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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Quintal Vermelho

Na semana passada, a Folha publicou na sua secção Ilustrada uma entrevista com o diretor norte-americano Oliver Stone [de “Platoon”].

Ele esteve na América Latina para gravar um documentário sobre os presidentes que aqui governam. Para minha surpresa ele elogiou muito o presidente Hugo Chávez. Não pude acreditar que um americano lúcido estivesse defendendo um presidente tão autoritário e desrespeitoso.

Sim, estou fazendo juízo de valor; mas isso também foi feito pelo cineasta, que disse que as companhias de TV na Venezuela são dirigidas “por lunáticos” [80% da mídia privada, segundo ele]. Defende ele, ainda, que Chávez faz o que faz em defesa da liberdade de expressão. É interessante ver como os venezuelanos conseguiram chegar longe com a pesquisa de manipulação cerebral.

Não é possível crer que um “ditador”, que fecha diversas companhias de TV, seja considerado, por um grande cineasta [o que supõe inteligência] norte-americano [o que supõe paixão pelo liberalismo], um defensor da liberdade de expressão. Segundo ele [Stone], não é possível dizer certas coisas nas televisões dos Estados Unidos, pois seria cassada a licença da rede.

Pois bem, fato novo – de fato –, realmente não sabia que a sua licença de TV nos Estados Unidos poderia ser cassada por incitar um golpe de Estado. Mas como não fazer isso na Venezuela, ver todos seus direitos cessados, praticamente, e ficar quieto é coisa [aí sim] de lunático.

Stone ainda compara Chávez com Fidel [Castro], coisa inimaginável, é realmente o que o venezuelano gostaria, mas ele não chega aos pés do cubano. Digo isso por que, antes de assumir o governo da Venezuela, Chávez tentou atingir o poder através de um golpe de direita. Fidel sempre se manteve fiel aos seus ideais, fora isso ele é realmente um comunista, sabe o que deve ser feito, e sabe qual sua ideologia. O divertido [só pode ser comediante] venezuelano nem sequer deve ter lido o Manifesto [Comunista] e fala como se fosse dono da razão.

Comenta, ainda, o diretor sobre o presidente Lula e outros presidentes da América do Sul. Segundo ele, os presidentes daqui têm interesse de coração no povo. Tá, eu sou um pouco frustrado com o meu país, mas me digam onde está esse interesse? Um presidente que diz na cara de todos que “não sabe nada”, quando na verdade deveria estar expulsando os corruptos do planalto.

Especificamente sobre Lula, Stone diz que ele não é tratado como igual entre os outros líderes do mundo. Eu sempre o vejo ser tratado com um respeito maior fora do Brasil do que dentro, até porque é onde ele passa mais tempo, e foi, também, eleito uma das pessoas mais influentes do mundo – numa lista em que a Lady Gaga está em terceiro lugar. Completa (posteriormente) que o presidente se dá bem com todos os líderes sul americanos, fato. Mas o que ele não tem noção é que essa amizade é pela fraqueza com que o presidente trata seus vizinhos, não querendo gerar conflitos o Brasil é passado pra trás.

Embora todas as falhas expressas na entrevista, devo admitir os acertos. O diretor diz que o presidente Lula é um dos poucos que ruma a um destino correto, enquanto os outros forçam sempre uma guerra o Brasil tenta arranjar meios de agradar ambos os lados [os mais quando necessário]. Isso Lula sabe fazer bem, nunca entendi como conseguimos tratar com Ahmadinejad e com Obama ao mesmo tempo.

Aliás, por falar em Obama, outro acerto de Stone foi quanto a influencia dos Estados Unidos sobre o Brasil. Ele diz que o presidente Lula não deve acreditar sempre nos elogios do presidente Obama, pois há um histórico de manipulação dos Estados Unidos sobre o Brasil quando há interesse dos norte-americanos (como a ditadura militar, apoiada pelo Tio Sam). Completa ainda dizendo que o presidente Obama pode até ser diferencial, mas que não poderá fazer ações como quer, pois quem tem maior poder é o Congresso Americano.

Quem diria um norte-americano [americano, ou estadunidense, como queiram] admitindo tudo isso. Mais impressionante ainda é um que simpatiza com o vermelho do comunismo. Bom, fato é que, se um americano simpatiza com a política da América do Sul – da qual tentamos fugir –, essa é a prova de que a grama do vizinho é mesmo mais verde [ou vermelha, neste caso].

In Dubio Pro Bar

sábado, 29 de maio de 2010

Esquete do Ronaldo - ato único

Em um elevador de um prédio comercial de São Paulo, Avenida Paulista. As Luzes focam o personagem central, grande jogador do passado, jogador grande de hoje. Pensamentos flutuam…

“Ai, o que será que ele vai falar de mim? Que será que eu tenho? É, essa consulta realmente está me dando muito medo”

Luzes no ambiente apertado do pequeno elevador, sem espelho ao fundo, acabamento em madeira, um clássico, para a época.

