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sábado, 9 de abril de 2011

Bolsonaro e Massacre

As duas últimas semanas foram atípicas, felizmente, mas ocorreram, infelizmente. O Deputado Jair Bolsonaro deu declarações nos meios midiáticos que sua resposta no CQC foi um engano, que não entendeu a pergunta, achou que Preta Gil falava sobre gays, e não sobre negros. Ora, não creio que o que ele falou tenha sido verdade – as declarações -, pois ninguém é burro o suficiente para produzir provas contra si mesmo quanto a racismo em rede nacional. De qualquer forma, poderia nem ser considerado racismo, pois não houve segregação; porém, creio que um erro como este levaria a milhões de processos de dano moral. E o dinheiro, ó…

A resposta do Deputado foi claramente impensada, basta ter visto o vídeo de como foi feito, que o CQC mostrou na segunda-feira seguinte; foi algo dirigido para agredir a Preta Gil, que não é uma personagem muito pacífica – em qualquer sentido – e, não transmite aquela índole exemplar para a sociedade. De qualquer forma, o direito de dano moral agora recai agora em uma só pessoa; sendo que a declaração do deputado, no programa, não foi diretamente ofensiva aos homoafetivos.

Agora digo, infringe direitos quem deseja – enseja – destituir o deputado do seu cargo. Se cada declaração, ou pensamento, tirasse alguém do poder, não teríamos governo, sequer Estado. Basta pensar em duas coisas. O deputado, apenas, expressou-se, defendeu um ponto de vista, uma opinião, liberdade de expressão e pensamento. Ora, ele teve uma criação direitista, viveu numa realidade privilegiada, onde o que não era aceito por àquela moral era reputado completamente e entendido como se denegrisse os “bons costumes. Para ele, tudo deve ser como ele quer, pois acha que sua opinião é a única certa, o Direito foi criado por ele, na época da ditadura – a qual ele defende – era exercido somente para quem criou, preservando os pensamentos e a moral daquela sociedade. Hoje, temos uma democracia, é muito mais ampliado o Direito, criado por aqueles, foi modificado e hoje permite que a sociedade – embora ainda guiada pelo Direito, que ainda protege a moral dos seus criadores e serve como controle – tenha mais liberdade para mostrar as diferenças. As pessoas tem o direito de não gostar dessas diferenças, e de se expressar; porém, no Brasil, não acontece a expressão do pensamento, por medo da sanção social, gerando, assim, hipocrisia, e preconceito tácito.

A outra coisa a se pensar – e que é razão para não se impugnar a candidatura, ou retirar do cargo o deputado – é o fato de que o deputado foi eleito, dizendo as mesmas bobagens que profere hoje. Há, então, quem pense igual ou pior que Bolsonaro. Como disse um entrevistado, é a voz da [extrema] direita, e tem que ser ouvida, sim, pois assim podemos crescer com as diferenças.

+++

Diferentemente do caso Bolsonaro, algo inaceitável é o que aconteceu esta semana no Rio de Janeiro. Na quarta (7), um ser humano completamente alterado – de um jeito ou de outro, não necessariamente por químicos ou loucura, alguém que faz o que este ser fez está alterado – entrou em uma escola municipal e assassinou 13 pessoas, incluindo a si mesmo. Nosso primeiro massacre; deve o Brasil se orgulhar?

Foi algo espantoso, que qualquer repetição deve ser repudiada já no pensamento. Não se pode achar normal algo que beira a barbárie. Não se pode, também, falar em pena de morte para homicídio ou crimes hediondos, porque aí seria pender para o outro lado. O que insta é avaliar o que levou a tanto. É algo completamente alvo de repúdio por minha pessoa o ocorrido. Não conseguindo nem, sequer, discorrer precisamente ou de maneira mais pensada sobre o assunto. Agrediu-se a sociedade em diversos quesitos: o homicídio; este homicídio ter sido de crianças ou adolescentes; maior parte de meninas – algo a se pensar, já que a razão seria a situação das pessoas, é culpada somente a mulher?; ter ocorrido dentro de uma escola pública – não basta agredir a vida humana e a segurança pública, tem que se agredir a segurança pública dentro de um estabelecimento de ensino.

Não tem lógica ou análise possível para tal caso, não sendo reprovável, de todo, apenas nas área social e jurídica. Como a psicologia encara tal fato? [não há que se falar em religião e política, pois uma é em prol da vida e a outra dos fatos e da mídia]

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Político

(peço desculpas pelo empréstimo, ou adaptação, forçado de Aristóteles)

Este ser tão odiado atualmente, simplesmente por exercer sua função, ou estar no cargo em que foi eleito para estar. Claro que o real ódio não é simplesmente por isso, mas pelo mau funcionamento dos órgãos, pelas falhas e pela falta de melhoria e progresso.

