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terça-feira, 1 de junho de 2010

Brasil mal educado

Semana passada, foi relatado um caso nada surpreendente, mais um problema de educação no país. Houve um concurso para professores substitutos, mas o número de aprovados não foi suficiente para a quantidade de salas pedidas.

Pior do que um concurso para o qual não são suficientes aprovados são os motivos de isso ocorrer; alguns professores que já eram substitutos não foram aprovados no concurso – como assim?, alguém que já foi aprovado emburreceu, ou o trabalho não exige tanto assim –; e, o que eu acho mais absurdo, os professores que foram substitutos no último ano letivo tem 200 dias de férias!

Sinceramente, eu quero 200 dias de férias depois de “trabalhar” como eles! O pior é firmar um contrato desses, dão 200 dias de férias sendo que não haverá quem faça o trabalho nesse período. Eu achava que eles não davam a mínima para a educação no Brasil, tenho certeza agora.

Uma das soluções, ao invés de remunerar melhor os profissionais capazes e diminuir os 200 dias, foi a de chamar candidatos que não atingiram nota suficiente no concurso, deixando a nossa educação cada vez mais ineficaz. Cada vez mais teremos uma educação mais fraca. Quem chega numa universidade sabe e diz que a reforma educacional deve ser feita de baixo pra cima, do fundamental para o superior, por que quem está no poder não entende isso?

Outro fato apontado na mesma matéria foi a falta de professores de física. Queriam saber qual o motivo de não haver professores suficiente para determinada disciplina. As respostas para essa dúvida são de fácil percepção, porém a solução do problema não.

Uma pessoa que não teve alguém lhe explicando bem uma matéria, alguém que fazia uma matéria ficar chata e confusa, não vai gostar dessa matéria. Como alguém que não aprendeu bem a disciplina pode ter vontade de ensiná-la. E nós também contribuímos para isso, se alguém diz que vai prestar pra física no vestibular a reação mais comum é “sério?!” e a segunda mais comum é “por quê?”.

Eu nunca fui muito adepto dessa vida, fui avesso à física até o ano passado, quando tive bons professores que tornaram a matéria simples e – de certo modo – interessante. Creio que se os bons profissionais de áreas aplicadas – como engenheiros, jornalistas, juristas – tivessem escolhido uma área pura – física, matemática, letras, história, geografia – teríamos professore muito bem instruídos e dedicados. Mas não, o que acontece é os alunos que não conseguiam ter um bom desempenho – seja no ensino regular, seja no superior – tornarem-se educadores. Com isso chegamos ao ponto em que estamos.

Repensem a nossa educação (education, not behavior)
(ahh sim, mal educado ≠ mal-educado [maleducado])

In Dubio Pro Bar

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