“Desculpe, senhor, mas me parece um pouco distraído, ainda não me disse qual andar vai descer.” Diz o atencioso ascensorista para aquele homem de sobrepeso. “Ah, sim! Vou descer no nono. É que eu não tô acostumado a ir sozinho aos lugares, e os outros é que sabem onde eu estou indo.” Responde o boleiro fanfarrão.

Nono andar, desce o antigo craque. No que pisa o hall já fita a porta do consultório, que diz “Dr. Silveira – Psicólogo e Psiquiatra”.

Abre a porta com toque sutil na maçaneta, a qual fica engordurada. Luz no craque, pensamentos flutuam… “É melhor eu lavar a mão direito, mas o cheiro de churrasco tá tão bom!”

Luz no ambiente, ampla sala de espera do consultório, parede branca, detalhes de brinquedos e desenhos coloridos combinando com móveis, no canto da secção infantil; uma garoto levando bronca da mãe nesta secção. Tom sóbrio no resto das mobílias da sala e um balcão no centro dela, com uma secretária, que, no momento em que o protagonista entra, diz “Bom dia, senhor, sua consulta está marcada para daqui a 20 minutos! Pode vir preencher os formulários?”

Em resposta imediata, obtém “Claro, só vou ao banheiro um minutinho.”

Antes que qualquer uma das senhoras se espante, o menino diz “Caramba, mãe! Aquele gordo parece com o Ronaldo!”, a atendente não segura o riso, e, com outra bronca, a mãe manda o garoto ficar em silêncio.

Volta o jogador. Caminha até o balcão, no centro da sala. “Boa tarde, vim preencher os formulários” diz ele, “Pois não, tem a carteirinha do convênio?” –ele entrega a carteirinha – “Ah, sim, obrigada, assine aqui”. Após assinar, o jogador senta-se em uma almofada do sofá que se pudesse gritaria de dor, mas só o que pôde fazer foi liberar muito ar pro lado.

Ao pegar uma revista pra ler, as pálpebras do jogador pesam mais que a barriga. Ele é acordado pela secretária, após 15 minutos, “Senhor Nasário, o doutor já vai vê-lo”, bocejando ele responde “Ahn, obrigado!”

Rapidamente, levanta-se, antes de adentrar a sala do médico, só tem tempo para – ensonado – ler o nome na porta de madeira trabalhada “Dr. Flávio Silveira”.

Luz no doutor. Computador de mesa ligado, tela do Facebook. Um médico psiquiatra muito distraído aparentemente. Luz na sala, bem arrumada, um divã e uma cadeira formando um clichê presumido. Tons sóbrios e escuros, uma mistura de marrom-mogno e vinho, luzes amareladas pelo consultório.

“Bom dia doutor!” diz o jogador ainda acordando. “Deite-se, meu caro” diz o médico apontando o divã, e continua “Pode contar-me o que o traz aqui, o, especificamente te aflige?” O antigo ídolo deita-se – mais um choro poderia ser ouvido vindo de dentro do couro marrom do divã – e começa:

“Sabe doutor, eu tô muito pra baixo nesses últimos meses, triste de mais, não venho jogando bem, quando jogo. Não estou rendendo mesmo” solta ar de desabafo, tom triste em sua voz, e mantém-se olhando para um quadro na parede do doutor – um retrato do médico e do rei com uma gigante assinatura, “Pelé”. Nisso o doutor interrompe o quem-sabe craque, “Mas você tem alguma ideia do que faz sentir-se assim?”

Então ele [jogador] prossegue. “Então, doutor, alguns dizem que é por causa da mídia mal feita sobre mim, outros por causa do meu peso, outros falam dos transexuais do motel, e outros ainda que a razão é uma possível decadência súbita na minha carreira, que foi da Itália para o Corinthians, do luxo pro lixo. Eu não acredito nisso…” Para, subitamente, de falar o jogador. Quando começa o médico “Mas então, o quê?”

Voltando à consciência, após muito divagar sozinho, o jogador revela “Sabe, é a primeira copa que eu não vou, desde que comecei a jogar…”. “Pois então era isso” começa o médico “olha, você realmente tem razão nisso, mas não é motivo para melancolia, tristeza e falta de produção. Veja as coisas boas da vida… você tem um filho muito inteligente, embora ele se pareça com você, já teve várias mulheres lindas, embora tenha o episódio dos travestis, o que não é nada de mais, porque mesmo depois disso você já teve um campeonato ganho e tem uma namorada linda. Aliás, por falar nela, lindíssima, sem contar as antigas, tão lindas quanto, como , por exemplo, sua ex-esposa, mãe do teu filho, se tem algo de bom nele é por causa dela, ruim mesmo é vocês não estarem mais juntos…”

Numa verdadeira frustração o jogador interrompe o médico, “Muito obrigado, doutor!”, e sai do consultório tão rapidamente como sai da sala de espera e entra no hall esperando o elevador. Só tem tempo de ver o psiquiatra à porta, com cara de satisfeito por uma boa consulta, que dá acesso ao hall, “Hey, senhor, você tem o telefone de sua ex-esposa?”. O jogador entra cabisbaixo com uma cara triste no elevador, o ascensorista não pergunta mais nada, aperta o subsolo do qual veio o antigo craque, a porta do elevador fecha.