Decerto que um político não será odiado e pode exercer seu papel com normalidade em um país como a Suíça; lá, não há necessidade de qualidades extras para ser um bom político, basta trabalhar. Este é o tipo de político da nova presidente. Dilma não tem diversas características ou qualidades que são necessárias a um presidente brasileiro.

Ela trabalhará, exercerá sua função, fará discursos, representará o Governo dentro do país e a nação fora dele. Será seca, séria, como se deve ser, será profissional, fria, longe do lado pessoal de quem fala. Mas não será o suficiente, o povo pedirá mais, mais atenção, olhos de mãe, praticamente, quererá carinho, um abraço, só não um beijo porque ninguém merece um dela.

Ela não será atriz, o que não é um erro sendo político. Mas nós estamos falando do Brasil, e não é de hoje que esse povo precisa de mais, precisa de um pai à la Perón, à la Vargas. Não é, apenas, porque o antecessor é o Lula, é porque, também, é o tipo de político e, principalmente, presidente que esse povo precisa.

Esse tipo é, certamente, o que Lula sabe ser, não se sabe se por atuar, politicar, ou porque o é assim de fato. “Lula, o filho do Brasil”. Não é qualquer político que consegue criar uma imagem próxima, ou tão próxima, com seu povo, como ele fez. Todo mundo sabe que ele é o carisma em pessoa, e precisa ser para governar um país rico, com um povo pobre ou quebrado, e fazer todo mundo (ou 80% da população) acreditar que está bom, pelo menos bom.

Lula tem um carisma tão impressionante que, após ser chamado de ‘o cara’ pelo presidente norte americano – Barack Obama -, ele não foi recepcionado com armas direcionadas e munição penetrando seu corpo no Irã. É esse tipo, mágico, ator ou meramente populista que o povo brasileiro precisa, para se acalmar e aceitar qualquer situação de baixo crescimento e aparente distribuição de renda – que fez pessoas saírem da miséria, deixaram de ser miseráveis para virarem pobres, e outras saírem da pobreza e entrarem na classe média muito baixa, deixando de comer mal para mal comer.

Não me entendam mal, não digo que o Brasil precisa de um ilusionista, muito pelo contrário. Um político como esse manterá a situação como está, como uma promessa de melhora, “País do futuro”. O que é preciso é de alguém que melhore o país como um todo; se é necessária forte participação popular, manifestações e impeachments para essa mudança, que haja. Talvez a troca de um presidente com ‘a cara do povo’, um presidente irmão, um lulista, para uma presidente ‘político’ ocasione esse fato; talvez agora seja o momento da mudança, da mudança de pensamento de um povo.

Francamente, se a Argentina conseguiu isso, nós conseguimos e ainda viramos a Suíça.

In Dubio Pro Bar

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Golpe Aeroviário

Essa greve às vésperas do natal é muito bem formulada, vai atingir o maior número de pessoas, pois são duas datas muito comemoradas, as pessoas vão para os quatro cantos do mundo, ou vão rever familiares. Eu não apoio essa greve, como não apoio qualquer outra, mas esta greve está mostrando a classes mais abastadas que elas são atingíveis por essas manifestações.

Chega de pararem trens, metrôs e ônibus; nestes casos a população que não tem recurso é gravemente ferida. Pensem um pouco, um avião que não voa uma família vai ficar sem viajar, sem ir para a Europa, Estados Unidos. Já ônibus, trens, metrôs atrapalham diversas famílias a colocarem comida na mesa, impedem de trabalhar as classes mais necessitadas, um crime.

E o pior é o acordo, num caso irá sair de algum luxo, que cessará, e já cobrirá o que é pedido pelos aeroviários. No outro caso, aumentará – em centavos gritantes – a passagem do transporte público, logo, a pessoa que não perdeu emprego por não conseguir chegar ao trabalho na hora, ou nem conseguiu chegar, vai ter que pagar uma passagem mais cara.

Outro fato que me impressionou – neste caso para bem – foi relacionado, também, ao acordo. Assisti ao presidente, Luis Inácio, dizer que a situação não pode ficar sem negociação. Não sei se isso foi fruto da classe social atingida, mas o que se vê é um presidente disposto a negociar com grevistas. Talvez o seu passado sindicalista não esteja tão apagado assim, talvez ele apenas seja um bom político, grande populista e excelente ator.

