi ao apito do árbitro, selando o segundo tempo, o jogo e a participação do Brasil na Copa de 2010.

Não dava/deu/dá pra acreditar que uma seleção merecedora de todos os títulos, que jogava tão bem, estava sendo derrotada. Foi uma pancada enorme, vi um time gigantesco, maior que qualquer adversário – atual, que fique claro –, roer, e o time rachou de fato, por peça própria.

O time jogou unido, coeso, forte, sem igualdade (para muito melhor); isso tudo até o segundo tempo. Onde reinou um pesadelo, e sempre há um bode espiatório (como foi Roberto Carlos, como é Felipe Melo). E bode de hoje dá chifradas com as travas das chuteiras, vai pra cima, bate. Não é isso que a maioria quer na seleção, talvez tenha sido isso a nos desclassificar, mas um jogo de futebol sempre tem seus momentos truncados.

De qualquer forma, seja como for, não importa a maneira que tenha acontecido… vamos continuar torcendo pelo time brasileiro, e pelo futebol, limpo, honesto, arte, truncado, do jeito que for. Isto quem gostar é claro, quem não gosta continue desgostando, não se é mais ou menos brasileiro pelo gosto ao maior esporte da nação. Quem assim pensar é mais um patriota da bola, isto é, patriotismo aparente de 4 em 4 anos, e pena que não é pela eleição – que está por vir.

Escolham um time, ou nem escolham, acompanhem a Copa, porque futebol de alto nível dos dois lados vai demorar pra acontecer com tanta frequência.

In Dubio Pro Bar

domingo, 4 de julho de 2010

Day by Day, Talk by talk (Jogo de Sedução)

(From Mindfacturing Belt)
- Quer aproveitar este instante?

- E é só esse instante?

- Sim, pois tudo que tenho é o agora; e o depois tem nuvens à frente, às quais não quero desembaçar

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Celebridade

Eu, particularmente, não gosto de celebridades, e muito menos do mundo [mundinho ínfimo e] ridículo delas. Se você gosta, meus pêsames, e rogo pela tua alma e corpo, pois tua mente já foi faz tempo.

Não me importa saber que sei lá quem beijou, saiu, ou dormiu com sei lá outro quem. Quem tomou banho de sol sem a parte de cima do biquíni. Quem saiu de um motel para uma delegacia com três travestis. Entre outros fatos.

É, às vezes [como o caso supracitado dos travestis], engraçado comentar, a fim de piada, nada mais. Mas o que se excede é fofoca, o que me irrita; intrigar-me-ia não fosse o caso que há mais pessoas que se importam realmente com isso do que as que não dão a mínima. O que, realmente, intriga-me é o fato de pessoas consumirem esse tipo de mídia; ora, a pessoa não tem vida própria, por isso consome a vida de outrem?

Que fique claro que não critico a fama – musa tão almejada; critico, sim, as celebridades. Ou seja, nem sempre quem é famoso é uma celebridade; ou melhor, nem sempre quem é famoso é apenas uma celebridade. Neste caso, ser celebridade é último plano, não pano de fundo, pois este se mostra mais do que o que nele se assenta. Penso que para um famoso ser uma celebridade seja consequência meramente insignificante, e se assim não é, fez-se a fama pelo motivo errado, ou deu-se maior consequência secundária que primária.

Um trabalho bem feito e um reconhecimento por este seriam a consequência primária; sendo a secundária, fotos com manchetes extravagantes [ou ridículas], em revistas e sítios eletrônicos de baixo [ou nenhum] nível. Mostre-me uma celebridade e eu te direi “não, este é um ator”, “não, este é um pintor”, “não, este é um dançarino”, “não, este é um apresentador”, “não, este é um atleta”, “não, este é um cantor”, “não, este é um jornalista”, ou até “não, este é um humorista”.

Não é dada credibilidade intelectual para algo como “celebridade” apenas, o reconhecimento vem pelo esforço aplicado a certa atividade. Se esta atividade não foi feita para dar sustento e / ou prazer, e, sim, foi feita para garantir fama de pronto, aí está o erro. E, provavelmente, nunca virá o sucesso, a fama e o celebritismo [nlg], almejado.

Busquem fazer o que gostam, ou façam o necessário para sobreviver. Se fizerem bem, um dia serão reconhecidos, aliás, se não forem reconhecidos, também, pouco importa; façam bem, e importem-se em seguir bem a vida, o sucesso não vem para todos que se esforçaram, mas não vem para nenhum que poupou esforço.

Saibam, ainda sim, diferenciar [os meninos dos homens, asuhasuh, desculpem-me, não agüentei] fama de celebritismo, famosos de celebridades, artistas de celebridades, etc.

*[nlg] - Neologismo

In Dubio Pro Bar