A luz apaga

Acende a luz, foco no jogador, olhar esperançoso, fita a porta à frente com os dizeres “Dra. Siqueira”.

Apaga a luz, fecha a cortina, fim de cena.


In Dubio Pro Bar

Futuro Espelhado (FECHO, finalmente)

CONTINUANDO, E FINALIZANDO
Parece estranho pedir pra valorizar mais o país e a cultura nacional olhando para outros povos. Mais estranho ainda é não lembrar que todos os outros nos compõe, a alegria e o batuque africano, a determinação e competência asiática, a inovação e inteligência europeia e a miscigenação americana. Pra provar isso, a maior religião do país constituiu-se na Itália, o esporte nacional é inglês – claro que a tudo isso se dá o toque brasileiro, a ginga e o molejo, a mandinga e a alegria, que, se eu não me engano, é muito mais africano do que indígena, certo?

Somos uma aquarela mundial, quem vive em São Paulo sabe disso mais ainda, enquanto em cada canto do país temos uma cultura específica (holandesa em Pernambuco e em Holambra, portuguesa em vários cantos, alemã no sul, etc.), aqui em São Paulo temos o mundo inteiro. Precisamos realmente aprender com eles, não só falar que japonês é um ser de outro mundo que consegue entrar na Medicina Pinheiros dormindo, mas, também, ter a mesma dedicação que eles, mesma determinação.

Herdamos de todos os povos, também, a corrupção e a ela acrescentamos, é claro, a falta de caráter, a não-vergonha por ter mentido. Mas isso pode ser revertido de duas maneiras: a) uma bomba H em Brasília – pois a estrutura é linda e não merecemos perdê-la; b) brigarmos por uma nação melhor, e não repetirmos os erros passados.

Deixando, um pouco, a política de lado.
Precisamos de muito, ainda, para mudar, não podemos ficar estáticos. Não nos deixemos ser enganados, o único modo de fazer isso é participar. Ter conhecimento do que ocorre com a saúde no país, não deixar que a população carente deixe de ser socorrida, não deixar que cidades fora do centro sejam esquecidas, não fazer pouco caso do povo e da cultura indígena. Devemos valorizar nossos recursos, a biodiversidade amazônica – que valeria muito mais como área de pesquisa universitária do que como fonte de madeireira –; a exploração dos ventos e das marés do nordeste para produção de energia; combustíveis renováveis; etc.

Não deveríamos ficar presos, apenas, a assuntos das capitais – da capital São Paulo, não é a do Brasil, mas é a capital da América Latina. Todas as finanças que passam pelas principais cidades, se bem distribuídas e bem aplicadas, supririam faltas enormes e gerariam riqueza extra ao país. Não estou pregando o comunismo – do qual nunca fui adepto, mas o futuro a Deus pertence –, mas o problema maior que não faz o país progredir no ritmo dos grandes é justamente a má distribuição de renda.

Uns – principalmente em Brasília – enchem bolso [meia e cueca] sem trabalhar de segunda e sexta feira, enquanto outros que trabalham de segunda a segunda não ganha sequer um salário mínimo (não to falando de mim, mas se quiserem juntar um dinheiro e me comprar um carro eu agradeço).

Novamente, penso que o caminho seja repensar. Repensar atitudes, parar de olhar somente para os nossos problemas – digo nossos como cidadão de uma metrópole, ajudemos os pequeninos; e, acima de tudo, espelhando-nos em outros países melhoremos o nosso. Não digo que o dos outros é melhor, mas o nosso precisa melhorar urgentemente, precisamos nos dar mais valor, ao invés de mandar pra fora as melhores cabeças e os melhores pés [pra quem não entendeu, referi-me à migração de cérebro e ao futebol].

In Dubio Pro Bar

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Futuro Espelhado (parte 3)

CONTINUANDO
Quanto à Europa, invejo o nacionalismo deles – sentimento que em nós aparece apenas durante a Copa do Mundo (em mim também, e, às vezes, nem nessa ocasião). Embora o nacionalismo deles tenha virado um xenofobismo sem tamanho, fato muito triste, ainda sim deveria ser motivo de inspiração a todos.

Esse forte sentimento nacional trouxe diversos benefícios, tanto culturais quanto econômicos, e não só para a Europa. Nessa leva de bens veio a valorização da cultura e da tradição; as estradas italianas são tão antigas – bem mais – quanto o nosso país, e são muito bem estruturadas, seus aquedutos também; as universidades mais antigas da Europa são conservadas, muito bem regidas e constituem pontos de referência e de anseio até hoje (quem não gostaria de ter estudos feitos nas cidades de Oxford, Cambridge, Paris, Notredame, Madri, Salamanca, Sevilla, Hamburgo, e, até mesmo, Coimbra?).