Quem poderá saber…


In Dubio Pro Bar

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Desrespeito com a democracia


Qualquer dito meu que já sabia não será mera coincidência. Fato é que já sabíamos (ou deveríamos saber) qual seria o resultado desse último domingo nas urnas. Não tinha como o, assim chamado, sucessor de um presidente com 80% de aceitação [bom e ótimo] nas pesquisas (80%do país e eu não conheço nenhum!!) perder. Isso não era possível nem aqui nem na China - aliás, muito menos na China.

Mas, como citado no meu texto anterior, não há perda nenhuma nessa decisão; qualquer uma das [duas] possíveis escolhas seria igual. E com essa escolha a situação do nosso querido e amado Estado Paulista continua a mesma: PSDB em casa, PT fora dela.

Não me digam os de direita - por favor, não é um xingamento, não estou dizendo que são burgueses ou reacionários, eu, inclusive, me considerava "direitista" até certo tempo - que Dilma foi uma escolha ruim por ser do PT, ou por continuar o governo Lula. Lula continuou o governo FHC, por isso deu certo, e realmente deu certo; há falhas, mas falta tempo para atingirmos algo bom, e muito mais - talvez a eternidade - para atingirmos algo perfeito.

Realmente não gostei de Dilma ter sido eleita - utilizei a forma sem artigo, o que parece nordestino falando*, pois não quero quer haja intimidade com este ser nem na escrita -, creio que ela não esteja preparada para tal fardo e não era a melhor opção, sinto muito, mas não era.

O corrente Governo teve força em vários projetos sociais, há quem diga que foi um assistencialismo; de certa maneira foi, mas não foi e é necessário. Espero que o olhar social do próximo, ou de algum próximo, governo seja para melhoria em longo prazo; chega de dar auxílio em forma de esmola e não suprir necessidades por completo. O programa de bolsas é uma falha, não por ser esmola - o que não é -, mas por não propiciar a certeza de um futuro digno.

O que o Brasil realmente precisa é de um presidente que olhe pelo interesse de todos, o chamado "bem público", e não, apenas, para os seus e de seus companheiros, aliados ou coligados. Um presidente que entenda tanto altos grupos, quanto a classe média que almeja ser alta, a classe média emergente, a classe baixa e os "homeless" [pessoas em situação de rua]. Um Governo que faria um molde como o Capitalista para os dois primeiros grupos e Socialista para os outros três.

O primeiro investimento (primeira necessidade) é, de fato, na educação que deve ser feito, ela gera um futuro e presente digno, mas não é somente isso. Como manter com segurança [familiar, inclusive] essa criança na escola, como manter tranquilo o lar e os pais dessa criança que está na escola? O modo de se assegurar um bom empenho na escola, ou seja, um bom resultado dessa melhoria educacional é assegurar que a família tenha estrutura. Para isso ocorrer deve haver alguns pontos, a princípio: 1) os pais devem ter seus empregos garantidos; 2) deve haver moradia cômoda pelo número de pessoas que reside; 3) as crianças tem que ter uma garantia e expectativa de futuro pessoal e profissional; 4) deve haver segurança física para a pessoa, pois não existe possibilidade de tranquilidade com violência.

Não vou, hoje, escrever todas as minhas ideias, até porque não é um Blog o espaço para isso - não em uma linha lógica e direta de raciocínio -, mas sim um livro. O escrito dessas ideias é para um livro, quiçá vários, mas a aplicação deve ser num Governo, num Estado, o brasileiro de preferência, já que é o meu modelo para críticas. Que a aplicação seja feita por outrem antes de ser feita por mim, porque se for comigo cumpadi ...

Fato é que desviei um pouco do foco do meu tema de hoje; reforma política não tinha nada a ver com meu texto, mas saiu por costume, creio eu. O resultado das urnas neste dia das bruxas foi uma expressão democrática do povo, da nação brasileira; algo a ser respeitado.

Entretanto, não ocorreu respeito algum ao final de um resultado matematicamente confirmado, pois logo após o anúncio da vitória da candidata Dilma, do Partido dos Trabalhadores, houve uma avalanche de "tweets" de crítica. Vá! Que a crítica seja bem embasada, visando um apontamento político ou até um apontamento pessoal quanto a candidata, é aceitável. O que ocorreu, contudo, foi deplorável; cada vez que um brasileiro vota, ou vota em um candidato, está concordando com o sistema democrático em que vive, está dizendo um "sim" mais valioso do que o dito frente ao altar.

