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sábado, 29 de maio de 2010

Futuro Espelhado (FECHO, finalmente)

CONTINUANDO, E FINALIZANDO
Parece estranho pedir pra valorizar mais o país e a cultura nacional olhando para outros povos. Mais estranho ainda é não lembrar que todos os outros nos compõe, a alegria e o batuque africano, a determinação e competência asiática, a inovação e inteligência europeia e a miscigenação americana. Pra provar isso, a maior religião do país constituiu-se na Itália, o esporte nacional é inglês – claro que a tudo isso se dá o toque brasileiro, a ginga e o molejo, a mandinga e a alegria, que, se eu não me engano, é muito mais africano do que indígena, certo?

Somos uma aquarela mundial, quem vive em São Paulo sabe disso mais ainda, enquanto em cada canto do país temos uma cultura específica (holandesa em Pernambuco e em Holambra, portuguesa em vários cantos, alemã no sul, etc.), aqui em São Paulo temos o mundo inteiro. Precisamos realmente aprender com eles, não só falar que japonês é um ser de outro mundo que consegue entrar na Medicina Pinheiros dormindo, mas, também, ter a mesma dedicação que eles, mesma determinação.

Herdamos de todos os povos, também, a corrupção e a ela acrescentamos, é claro, a falta de caráter, a não-vergonha por ter mentido. Mas isso pode ser revertido de duas maneiras: a) uma bomba H em Brasília – pois a estrutura é linda e não merecemos perdê-la; b) brigarmos por uma nação melhor, e não repetirmos os erros passados.

Deixando, um pouco, a política de lado.
Precisamos de muito, ainda, para mudar, não podemos ficar estáticos. Não nos deixemos ser enganados, o único modo de fazer isso é participar. Ter conhecimento do que ocorre com a saúde no país, não deixar que a população carente deixe de ser socorrida, não deixar que cidades fora do centro sejam esquecidas, não fazer pouco caso do povo e da cultura indígena. Devemos valorizar nossos recursos, a biodiversidade amazônica – que valeria muito mais como área de pesquisa universitária do que como fonte de madeireira –; a exploração dos ventos e das marés do nordeste para produção de energia; combustíveis renováveis; etc.

Não deveríamos ficar presos, apenas, a assuntos das capitais – da capital São Paulo, não é a do Brasil, mas é a capital da América Latina. Todas as finanças que passam pelas principais cidades, se bem distribuídas e bem aplicadas, supririam faltas enormes e gerariam riqueza extra ao país. Não estou pregando o comunismo – do qual nunca fui adepto, mas o futuro a Deus pertence –, mas o problema maior que não faz o país progredir no ritmo dos grandes é justamente a má distribuição de renda.

Uns – principalmente em Brasília – enchem bolso [meia e cueca] sem trabalhar de segunda e sexta feira, enquanto outros que trabalham de segunda a segunda não ganha sequer um salário mínimo (não to falando de mim, mas se quiserem juntar um dinheiro e me comprar um carro eu agradeço).

Novamente, penso que o caminho seja repensar. Repensar atitudes, parar de olhar somente para os nossos problemas – digo nossos como cidadão de uma metrópole, ajudemos os pequeninos; e, acima de tudo, espelhando-nos em outros países melhoremos o nosso. Não digo que o dos outros é melhor, mas o nosso precisa melhorar urgentemente, precisamos nos dar mais valor, ao invés de mandar pra fora as melhores cabeças e os melhores pés [pra quem não entendeu, referi-me à migração de cérebro e ao futebol].

In Dubio Pro Bar

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