Os centros culturais europeus são simplesmente fantásticos, e expressam vividamente a história passada no local, preservasse toda a memória do ocorrido de modo que a pessoa presente lá tenha sensações [quase que] reais. Além disso, trouxe-nos – para conservar sua glória, e expressá-la de fato – obras como "Lusíadas" (Camões), "Eneida" (Virgílio), "Odisseia" (Homero); músicas como as de Mozart e Beethoven. Juntando-se a isso, também, auges econômicos incríveis (às épocas), investimentos rentáveis, descobertas memoráveis – como a do nosso acidente histórico, Brasil – e o feito de espalhar sua cultura [e seu domínio] pelo mundo.

Quanto a centros culturais brasileiros, vejamos o melhor exemplo, São Paulo. Nós tivemos um excelente referencial cultural no século XX, que foi o centro antigo. Hoje, esse centro está aos poucos sendo revitalizado, mas quase foi perdido, não se valoriza aqui o histórico, temos a ideia de que o velho deve ser substituído pelo novo. Esse erro é fatal, perdemos nossa história por isso; as melhores preservações culturais no Brasil hoje são, sem dúvidas, as do Sul e do Nordeste, pois são as partes que, hoje, mais tem orgulho de suas origens.

Esse foco europeu não é questão de moda, ou de riqueza; se não fosse a Europa o que seria da cultura brasileira? Vejam: o século XIX, no Brasil, foi uma mistura exacerbada de Dinheiro Inglês associado à Cultura Francesa, sem contar a imensa influência de grandes escritores portugueses [tanto quanto de outros países], como Eça; movimentos europeus tornaram capazes nossos movimentos nacionalistas, seja com ufanismo indígena de José de Alencar, ou com a Semana de 22.

Não só devemos nos espelhar no velho continente, como aprender com seus detalhes e revê-lo em nossa história. Aprendamos a valorizar-nos, nem que para isso tenhamos que valorizar outros – os quais merecem esse apreço, por mais erros que tenham cometido (Hitler + Stálin), pois erros todos cometemos.

[bom, não foi a parte final... FECHO amanhã, de certo]

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Futuro Espelhado (parte 2)

CONTINUANDO
Outro povo que deveria ser inspiração são os orientais, em geral. Vejam os japoneses, a sua dedicação pra reconstruir um país na primeira metade do século passado persiste até hoje, mesmo com o país mais que reconstruído. Já na segunda metade do mesmo século o que era reconstrução passou a ser o desenvolvimento da segunda maior potência mundial.

Eles não possuem largas terras, grande quantidade de mão de obra, riquezas naturais; pra ajudar ainda tem terremotos amedrontadores. Nem por tudo isso eles deixaram de se tornar uma potência. O Brasil fez tudo exatamente ao contrário, temos tudo, mas em nada – acreditem, para o que temos é nada – soubemos aproveitar, não é vergonhoso, é triste.

Outro [país] oriental a ser espelhado (nem tanto) é a China. Ela consegue números incríveis de crescimento, mesmo em meio à crise. Há controversas quanto a esse número, pois era o mesmo que se dizia do Brasil na época do milagre. De qualquer forma, com números forçados ou não, com escravos ou não, eles têm a melhor produção industrial existente, para a qual não há concorrência. O Brasil tenta toda a vida, mas não consegue aumentar tanto nem sua produção industrial, nem seu PIB [não tão aceleradamente].

Ainda na Ásia, a Coreia do Sul tem a melhor produção científica mundial, isso tem base nas universidades de lá. As pesquisas universitárias e o registro de patente, no país asiático, são muito procurados e, principalmente, valorizados.

É recente, no Brasil, a procura por pesquisa universitária, não valorizamos o trabalho científico – e, realmente, não consigo pensar em alguma razão para isso. Isso sem contar que, no que tange o registro de patentes, somos ridículos, a muito custo retiramos da Alemanha a patente da rapadura (!!! veja se é possível não termos um produto cultural nacional registrado!).

[e amanhã, Europa, e espero concluir]
(...)

In Dubio Pro Bar

terça-feira, 25 de maio de 2010

Futuro Espelhado (parte 1)

[pra quem não vir conclusão nesse texto pode comentar, mas leia - amanhã - a parte dois]

O Brasil sempre teve tudo que outros países queriam, mas nunca soube aproveitar; e pior, nunca acreditou que sempre teve o melhor. Deveríamos nos espelhar em bons exemplos, e deixar nosso passado tupiniquim apenas como lembrança, com tentativa de distanciarmo-nos dele. Não que seja vergonhoso, mas… certo, é muito vergonhoso!

Francamente, fomos um povo que se deixou ser explorado sempre, após invadirem uma terra, europeus comandaram nossa fortuna até a República. Claro, após estes, nossa dependência virou americana, e vivemos sob esse domínio até hoje. Com exemplos, quem não preza um iPod, uma Coca-Cola, um bom rock, séries de Tv.

