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domingo, 23 de maio de 2010

Inteligência




Eu adoro e fico abismado com a inteligência dos nossos amados jogadores de futebol.

“Nós tivemos oportunidade de marcar, eles também; nós não aproveitamos, eles aproveitaram e saíram vitoriosos”
Um discurso bem trabalhado e, acima de tudo, produtivo.

Serei hipócrita – como fanático pelo futebol – ao criticar esse esporte, mas creio que moral não valha nada no Brasil.

Sinceramente, tanta gente se mata de trabalhar pra ganhar um mísero salário mínimo, estes seres ganham muito dinheiro – não só no Brasil – para, simplesmente, jogar bola. Claro que o trabalho deles não está apenas nos jogos do meio e do final de semana, está, também, nos treinos – e pensar que eu pago pra ir à academia.

Estes bebês mimados se dão o direito ainda de reclamar do emprego, querer descanso, falar que os treinos – de meio período – são muitos e puxados. Não trabalham direito quando não estão com vontade, e falta apenas chorarem quando milhares de pessoas – idiotas como eu, que pagam um ingresso – furiosas cobram que trabalhem.

Pior que eles são os torcedores, nós somos ridículos, futebol é algo lúdico, mas que transformamos numa razão de viver. Com patrocínios e apoio de fanáticos, quantias absurdas são gastas, e vão pra onde? Para os bolsos de diretores, empresários e poucos jogadores, e a gente reclama do dinheiro gasto em Brasília.

Se houvesse uma melhor consciência, valorizaríamos coisas mais produtivas, deixando a paixão tupiniquim de lado – é claro. Não fique bravo quem lê, mas, mesmo amando esse esporte, quantos de nós vamos ganhar ao invés de gastar com ele?

Além disso, quem fica bravo e se estressa com tudo isso? Nós torcedores. Faz tempo, eu vi o time do Corinthians no aeroporto de Brasília, depois de perder pro Santa Cruz (Campeonato Brasileiro de 2006), a torcida brava, xingando, chorando, mas e eles? Estavam TODOS rindo, se divertindo, é claro, pra eles é só mais um dia de trabalho, o dinheiro vai estar – ou não, depende do clube – na conta no final do mês.

Vamos repensar o jeito de agir, e, principalmente, as coisas que valorizamos (preferir novela a cinema, zorra total a teatro, ou my space a show é triste). Quem quiser me pagar pra eu jogar bola o dia inteiro eu juro que não reclamo.

In Dubio Pro Bar

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