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terça-feira, 15 de junho de 2010

Futuro Estragado

Hoje eu ia postar sobre futebol, principalmente mudanças repentinas em equipes nacionais, e a famigerada Copa.
Mas algo me frustrou a ponto de mudar a minha opinião sobre o novo post.

Vinha eu mais cedo do trabalho, hoje, quando ouço no ônibus a conversa de uma turma (parte de uma) de colégio público. Um colégio da região do Ipiranga – por um uniforme que eu vi, se todos não eram do mesmo, eram de colégios próximos.

A conversa deles me fez mudar de opinião sobre o futuro do Brasil, na verdade não mudar muito. Achava eu que o Brasil não teria um futuro próspero se não mudasse sua educação, afinal, as crianças / os jovens são o futuro do Brasil. Se eles são o futuro, quero estar morto ou fora daqui quando este chegar; se não são – o que eu acho mais coerente –, eles são os empregados do Futuro.

Não dá pra crer que pessoas que não saibam ler nem escrever direito – quanto menos falar – serão futuros diretores, presidentes, ou, sequer, terão um cargo importante em qualquer coisa (que não o tráfico/crime organizado) algum dia. Desculpem-me se o Hitler dentro de mim está gritando hoje, e mais ainda se isto parece um comentariozinho de “burguês safado”. O que me levou a estes pensamentos foi o desleixo daqueles alunos para com o estudo – este seria um bom exemplo para diferenciar aluno de estudante.

Eu sempre acreditei que o progresso de fato estaria no estudo, seja qual área for, se houver dedicação, haverá crescimento. Por isso desgostei da cena de hoje, me deixou muito pra baixo. Não critico por serem de escola pública. Mas eu sempre tive – e agradeço meus pais por isto –, em escola particular ou pública, grandes professores – alguns que merecem realmente o chamamento “Mestre” –, os quais me incentivaram a querer aprender.

Isso ocorre sim na escola pública, mas com menos frequência; posso pensar agora em uns dois, no máximo três nomes de escolas públicas boas que não tenham processo seletivo. Os professores não se aplicam e os alunos não se interessam (não sei o que ocorreu primeiro, mas isso é fato). Com professores melhores, que demonstrem interesse pela disciplina, e mostrem a disciplina de modo interessante, ensinem o aluno a pensar, a pesquisar, torná-lo estudante; deste modo, há futuro para o Brasil, para a educação.

De nada adiantará fazer uma reforma educacional – como eu sempre pensei e propus – sem fazer uma reforma humana. Não é todo pobre que pensa pequeno e que não quer aprender; muito menos todo rico que é dedicado (na verdade, os dedicados são raros em todos os meios, mas os ricos um dia têm que se virar pensando porque tem algo a perder se não fizer). Porém, com melhor renda, existi um porquê de se fazer as coisas, uma folga, um tempo, um incentivo, e uma oportunidade de aprender a pensar, e de ver que educação é sim a melhor saída. E que futebol é só uma possibilidade entre várias.

In Dubio Pro Bar

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