Logo após o anúncio de que Dilma Roussef seria a primeira mulher presidente do país, iniciou uma grande crise de inconsciência do povo do sul e sudeste do Brasil. Começaram a culpar os nordestinos pela eleição dela, a criticá-los pela origem, como se a inteligência de alguém dependesse da origem; como se a informação só existisse aqui no sul do país, como se só existisse a verdade de uns e não a de outros. A esquerda teve bons argumentos e pontos, assim como a direita, e não venceu por causa de votos de gente estúpida.

Muito pelo contrário, mostra que é estúpido quem pensa do modo como a garota que escreveu que "nordestino não é gente" - e por isso não deveria votar - e que estará ajudando São Paulo "matando um nordestino por dia"; dói ouvir o nome da sua cidade, do seu estado, sendo usado para tal afirmação. O cerceamento de direitos, nos mostra a história, não é o melhor caminho para uma nação, é um retrocesso enorme. Não vou ser hipócrita ao mencionar Hitler como mau exemplo de restrição de direitos, pois já o defendi aqui neste canal, e realmente acho que sem ele a Alemanha não seria nada hoje; e, hoje, seu PIB per capita supera o do gigante chinês (outra crítica: o PIB per capita deveria ser válido na hora de contar o avanço de um país, e não o PIB).

Basta lembrar que as pessoas, se é que são, que defenderam esse tipo de pensamento estão pensando como Fidel, que cerceou direitos e trouxe desgraça para um país que poderia ser o exemplo de prosperidade (e desigualdade) na América Latina; como não tinha mais Cuba, os Estados Unidos procuraram estes tupis portugueses. Pense que se, pra você, o direito de outros são retiráveis, para outros o seu também é; como você se sentiria não sendo detentor de direitos?

In Dubio Pro Bar

domingo, 17 de outubro de 2010

Onda verde abortiva

Este ano de eleição está dando muito que falar, mas não muito do que se falar.

Pra quem não entendeu a diferença a explicação é rápida...
Muito se fala de aborto, das divergências dos candidatos, de um ser elitista e a outra terrorista [e, também, elitista]. Porém, não se fala de mais quase nada.

Tornamo-nos alienados em certos temas, certos assuntos que são como um cachorro correndo atrás de si. Assuntos eleitoreiros e que não vão mudar agora, assim como o aborto; um tema polêmico que não faz realmente uma diferença na pauta de trabalho (e não de campanha) de um presidente.

É como falar da legalização das drogas (ou de drogas leves). Seria o melhor modo de controlar algo que é, hoje, fora do sistema; controla-se o uso e a qualidade deste uso. Sem falar, também, que não se mata pelo uso, pela falta de pagamento, e nem se tem agressividade por parte dos fornecedores. Sua mãe não poderá proibir-lhe, depois que você tiver seus 18 anos ou mais. Não haveria – tantos – garotos de nove anos [e até menos] utilizando de tais entorpecentes*.

Sim, essa é a melhor solução – como a permissão do ato abortivo é para representar uma maior liberdade da mulher com o seu corpo, ou para poupar os desgastes de duas vidas quando a terceira não vingará**. Embora seja a melhor solução, a população brasileira não está preparada; não há nível necessário de educação e cultura para saber o melhor a se fazer em cada situação. Portanto, não se deve – tão cedo – permitir um ou outro.

Não são discutidos – tão vividamente – temas como educação, saúde, transporte e – o tão amado pelo presidenciável José Serra – saneamento público. Estes temas sim são importantes, somente teremos uma sociedade que possibilite legalizar abortamento ou descriminalizar drogas quando tivermos estes pontos muito bem acertados em todo o país, não somente em uma cidade.

Porém, o que irá decidir as eleições [tirando o Nordeste] é realmente o primeiro tema polêmico (aborto). Isto e mais uma coisa, a chamada “Onda Verde”.

Uma candidata se destacou nesse primeiro turno; estamos acostumados (ultimamente) com a briga entre dois partidos – lembrando Arena e MDB –, PT e PSDB. Neste ano de 2010, entretanto, houve um partido, e em especial uma candidata, que cresceu muito. O Partido Verde (PV) e sua candidata Marina Silva destacaram-se muito; e, portanto, decidirão essas eleições.

Os presidenciáveis precisam do apoio desta candidata para somar um total maior que o do outro de eleitores; porém, não se pode aliar-se ao que atacou anteriormente, mas o mundo da política é controverso, pois o que se busca é angariar partidários, votos e, por fim, ser eleito.