Diga-me que país não gostaria de ter toda nossas riquezas, a nossa cultura? Um país em que os terremotos são menos sentidos que um caminhão passando na rua, um país com abundância em recursos naturais, em água, em –praticamente – todas as fontes de energia. Mas, é claro, a burrice rege esse país (não só nesse específico mandato); tínhamos o melhor e mais avançado programa em bio-combustível, que foi esquecido (pela mídia – e, logo, pela população) por causa do Pré-sal.

Faz muito sentido, um país fala pra todos pararem de abusar do petróleo, por não ser renovável, degradar o meio-ambiente; e o mesmo país, quando tem oportunidade, faz tudo que criticava. Hipocrisia é um dos grandes erros brasileiros. Outro erro é valorizar setores errados da sociedade.Prefere-se falar em mais segurança à educação – sendo que, em longo prazo, a segunda opção garante a primeira. E mesmo quando acerta o assunto erra o foco, fala-se em melhorar universidades, sendo que a pessoa (quando chega a uma) não sabe nada sobre nada.

Se nos espelhássemos nas coisas boas de outros países (não só moda ou música) melhoraríamos muito. Por exemplo, os Estados Unidos não tem universidades públicas mais prestigiadas que particulares, ao invés de conceder a alguns sortudos [e esforçados] um curso inteiro gratuito, eles concedem a merecedores [e atletas] bolsas – por vezes, integrais. As universidades públicas geram um gasto enorme que poderia ser revertido em lucro com a cobrança de uma mensalidade quase que simbólica, dando bolsas aos melhores.

Mesmo nesse sistema universitário americano ainda há falhas, não pelo sistema, mas por quem usa. Eles constataram, recentemente, que grande parcela da sociedade, que exerce uma profissão para qual não se exige diploma, tem bacharelado – dinheiro gasto em vão. Com isso, notou-se que cursos profissionalizantes ou técnicos são a saída para muitos – tanto os não teriam futuro próspero com a faculdade, quanto os que largam a faculdade. Isso já é feito no Brasil, mas não é valorizado, nem muito procurado como fim, mas sim como um meio para atingir melhor preparo, somando a ele a faculdade.
(…)


In Dubio Pro Bar

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mérito

A quê se deve o mérito de alguém?

Sinceramente, é frustrante uma atividade ser mais valorizada que outra sendo que ambas requisitaram esforço igual de início. Por exemplo, um trabalho escolar tem certo valor por nota, dois alunos esforçaram-se igualmente, mas por questão de vontade o professor dá nota completa a um e metade a outro.

Ou situação pior, um esforço extra não ser reconhecido; se fossem medidos esforços – que tomam certo tempo e revelam capacidade real – ao invés de instantes, realidades mudariam completamente. A dedicação de uma vida não pode ser medida em um só dia, como é, sempre foi, e continuará sendo.

Dar mérito por dar também é um erro, pensem no prêmio Nobel, muitas pesquisas contribuem para o desenvolvimento da ciência, muitas ações levam à paz mundial; fora isso, muitos livros realmente merecem o Pulitzer, alguns filmes merecem o Oscar de melhor filme. Porém, não é isto que acontece; apenas um é escolhido, ninguém mais ligará, depois dessa eleição, para os demais, pelo menos grande massa de população não se importará.

O esforço de todos os outros é, portanto, posto de lado, esquecido ingloriamente. Grandes filmes, grandes livros, grandes pessoas e grandes ações podem não ser lembradas, porque a outras foi dado um mérito.

Com isso, percebe-se que mérito enquanto motiva um desmotiva vários. É justo, então, criar grandes obras, ter grandes feitos por causa, apenas, de uma concorrência, uma competição desleal?

Mais certo é, então, dar prêmio a um grupo, ou eleger certo grupo, e não um (a) ser/livro/filme/música/artista/pesquisa/série em específico.

Mérito é merecimento, “honra ao mérito”, desde a infância viemos ganhando medalhas com esse escrito nelas; fato, uma competição pode ser ganha, mas o mérito dado danifica o esforço da parte contrária, grande parte das vezes tão boa quanto.

Independentemente de prêmio, ou aprovação, o que mostra o melhor de cada um são as atitudes e os resultados. Não vale a pena ser aprovado num excelente concurso e tornar-se um vagabundo, enquanto o outro que foi reprovado continuou se empenhando e obteve melhor final.

Repensem atitudes, não méritos.



In Dubio Pro Bar

domingo, 23 de maio de 2010

Inteligência




Eu adoro e fico abismado com a inteligência dos nossos amados jogadores de futebol.

“Nós tivemos oportunidade de marcar, eles também; nós não aproveitamos, eles aproveitaram e saíram vitoriosos”
Um discurso bem trabalhado e, acima de tudo, produtivo.

Serei hipócrita – como fanático pelo futebol – ao criticar esse esporte, mas creio que moral não valha nada no Brasil.

Sinceramente, tanta gente se mata de trabalhar pra ganhar um mísero salário mínimo, estes seres ganham muito dinheiro – não só no Brasil – para, simplesmente, jogar bola. Claro que o trabalho deles não está apenas nos jogos do meio e do final de semana, está, também, nos treinos – e pensar que eu pago pra ir à academia.

