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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mérito

A quê se deve o mérito de alguém?

Sinceramente, é frustrante uma atividade ser mais valorizada que outra sendo que ambas requisitaram esforço igual de início. Por exemplo, um trabalho escolar tem certo valor por nota, dois alunos esforçaram-se igualmente, mas por questão de vontade o professor dá nota completa a um e metade a outro.

Ou situação pior, um esforço extra não ser reconhecido; se fossem medidos esforços – que tomam certo tempo e revelam capacidade real – ao invés de instantes, realidades mudariam completamente. A dedicação de uma vida não pode ser medida em um só dia, como é, sempre foi, e continuará sendo.

Dar mérito por dar também é um erro, pensem no prêmio Nobel, muitas pesquisas contribuem para o desenvolvimento da ciência, muitas ações levam à paz mundial; fora isso, muitos livros realmente merecem o Pulitzer, alguns filmes merecem o Oscar de melhor filme. Porém, não é isto que acontece; apenas um é escolhido, ninguém mais ligará, depois dessa eleição, para os demais, pelo menos grande massa de população não se importará.

O esforço de todos os outros é, portanto, posto de lado, esquecido ingloriamente. Grandes filmes, grandes livros, grandes pessoas e grandes ações podem não ser lembradas, porque a outras foi dado um mérito.

Com isso, percebe-se que mérito enquanto motiva um desmotiva vários. É justo, então, criar grandes obras, ter grandes feitos por causa, apenas, de uma concorrência, uma competição desleal?

Mais certo é, então, dar prêmio a um grupo, ou eleger certo grupo, e não um (a) ser/livro/filme/música/artista/pesquisa/série em específico.

Mérito é merecimento, “honra ao mérito”, desde a infância viemos ganhando medalhas com esse escrito nelas; fato, uma competição pode ser ganha, mas o mérito dado danifica o esforço da parte contrária, grande parte das vezes tão boa quanto.

Independentemente de prêmio, ou aprovação, o que mostra o melhor de cada um são as atitudes e os resultados. Não vale a pena ser aprovado num excelente concurso e tornar-se um vagabundo, enquanto o outro que foi reprovado continuou se empenhando e obteve melhor final.

Repensem atitudes, não méritos.



In Dubio Pro Bar

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