Não se deixe enganar por nada, e muito menos ninguém (coisas nem sempre são controláveis, pessoas, sim). Então, não vote em um candidato porque ele foi apoiado pela sua (ou seu) candidata (o). Tente – se ainda não fez – analisar as propostas de cada um, parece não dar tempo mais, mas creia que dá. Não acredite em informações puramente midiáticas – sei que falo através de uma mídia –, pesquise antes de formar uma opinião, e deixe as pessoas duvidarem de você e contradizerem-te.

*Sei que não mencionei os entorpecentes, logo a terminologia “tais” estaria incorreta, mas leia como se fosse implícito no momento “drogas”
**Mesmo em casos de anomalia em fetos quando se sabe que será um natimorto (criança que nasce sem vida***), não é permitido o aborto. Deste modo, o casal se desgasta, gasta dinheiro com consultas, atendimentos, o corpo da mulher se modifica e não há o fim desejado, que seria um filho para ter duração vitalícia aos pais.
***Se é que é possível nascer sem vida

In Dubio Pro Bar

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Panis et Circenses

A tradução literal do título é “Pão e Circo”; isto foi uma política [conhecida como Política do Pão e Circo] utilizada em Roma na época do Império, antes da crise. Esta política foi criada por haver excesso de mão de obra, não sendo necessário, à grande parte dos cidadãos, trabalhar – até pela existência de escravos. A política consistia em prover alimento e diversão – por isso existem os estádios romanos como, por exemplo, o Coliseu – para esses cidadãos.

Porém, não era, apenas, os cidadãos que não trabalhavam quem usufruía desta facilidade; chefes de Estado e outros cidadãos que possuíam salários obtiveram tal serviço. Diante de tal gasto, sem haver produção por parte de todos os cidadãos, gerou para Roma grande déficit, o que ajudou na produção da crise.

Erros como este servem de exemplo para que não se ocorra novamente, mas parece que nem todos aprendem ou entendem isso. E como é de praxe, estou, aqui, a criticar nosso glorioso país.

Eu, particularmente, costumava dizer que a política brasileira atual das “bolsas” era a “Política do Pão sem Circo”; a diferença desta para a romana é que o direito dos romanos era de quem não tinha trabalho devido ao excesso de contingente, e não de quem tinha dificuldades no âmbito sócio-econômico.

Por que “do Pão”? Pois é dado dinheiro para cada dificuldade do necessitado cidadão – como manter o filho na escola, quando seria mais rentável estar trabalhando. Por que “sem Circo”? Porque, até então, não havia no projeto a concessão de dinheiro ou fornecimento de ingressos para atividades sociais de entretenimento.

Agora, é diferente; não porque o Estado [fraco] notou que poderia haver crise se continuada esta ação, mas porque resolveram incluir o Circo na supracitada política. O governo está prestes a conceder, se é que não foi concedido, a bolsa cultura; com ela as pessoas que usufruem da política de Bolsas terão R$50,00 – não especificados se por pessoa ou no total – por mês para gastar com cinema, teatro e lazer.

Os benefícios juntos podem facilmente chegar e passar os dois mil reais; o que não faz sentido algum. Tudo bem que a função do Estado seja a de prover situação digna para sua população; mas há uma população completamente ignorada: os trabalhadores.

Um trabalhador com um salário baixo não consegue prover o sustento de uma família, e, se consegue, não pode gastar cinquenta reais no total - quanto menos por pessoa – com o lazer e o entretenimento de sua família. Isto torna totalmente injusta a política de sustentação do Estado Brasileiro. Há um único motivo para ter uma política de bolsa (por mais que seja injusta) que beire os dois mil reais, tendo um salário mínimo de dois mil reais.

O Governo alega não fazer concessão de salário mínimo maior por não ter dinheiro; pelo mesmo motivo, diz-se que a previdência está falida. Como é possível, então, um Estado que gasta tanto dinheiro dando-o, literalmente, na mão de quem precisa, mas talvez não mereça?

Algum problema que poderia vir em curto prazo não seria nada comparado ao que poderia acontecer em longo. Em curto prazo, uma revolta dos que deixaram de ser beneficiados pode ser controlada, inclusive, mediante coerção [utilização da força do Estado e do Direito]. Em longo prazo, uma crise econômica que poderia acabar com a chance de outros também ganharem dinheiro, mesmo que pelo próprio suor.

