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terça-feira, 25 de maio de 2010

Futuro Espelhado (parte 1)

[pra quem não vir conclusão nesse texto pode comentar, mas leia - amanhã - a parte dois]

O Brasil sempre teve tudo que outros países queriam, mas nunca soube aproveitar; e pior, nunca acreditou que sempre teve o melhor. Deveríamos nos espelhar em bons exemplos, e deixar nosso passado tupiniquim apenas como lembrança, com tentativa de distanciarmo-nos dele. Não que seja vergonhoso, mas… certo, é muito vergonhoso!

Francamente, fomos um povo que se deixou ser explorado sempre, após invadirem uma terra, europeus comandaram nossa fortuna até a República. Claro, após estes, nossa dependência virou americana, e vivemos sob esse domínio até hoje. Com exemplos, quem não preza um iPod, uma Coca-Cola, um bom rock, séries de Tv.

Diga-me que país não gostaria de ter toda nossas riquezas, a nossa cultura? Um país em que os terremotos são menos sentidos que um caminhão passando na rua, um país com abundância em recursos naturais, em água, em –praticamente – todas as fontes de energia. Mas, é claro, a burrice rege esse país (não só nesse específico mandato); tínhamos o melhor e mais avançado programa em bio-combustível, que foi esquecido (pela mídia – e, logo, pela população) por causa do Pré-sal.

Faz muito sentido, um país fala pra todos pararem de abusar do petróleo, por não ser renovável, degradar o meio-ambiente; e o mesmo país, quando tem oportunidade, faz tudo que criticava. Hipocrisia é um dos grandes erros brasileiros. Outro erro é valorizar setores errados da sociedade.Prefere-se falar em mais segurança à educação – sendo que, em longo prazo, a segunda opção garante a primeira. E mesmo quando acerta o assunto erra o foco, fala-se em melhorar universidades, sendo que a pessoa (quando chega a uma) não sabe nada sobre nada.

Se nos espelhássemos nas coisas boas de outros países (não só moda ou música) melhoraríamos muito. Por exemplo, os Estados Unidos não tem universidades públicas mais prestigiadas que particulares, ao invés de conceder a alguns sortudos [e esforçados] um curso inteiro gratuito, eles concedem a merecedores [e atletas] bolsas – por vezes, integrais. As universidades públicas geram um gasto enorme que poderia ser revertido em lucro com a cobrança de uma mensalidade quase que simbólica, dando bolsas aos melhores.

Mesmo nesse sistema universitário americano ainda há falhas, não pelo sistema, mas por quem usa. Eles constataram, recentemente, que grande parcela da sociedade, que exerce uma profissão para qual não se exige diploma, tem bacharelado – dinheiro gasto em vão. Com isso, notou-se que cursos profissionalizantes ou técnicos são a saída para muitos – tanto os não teriam futuro próspero com a faculdade, quanto os que largam a faculdade. Isso já é feito no Brasil, mas não é valorizado, nem muito procurado como fim, mas sim como um meio para atingir melhor preparo, somando a ele a faculdade.
(…)


In Dubio Pro Bar

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