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quarta-feira, 14 de julho de 2010

"Não bata, eduque"

Este é o nome de um projeto feito por uma junção de ONGs [arrgh], o qual se refere à educação dos filhos atualmente, a qual deveria ser feita sem as famigeradas palmadas.

É provável que seja proibida a palmada [entre outras agressões] como forma educativa a crianças, pois o presidente Luiz Inácio encaminhará ao Congresso um projeto de lei que coíbe a prática do castigo físico. Até aí, tudo bem. O texto desta terça-feira, 13, do Jornal da Tarde (do grupo Estadão) diz que essa medida é para SIMBOLIZ os 20 anos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

POXA, sinceramente, é sempre bom um projeto de lei, ainda mais encaminhado pelo chefe de governo e Estado deste país, mas fazer isso para simbolizar algo é de mais; é ridicularizar nossas ações e votos [se bem que estes ambos são ridículos, povo Tupiniquim]. Este foi meu primeiro apontamento, primeiro ponto.

Prosseguindo; o objetivo desta medida é “garantir o direito do menos de ser educado sem o uso de castigos corporais ou ‘tratamento cruel e degradante’ por parte dos pais e responsáveis”. Não basta, apenas, ser educado? O que, hoje em dia, já é difícil; tem de haver um projeto para tornar quase impossível a função de um pai na sociedade atual – parece bastante radical, mas depois explico o porquê.

Não havia, ainda, definição do que seria maus-tratos, neste caso cabe ao caso, acusação e ao juiz aceitar como maus tratos ou não – uma vez que no direito penal não pode haver analogia, o que não vem ao caso. Claro! Em 20 anos não foi necessário uma definição clara, pois é um tanto óbvio, agora precisará. Ora esta!

Não é preciso dizer que há penas mais graves para lesões corporais graves, neste caso variam de um a quatro anos.

Vou, agora, ao ponto que, para mim, foi o de maior frustração. As definições deste projeto, do que será considerado castigo físico e [entenda como e / ou] humilhante: Palmadas, beliscões, puxão de cabelo, uso da criança para desqualificar o cônjuge, surras, chacoalhar ou empurrar. É claro que, agora, deve estar me achando um Hitler ou um monstro [desculpe a redundância], mas eu só citei os plausíveis, venhamos aos que me deixaram estranhado: tapinhas na mão, rejeição, xingamento, obrigar a criança a ficar em determinado lugar.

Pasmem! O afamado “vai pro seu quarto, e não saia de lá até eu mandar!” agora é proibido!!! Não se pode mais dar um tapinha na mão do teu filho, se você estiver muito bravo com ele tem que o abraçar [não podendo rejeitar] como se nada tivesse acontecido, e, num momento de fúria, não pode proferir qualquer xingamento ao “ser” [tente usar este, dica gratuita do blog!].

Penso qual será a forma de educar, que tal esguicho d’água como se faz com cães; e, será que acharão uma batida de leve com o jornal uma agressão?
Certo, uma mãe resolveu isso, ela conversa com seus filhos, e quando está ao extremo tira os brinquedos e o vídeo-game. Agora imaginem uma casa que não haja brinquedos [sim, no Brasil há várias] e nem vídeo-game [idem, ibidem*], o que a pessoa fará? Não sou a favor, entendam, de agressão [não faço apologia a nada, também] a filhos, mas as medidas impostas chegam ao ponto de serem ridículas.

A acusação estará à mercê dos vizinhos parentes, funcionários, assistente social, etc. – testemunho de terceiros. Sim, é o auge àquelas senhorinhas que tem como única função fofocar. Parabéns! Têm, a partir do ano que vem – provavelmente, esta é a data prevista por causa das eleições –, um novo trabalho a se empenharem!

A pena a quem descumprir esta norma inclui advertência, encaminhamento a programas de proteção à família e orientação a tratamento psicológico. Ou seja, não batendo, você paga psicólogo a você, seu cônjuge e filho (a), pois este terá liberdade em demasia, e você achará que é necessário; e, batendo, você paga psicólogo a você, seu cônjuge (pela depressão e vergonha) e seu filho, desta vez pela surra que levou. E a culpa de tudo sempre será dos pais, não se esqueçam.

Em outra seção do mesmo assunto, uma professora, filósofa, escritora e pesquisadora em educação teve a pachorra de citar o caso Nardoni. Má quê!? [Mas como!?]
O que será que ela teve em mente? Ela, realmente, pensou que o casal jogou a garota do sexto andar [se é que jogou] por uma janela para punir?
Ela não pode ter falado sério; qual seria o motivo, ela virou a cara, deu um tapinha no irmão?

Prosseguindo nesta mesma entrevista, a professora é perguntada se hoje as crianças são mais malcriadas; e ela responde que sim. E, brilhantemente, completa com “Mas não que sejam piores que outras gerações.” Como é possível sim e não? Ah, claro. Por fim ela reitera que a culpa do mimo das crianças de hoje é dos pais, que a diferença pra antigamente é influencia da mídia, corrupção, impunidade e desestruturação familiar. Se há impunidade, pra quê tornar mais severa uma lei com este projeto?!?!?!

Para finalizar, de fato, ela afirma que é necessário – neste inovador modo [manso] de educar – persistência e vontade. Quem sabe com persistência e vontade, quando você atingir seu objetivo, teu filho já não seja mais criança.

*A mesma coisa, no mesmo lugar

In Dubio Pro Bar

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