Se há vontade de fornecer suprimento de carência para a população isto deveria ser feito corretamente, providenciando um futuro possível para eles. E se realmente há esse intuito, isso não pode ser feito, apenas, nas concessões. Um Governo, para ser provedor no âmbito econômico, tem que restringir no social; e vice-versa. Caso contrário, o que ocorreria seria uma possibilidade de melhoria de vida vira abuso.

In Dubio Pro Bar

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Estado em cheque

Pode-se notar uma crise atualmente; o pior tipo de crise, uma crise de representatividade. O foco deste portal no momento será o nosso glorioso país, por alguns motivos:
- É o país em que vivo, tenho mais conhecimento para poder criticar para bem ou mal;
- É onde eu sinto a maior crise neste quesito;
- Teremos eleições para presidente em breve;
- Tivemos uma década conturbada na política;
- Tivemos duas décadas de inoperância do povo frente ao governo.

Estes foram, apenas, alguns motivos que trouxeram o site a tratar do assunto.
Vamos tratar de baixo pra cima, esquecendo dos dois primeiros pontos; que são clichês imensos, inúteis, mas inevitáveis.

Desde o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo – que, por amnésia da população, é agora parlamentar, ou seja, poder legislativo -, não se tem uma presença forte da política por parte do povo. Criou-se uma nação apática politicamente, desinteressada; e a mudança foi – infelizmente – repentina. Ocorreu ato semelhante no começo do último século, quando foram dados direitos humanos mínimos aos trabalhadores; direitos entendidos como regalias, e, com elas, deixou-se de reclamar e exigir do governo, esperando que fosse feito algo por parte deste.

A falta de participação atual é pior que a do século passado, pois esta teve um motivo, aquela é puro comodismo. E, então, chegamos ao segundo ponto. A década começou com crises de energia, os famigerados apagões durante o governo do tucano FHC; o que ajudou, em parte, o presidente atual a chegar ao poder. Porém, foi feito nos anos anteriores um bom planejamento, o qual foi sabiamente – forçando a palavra ‘sábio’ – mantido pelo atual presidente, proporcionando crescimento econômico com reflexo deste para a população.

Não vou, aqui, entrar no mérito da distribuição deste crescimento, isto já foi feito no blog outras vezes, e tornará a ser feito no futuro.

Com a situação financeira um pouco [bem pouco] melhor, o brasileiro acomodou-se, e hoje não só deixa de cobrar os políticos, mas deixa de cobrar a política. Não se dá devida importância aos assuntos eleitorais, ou representativos, fatos que deixam brechas para se fazer palhaçada – literalmente – no horário eleitoral. E o pior é que seria conseguida eleição do palhaço. [já entrando no terceiro, e último, ponto] Com essa prévia eleitoral – que me perdoe o rádio por usar essa expressão –, nota-se que o brasileiro não dá importância alguma para quem está ou não no poder ou o que é feito dele, contanto que o seu dinheiro esteja no bolso.

Mal sabendo que é gigantescamente enganado, o povo preocupa-se apenas em levar sua vida; o individualismo é tão grande que o povo não nota que está perdendo tudo por todos os lados. Não se deveria deixar uma CPI passar em branco, falcatruas serem feitas sem que haja efeito punitivo; não poderiam eleger o Caçador de Marajás [“Eu caçador de mim] Fernando Collor de Melo como senador, esquecendo o passado dele. E o passado é recente, mas este é, apenas, um dos milhares de exemplos atuais de passados esquecidos.

O voto, hoje, é universal e obrigatório, e as duas coisas são erros fatais a “Ordem e Progresso” que é estampada na bandeira. Tentaremos ser sucintos ao explicar as duas características. A segunda [obrigatoriedade] é uma ferida na democracia e na livre-escolha do cidadão brasileiro, e é fonte de possibilidade para manobra da massa; pois, manipula-se a imprensa para levar todos a crerem em algo, e todos serão obrigados a votar, logo, as eleições já são ganhas. A primeira característica [universalidade] é contraditória com a interpretação de uma norma importantíssima do Código Civil, na verdade da Lei de Introdução a este; é dito que não se pode negar conhecimento a uma lei, mas na aplicação desta norma é lembrado da extensão do país e do isolamento de alguns cidadãos.

Ora, se estes cidadãos isolados podem desconhecer a lei, o que é uma exceção necessária, por que podem votar? O que queremos mostrar é que se não há conhecimento de seus direitos e deveres, não há conhecimento das necessidades primárias e nem das atuais do país.

Sendo assim, não se deve deixar alguém que não tem noção sequer do que está fazendo – o que não ocorre somente em áreas isoladas, ou com população menos fornecida de conhecimento e educação – escolher o futuro do país, votando em cargos que desconhece e em pessoas não preparadas.