Estes bebês mimados se dão o direito ainda de reclamar do emprego, querer descanso, falar que os treinos – de meio período – são muitos e puxados. Não trabalham direito quando não estão com vontade, e falta apenas chorarem quando milhares de pessoas – idiotas como eu, que pagam um ingresso – furiosas cobram que trabalhem.

Pior que eles são os torcedores, nós somos ridículos, futebol é algo lúdico, mas que transformamos numa razão de viver. Com patrocínios e apoio de fanáticos, quantias absurdas são gastas, e vão pra onde? Para os bolsos de diretores, empresários e poucos jogadores, e a gente reclama do dinheiro gasto em Brasília.

Se houvesse uma melhor consciência, valorizaríamos coisas mais produtivas, deixando a paixão tupiniquim de lado – é claro. Não fique bravo quem lê, mas, mesmo amando esse esporte, quantos de nós vamos ganhar ao invés de gastar com ele?

Além disso, quem fica bravo e se estressa com tudo isso? Nós torcedores. Faz tempo, eu vi o time do Corinthians no aeroporto de Brasília, depois de perder pro Santa Cruz (Campeonato Brasileiro de 2006), a torcida brava, xingando, chorando, mas e eles? Estavam TODOS rindo, se divertindo, é claro, pra eles é só mais um dia de trabalho, o dinheiro vai estar – ou não, depende do clube – na conta no final do mês.

Vamos repensar o jeito de agir, e, principalmente, as coisas que valorizamos (preferir novela a cinema, zorra total a teatro, ou my space a show é triste). Quem quiser me pagar pra eu jogar bola o dia inteiro eu juro que não reclamo.

In Dubio Pro Bar

Não tem preço



[pra quem não tá conseguindo ler o placar "19º Palmeiras 4 - 2 Grêmio"]

Sábado (22 – ontem) foi um dia muito corrido, mas que vai ficar guardado na [minha] memória.

Fui ao Palestra crente que o meu Palmeiras ia tomar um sacode do Grêmio, ouviria a torcida xingar muito, ia ficar bravo e, depois, eu é que xingaria muito [no twitter].
O mais incrível aconteceu, ganhamos da gauchada! O.o

4 x 2 – impressionante! – não sei se todo time que joga contra o Palmeiras joga mal, ou se a cada troca de técnico a gente ganha uma partida (apoiamos, assim, a prática do “Técnico da Rodada”, a cada rodada trocariamos o treinador).

Para ser sincero, o Palmeiras ganhou por ganhar, não porque jogou um bom futebol, ou porque jogou melhor que o adversário – houve altos e baixos, tempo em que me lembrou o Flamengo jogando contra o Universidad Del Chile lá em Santiago, e, também contra eles, tempo em que me lembrou o jogo no Rio.

Grandes goleiros na partida, mas isso me deixa triste, porque eu lembro que o Victor do Grêmio não foi pra seleção, o que me lembra a escalação do Dunga e meus R$44,00. =/

Ahhh sim, para resumir o dia:

Ingresso para um clássico Brasileiro: R$30,00 (R$15,00)

Colocar moeda igual a um idiota na máquina de refrigerante (à toa): R$1,45
[aliás, fica a dica: quem quiser ir pra Barra Funda, na plataforma, do metrô deve ter ainda uma máquina de refrigerante com R$1,55 de crédito, só faltam R$0,45 para se refrescar]

Ver o Palmeiras ganhar, no Palestra, com a namorada, o irmão e amigos: não tem preço

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Religião - discussões

Quando se trata de religião as pessoas são muito efusivas para falar, responder, defender e acusar…
Eu fico pensando no porquê disso.

Estávamos em três amigos sexta passada discutindo a existência de Deus, uma espírita, um ateu, e eu – um cristão. Foi incrível a irredutibilidade das partes, ninguém dava o braço a torcer. Claro, numa situação dessas – penso eu que – dar o braço a torcer seria tirar toda credibilidade de sua própria crença, e, por isso, a conversa não passou de possibilidades e acusações.

Acusaram-nos (os “crentes”) de não aceitarmos provas de que Deus não existe, mas poxa vida [sim, cópia], dizer que é “probabilidade” ou “acaso” toda e qualquer prova nossa de que Deus existe não seria hipocrisia?

Sempre houve um longo debate [não neste caso] entre ciência e religião – ciências puras em geral –; quis, então, levar o fato a eles [claro que já conheciam, mas fui mostrar meus argumentos]. Ano passado foi um tempo de muito estudo pra mim, época em que mais entrei em contato com ciências puras, seria normal, portanto, que eu passasse a acreditar mais na ciência.

Bom, este fato não aconteceu, realmente, lembro de um dia em que li diversos textos sobre história antiga e passei a pensar em fatos que contrariavam a existência, mas há tantos argumentos quanto que provam.

Seria prepotência minha acreditar que algo não existe, e crer veementemente que eu estou certo nisso; ora, há seis bilhões de pessoas no mundo, quantas são as que acreditam – de qualquer modo – que há um Deus, entidade, ser, ou fim maior que nós?

