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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Não

acredite no que fala um poeta. / Ele tentará fazer você acreditar no que ele quiser que acredite. / E para isso vai, inclusive, em si mesmo acreditar, / Por um instante, mas vai, / Pois sabe que só se torna convincente quando se convence. / A convicção dele vai te convencer / Ele vai angariar mais um partidário, / Partir-se-á, porém! / Porque ninguém, / Ninguém!, / Ilude o outro sem se iludir / E não estará bem consigo mesmo / Não saberá quem é / É confusão em si / E a mentira / Ou verdade escondida / Se torna verdade de fato / Ou revelada em si, pra si. / E, no fim, o que a mentira que o poeta não sabia que existia vira verdade / E você confia [ria]

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