O Estado está em crise e não se sabe se há volta dela, uma possível volta é fazer um Estado, hoje fraco, voltar a ser forte. Para o Estado voltar a ser forte, há de fortalecer a representatividade, a qual foi tristemente corrompida pela democracia nos moldes atuais.

In Dubio Pro Bar

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dialética no Ônibus

Meus caros, vocês não estão fartos disto?! Francamente, este ônibus está completamente lotado [este povo gostará e não entenderá a redundância] neste horário!

Vocês continuam apoiando isso tudo sem reclamar?! Voltam cansados do trabalho, agüentam trânsito E um enorme acumulo de pessoas ao redor!? Parabéns, vós sois sobre-humanos!

E o pior é que sofrem calados, apanham sem gritar! Embora o grito esteja preso na garganta… pensam em reclamar, mas não sabem pra quem, e muito menos de quem!

A verdade é que devem reclamar do governo, e para ele mesmo ou a imprensa, que finge que não sabe que isso tudo acontece! E, realmente, não dá a mínima para qualquer um que está aqui dentro agora… e vocês, literalmente, dão ibope a eles!

Não falo somente da mídia quando falo do Ibope, o governo também se aproveita. Neste ano, deverão vocês escolher novos representantes, que poderão mudar esta situação. Mas, vocês não sabem opinar, caso contrário não estaríamos nesta situação; não me leve ma mal, mas a maioria de vocês nem sairia do sofá no domingo para votar se não fosse obrigada.

Quantos de vocês não prefeririam estar em um carro agora? Confortavelmente sentados, com um ar condicionado ou, pelo menos, uma música agradável; sem aperto algum, e não teriam que andar tanto, seria da porta do trabalho para a porta de casa… Vejam, pois, se vossos chefes acatam esta ideia – claro que a opção é para quem está a mais de cinco anos na mesma empresa, o que hoje é raridade –, será que eles trocariam vossos vales transporte por um carro?

O valor de certo tempo de vale transporte compraria um carro, daria conforto ao funcionário; o problema é que geraria um vínculo com vocês até o final do valor estar quitado, o que para eles parecerá um prejuízo, pois não pretendem vos ter por tanto tempo.

Essa tática serviria duplamente, ajudaria no conforto de vocês e daria um baque numa empresa que serve ao governo, que é o caso da SP Trans, e, logo, um baque no governo. Assim como esse golpe pode ser dado e sentido nas urnas; se souberem votar direito.

E votar direito não é votar neste ou naquele candidato, é votar consciente do que está fazendo, nem que esteja fazendo besteira, e votar por si mesmo, não por outros. Todo candidato tentará enganar-vos, vejam o exemplo do partido que vos governa, diz no estado que a mudança de governo é o que trará melhoria e desenvolvimento, que precisa mudar; mas defende a continuidade, manutenção e continuísmo do governo para o país.

Eles não defendem mudança, manutenção, melhoria, ou qualquer outra coisa; eles defendem a si mesmos, e está na hora de você começar a se defender! Não pensem que sou diferente de vocês, que sou um burguês que fala tudo isso porque está confortável como está; se minha situação fosse melhor que a de vocês, não estaria eu no mesmo ônibus!

Pensem, também, que se você está nesta situação, tanto financeira como espremido dentro de um ônibus às nove da noite, é porque o crescimento que dizem que ocorreu não ocorreu tão bem quanto falam…

In Dubio Pro Bar

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Horóscopo / Signos

Sim, eu vou largar, por esta vez, assuntos sérios e tratar de [algo menos sério, mais ridículo, porém pessoal] um problema da sociedade.
Está certo, não é um problema, é uma dificuldade.

Eu particularmente não acredito em horóscopo, e não muito em signo; respeito quem acredita neste, mas acreditar em horóscopo é cegueira cumulada com burrice.

Não é possível crer que há apenas doze diferentes tipos de pessoas, e crer que seja por causa de um arranjo dos astros do momento em que você nasceu ou nasceria – se prematuro – que você vá mudar de alguma forma. E a principal defesa para haver mais diferenças é sempre “mas existem os [signo x] que escondem seu lado verdadeiro”, pura baboseira.

Acreditar nisso seria crer que se uma pessoa é rica ou bem sucedida, todas as pessoas do mesmo signo deveriam ser. Por que pode haver vagabundos e magnatas de mesmo signo? Gênios e idiotas?