Até mesmo as mentes mais brilhantes acreditavam nisso, não é a sabedoria que elimina a possibilidade de um deus, e firma o ateísmo.

We are in the position of a little child entering a huge library filled with books in many different languages. The child knows someone must have written those books. It does not know how. The child dimly suspects a mysterious order in the arrangement of the books but doesn't know what it is. That, it seems to me, is the attitude of even the most intelligent human being toward God” (A .Einstein)

[“Nós estamos na posição de uma criancinha entrando numa biblioteca cheia de livros em diversas línguas. A criança sabe que alguém deve ter escrito os livros. Só não sabe como. A criança suspeita, vagamente, uma ordem misteriosa na arrumação dos livros, mas não sabe o que é. Essa, ao que me parece, é a atitude até dos mais inteligentes seres humanos perante Deus.”]

Ele [Einstein] pôs em pauta tanto o determinismo científico quanto o religioso.
Ou seja, com isso fica claro que a conclusão tirada sobre crença (ou a crença na não-crença) fica a critério de cada um, e que eu gastei um texto enorme pra chegar a conclusão que “Religião, cada um tem a sua”.

In Dubio Pro Bar [nunca foi tão verdade]

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Eleições 2010

FIZ ESTE TEXTO ANO PASSADO [não pensei em publicação do mesmo], MAS FIZ AS DEVIDAS CORREÇÕES - não tinha o que postar hoje, mas tenho alguns bons arquivos


É um ato muito patriótico votar, exibe um direito nosso há muito conquistado, seria tudo isso se –pelo menos – fosse facultativo. Aliás, teríamos melhores representantes nesse caso, mas é bem capaz que haveria possibilidade de ninguém votar, visto que é de Terra brasilis que estou falando.

Ano que vem [este ano] teremos eleições para cargos federais e estaduais, e, rezando para não haver terceiro mandato presidencial[à época era dúvida], teremos uma disputa de segundo turno entre tucanos e um pseudo-sucessor do atual presidente. Eles não pretendem uma troca de agressões entre os dois possíveis sucessores, não uma troca, mas pode haver agressão, isto é, se um agredir o outro não revidará.

Num acordo entre o Partido dos Trabalhadores e o Partido Socialista Brasileiros, eles viram a possibilidade de cada um lançar um próprio candidato a presidência, para terem mais chances de estarem no segundo turno com o provável tucano disputando o cargo. No entanto, o Partido Socialista fez um acordo com o candidato para ele não agredir a candidata trabalhista, isso mesmo, mesmo que seja agredido (estou, claramente, falando de agressão verbal, porque nunca se viu outro tipo no Brasil).

Eu imagino uma pessoa que entre num tipo de acordo desses, “vamos ser amigos? Mas o seguinte, eu falo mal de você pra todo mundo e você não faz nada, ok?”; ainda o mesmo candidato (“socialista”), é previsto para ele uma campanha de ataque ao adversário das chapas, que credibilidade tem alguém que entra um ano antes da briga falando o que vai fazer, ainda mais que vai apontar defeitos de outros pra tentar ganhar?

Claro que não é de hoje que a política tem esta face, atacar para não precisar se defender. Mas eu ainda me surpreendo com isso, o que é impressionante, pois moro no Brasil e já saí da infância, confusão na política deveria passar despercebido por mim (?).

Mas como consolo ficam as eleições no Rio de Janeiro, eles terão como candidatos – não sei se no âmbito federal ou estadual – Romário, Edmundo – sim, os “ex”-jogadores de futebol – e a líder das prostitutas (isso mesmo!) fluminenses. É, tudo está caminhando para o buraco, mas pelo menos o vizinho está indo pior que a gente (?), dá pra ficar aliviado, não(!)?

E pensar que escrevi aqui porque percebi que o Twitter estava acabando com meus textos, agora não tenho o que escrever no Twitter(?).

In Dubio Pro Bar

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ignorância

(ACONSELHO A QUEM TEM PREGUIÇA DE LER, IR PARA PARTE FINAL DO TEXTO COM AVISO SEMELHANTE)

Algo deixou-me intrigado quanto a nossa inteligência. Nós brasileiros realmente não possuímos tal virtude. Vou citar Beccaria para explicar:

“Enquanto o texto das leis não for um livro familiar, como um catecismo, enquanto elas forem redigidas em língua morta e não conhecida do povo, e enquanto forem, de maneira solene, mantidas com oráculos misteriosos, o cidadão que não puder aquilatar por si próprio as consequências que devem ter os atos que pratica sobre a sua liberdade e sobre seus bens estará dependendo de um pequeno número de homens que são depositários e intérpretes das leis.
Ponde o texto sagrado das leis nas mãos do povo e, quantos mais homens o lerem, menos delitos haverá; pois não é possível duvidar que, no espírito do que pensa cometer um crime, o conhecimento e a clareza das penas coloquem um freio à eloquência das paixões.” (Dos Delitos e das Penas; cap. V – Beccaria)

RESUMINDO:

As leis eram escritas em latim e pouca gente sabia tal língua, por isso ele diz que se soubessem não haveria muitos crimes. A lei não estaria na mão de poucos, e o medo da pena pararia a vontade do crime.

