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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Risco

Vocês que, como eu, não puderam vacinar-se [pelo menos pela divulgação] contra o vírus H1N1 – que matou gente a dar com pau (velharia, às vezes a gente usa) – podem ficar preocupados.

Acabou a campanha pra vacinação; e pior que isso, acabou sem êxito completo. As partes mais frágeis não obtiveram o percentual recomendável de vacinados; 70% das grávidas, 55% dos adultos de 30 a 39 anos e 5% das crianças de certa faixa etária foram vacinados, quando se esperava 80% pra cada um desses grupos.

Os grupos que obtiveram melhor êxito foram os dos “adultos” d 20 a 29 (eu posso morrer por um ano de idade) e dos idosos – creio que estes foram porque já estão habituados a vacinas. O maior erro foi, segundo especialista, ter separado em grupos etários, isso causou muita confusão e pouco comparecimento.

Acredito que a escolha desses grupos etários tenha sido administrativa e não por questão de saúde; vejam: de 30 a 39, são os que produzem atualmente, não podem para de produzir nem por decreto, é a nossa economia; de 20 a 29, já produzem quantidade e – principalmente – qualidade consideráveis, e, logo, serão o carro chefe da economia, não podendo sofrer danos e perdas; e as outras faixas – grávidas, idosos e crianças – são as de sempre, as de risco.

Você – que como eu – ainda não produz nada, ou não tem idade para dar tanta ênfase à economia nacional, ou – pior – já está sendo considerável como descartável mesmo produzindo muito mais do que qualquer rapazote de 30 anos, pode falecer tranqüilo. Se nós parássemos a perda seria pouca, pois o nosso consumo não depende da gente, e a nossa produção – se existe – é reduzida.

Bem vindo ao grupo dos descartáveis! Não podemos sentar em bancos especiais, ralamos tanto quanto todo mundo, mas podemos padecer de gripe suína… É, está na hora de rever isso aí.

In Dubio Pro Bar

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