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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Antipolítica Externa e Segurança Klabin

Venezuela e Colômbia estão a ponto de estourar a primeira guerra bolivariana; crê-se, hoje, que o assunto será resolvido “sob a chancela do Brasil”. Tenho medo do que isso pode, de fato, significar.

Segundo o assessor especial para assuntos internacionais, a vontade é reforçar as afinidades entre os países, sendo que estas superam o número de divergências. Procura-se, também, aproveitar o momento de mudança de presidente.

Deixa-se claro que o Brasil pretende chegar a um fator de paz no território através de uma mediação exitosa. E eu me pergunto, que outro tipo de mediação o Brasil faz? Ainda mais quando se trata de nossos vizinhos. Deixamos as Petrobrases* serem bolivarianizadas*; porém, não nacionalizamos as multinacionais aqui presentes.

Somos uma verdadeira piada quando se trata de Política Externa; fora sermos fracos, não tomamos posição firme. Por isso “todos gostam de nós”. Ficamos entre Obama e Ahmadinejad. Somos omissos, não tomamos partido e ficamos com cara de idiotas; pois quer saber? Somos, de fato, idiotas! Nós podemos muito bem mudar isto…

Os argentinos entram em protesto por qualquer coisa, como mostrou o Globo Esporte nesta quarta-feira, pela saída de Diego Maradona da seleção argentina. Se fossemos assim poderíamos culpar so(la)mente o governo… [momento ‘revolts’ {momento colorido}**]

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Grande atitude o que os moradores da Chácara Klabin – zona sul de São Paulo – fizeram. Eles montaram um esquema de segurança, junto com as polícias Civil e Militar, comprando diversos aparelhos. Cada condomínio [dos 98, aproximadamente, que há na região] gastou cerca de R$6.000,00. Um preço justo, quando dividido por cada morador, pelo resultado obtido.

Em um ano, ocorreram 80% menos furtos, assaltos e seqüestros na região; e pensar que a polícia neste caso funciona. Como bem apontaram um professor do Largo São Francisco e um delegado, isso mostra fraqueza no setor público, pois uma organização / movimentação particular sanou um problema que o órgão público não conseguiu.

Isso demonstra, em parte, que a eleição não deveria ser para prefeito e sim para “subprefeito”; pois não ninguém está preparado para garantir vigilância da cidade inteira. Portanto, o trabalho de fato vai para as subprefeituras, tendo elas grande importância na vida do cidadão; porém, o cidadão não elege o ser que tem responsabilidade por este determinado local. É um posto indicado, infâmia estrondosa para tamanha função; falha pública.

Além disso, deve-se repensar o modo de administração pública no Brasil. Não é possível que certos órgãos municipais fiquem sujeitos, bloqueados, por vontade ou intervenção estatal ou federal.

*Neologismo
** o “colorido” foi por causa do “revolts”

In Dubio Pro Bar

Um comentário:

  1. Grande atitude tomada pelos moradores da Klabin, mas infelizmente não devia ser assim! Já pensou que absurdo? Isso é problema da segurança pública, realmente, mas como td no Brasil, o trabalho de um eh jogado na mão de outro feito batata quente. Da prefeitura, pras sub-prefeituras, dos sub-prefeitos, (que são omissos, inelegiveis diretamente, e ninguém conhece um sem ser a Soninha, que se eu não me engano nem é mais) cai nas mãos de secretários, e assim por diante, até a iniciativa particular ter que resolver o pepeino mesmo... (algo mais ou menos similar acontece na USP, e gera as diferenças entre tantos cursos la, uns mais sucateados e outros mais bem estruturados, adivinha por iniciativa de quem? mas isso eh discussao pra um outro momento, outro post)

    Agora, quanto ao Brasil, Colombia e Venezuela, tenho minhas opiniões (algumas delas pelo menos) descritas num rascunho prum post q eu fiz, acompanhe lá, postarei algo em breve... #thisisnotjabá, ok?

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