Aqui alguns pontos que me revoltam:

Toda a nossa legislação é escrita em PORTUGUÊS, creio que quase todo mundo entenda pelo menos um pouco, mesmo assim NINGUÉM conhece muitas leis ou sabe o que pode ou não fazer.

Claro que, sendo brasileiro, se soubessem o que não se pode fazer fariam isso do jeito menos ilegal possível só para parecer que pode ser feito.

E, mesmo tendo as leis na língua nativa, o povo brasileiro continua a mercê de poucos, algo inaceitável, visto que esses poucos se aproveitam dessa preguiça (+ ignorância) para se darem melhor do que poderiam fazer.


(ACONSELHO A QUEM TEM PREGUIÇA DE LER, LER DESTA PARTE PARA BAIXO)

Pontos frustrantes:
• O brasileiro tem muita preguiça de ler;
• Por esse motivo não tem conhecimento do que pode ou não fazer, segundo as leis;
• Por isso comete infração e vai preso, ou perde dinheiro à toa;
• Por isso tem tanta gente (em Brasília e aqui ao lado) levando o dinheiro da gente;
• A preguiça de ler do brasileiro tornou-nos um povo ignorante;
• Choraria por causa disso, se alguém merecesse esse choro;
• Ou se mudasse alguma coisa;
• Claro, digo isso sobre brasileiros porque é o povo que tenho contato, outros devem ser iguais…


DESLIGA A TELEVISÃO E VEM LER UM BLOG (que não fale de Capricho e Justin Bieber)

[no próximo post vou inserir um vídeo, como num vlog, só pra ver como fica]


In Dubio Pro Bar

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Metrô - SP

Péssimo dia pra andar de metrô, aliás, todo dia de semana o é. Gostaria de falar que é ruim andar de metrô durante o período de rush, mas não existe isso em São Paulo, toda hora é um pico.

Hoje de manhã, por exemplo, eu estava calmamente encostado na parte frontal do metrô, onde não há motivo para ninguém encostar-se em ninguém pelas partes traseiras, o impossível aconteceu. Ao invés de um ser ficar de frente para as portas do metrô, ficou de lado para elas, e de costas para mim, trágico.

Não tinha para onde correr, estávamos todos, literalmente, sem ter para onde ir. Nesta situação terrível, encoxei o dito cujo, foi triste, não tive alternativa, foi involuntário. Até porque não há outro jeito de eu encoxar um homem que não involuntariamente, creio eu – por falar nisso, não se pode encoxar ninguém voluntariamente, nem mulheres, digo isso em respeito a minha namorada.

O pior é que o cara só se afastou quando eu coloquei a mão entre nós, será que ele estava gostando?! Eu não, fato.


Deixo um vídeo de exemplo a você que acha que andar de metrô em São Paulo é algo agradável, faz um tempo que gravei, foi uma tentativa minha de embarcar na estação Paraíso, fazendo baldeação da linha verde para a azul. O pior é que aconteceu às oito e meia da noite de uma sexta-feira, horário que, teoricamente, não há mais rush.

In Dubio Pro Bar

domingo, 16 de maio de 2010

Seleção Brasileira - Copa 2010

Está aqui um bom motivo para postar algo, creio que a razão tenha sido esta para eu realmente criar este blog

SELEÇÃO BRASILEIRA

O que foi a escalação para a próxima Copa do Mundo?!

motivos que me deixaram frustrado (em ordem de importância):
*Gastei R$44,00 a toa, completamente a toa
*O professor Dunga não levou jogadores como Pierre, Hernanes, Alex e Paulo Henrique (Ganso)
*O Mestre Dunga [trocadilho infame] está levando jogadores como Josué, Gilberto Silva, Gilberto, Elano e Felipe Melo
*Completei meu álbum da Copa do Mundo com Ronaldinho (Gaúcho), André Santos, Adriando, Cambiasso, entre outros que não irão pra copa. Triste

Enfim, se eu for comentar e repetir comentários anteriores ditos por mim eu vou precisar do que muito mais que uma postagem, e muito mais paciência de vocês (não sei porque usei o plural).
Para tais comentários entre em http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=98528758 e veja o tópico "Lista de Convocação do Dunga"

In Dubio Pro Bar

Início

Sempre quis ter um blog (mentira, sempre achei ridículo, mas agora que não é mais tão modinha...), porém, queria ter um bom motivo pra começar um.

Ainda não tenho um motivo, mas por ter gosto por produções de textos e achar-me bom de mais pra não ter ideias compartilhadas com o mundo inteiro, criei este portal.

Continuo achando a ideia meio "loser" - como diria certo ser - mas criei um blog e não preciso xingar muito apenas no twitter agora.

Enjoy - para os gays
Have fun - para os que ainda não saíram do armário

Curtam - pra quem acha que é pop/top

mas acima de tudo

Divirtam-se