Também, não há destino nisto, e Deus não influi ou castiga alguém por “outra vida” [verídica ou não], e nem decide quem vai nascer na família tal ou tal, pra ser mais ou menos rico, não há destino, é a vida; Deus deu o livre arbítrio, já sabia onde nasceria e deixa você fazer o que quiser com a sua vida [está certo, já apliquei a moral cristã de hoje].

Pior que isto é acreditar em horóscopo; cheque todas as revistas e jornais que publicam tais fatos, quando houver pelo menos UM dos doze signos com o mesmo “destino do dia” você pode acreditar que aquilo é verdade. Porém, pense que haverá, apenas, DOZE diferentes tipos de dia… seguindo o mesmo raciocínio, não é possível; haverá um cruzamento de pessoas do mesmo signo, em que algo resolvido ou ocorrido será sorte para um e azar para o outro.

Creio que, se tratado como uma ciência séria, a Astrologia pode ser considerada em alguns pontos, e pode até ser que haja verdade. Contudo, essa massividade de inverdades, ilusões e falsos destinos apenas mancham essa ponta de verdade desta, talvez, ciência.

In Dubio Pro Bar

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Antipolítica Externa e Segurança Klabin

Venezuela e Colômbia estão a ponto de estourar a primeira guerra bolivariana; crê-se, hoje, que o assunto será resolvido “sob a chancela do Brasil”. Tenho medo do que isso pode, de fato, significar.

Segundo o assessor especial para assuntos internacionais, a vontade é reforçar as afinidades entre os países, sendo que estas superam o número de divergências. Procura-se, também, aproveitar o momento de mudança de presidente.

Deixa-se claro que o Brasil pretende chegar a um fator de paz no território através de uma mediação exitosa. E eu me pergunto, que outro tipo de mediação o Brasil faz? Ainda mais quando se trata de nossos vizinhos. Deixamos as Petrobrases* serem bolivarianizadas*; porém, não nacionalizamos as multinacionais aqui presentes.

Somos uma verdadeira piada quando se trata de Política Externa; fora sermos fracos, não tomamos posição firme. Por isso “todos gostam de nós”. Ficamos entre Obama e Ahmadinejad. Somos omissos, não tomamos partido e ficamos com cara de idiotas; pois quer saber? Somos, de fato, idiotas! Nós podemos muito bem mudar isto…

Os argentinos entram em protesto por qualquer coisa, como mostrou o Globo Esporte nesta quarta-feira, pela saída de Diego Maradona da seleção argentina. Se fossemos assim poderíamos culpar so(la)mente o governo… [momento ‘revolts’ {momento colorido}**]

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Grande atitude o que os moradores da Chácara Klabin – zona sul de São Paulo – fizeram. Eles montaram um esquema de segurança, junto com as polícias Civil e Militar, comprando diversos aparelhos. Cada condomínio [dos 98, aproximadamente, que há na região] gastou cerca de R$6.000,00. Um preço justo, quando dividido por cada morador, pelo resultado obtido.

Em um ano, ocorreram 80% menos furtos, assaltos e seqüestros na região; e pensar que a polícia neste caso funciona. Como bem apontaram um professor do Largo São Francisco e um delegado, isso mostra fraqueza no setor público, pois uma organização / movimentação particular sanou um problema que o órgão público não conseguiu.

Isso demonstra, em parte, que a eleição não deveria ser para prefeito e sim para “subprefeito”; pois não ninguém está preparado para garantir vigilância da cidade inteira. Portanto, o trabalho de fato vai para as subprefeituras, tendo elas grande importância na vida do cidadão; porém, o cidadão não elege o ser que tem responsabilidade por este determinado local. É um posto indicado, infâmia estrondosa para tamanha função; falha pública.

Além disso, deve-se repensar o modo de administração pública no Brasil. Não é possível que certos órgãos municipais fiquem sujeitos, bloqueados, por vontade ou intervenção estatal ou federal.

*Neologismo
** o “colorido” foi por causa do “revolts”

In Dubio Pro Bar

domingo, 25 de julho de 2010

Humor Amordaçado

Uso mesmo título do artigo da Folha deste domingo, 25, para espalhar uma notícia muito constrangedora; e o que mais constrange é que a medida foi tomada pelo Judiciário.

Segundo novas regras do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), não será mais permitido aos programas de TV fazer piadas com os candidatos ou partidos; o problema maior foi para o ‘Casseta & Planeta’, que sempre teve seu humor voltado a imitações deste tipo.

Aliás, a matéria da Folha começa assim “Quem achou graça (…) vai ter que esperar até o fim da eleição para rir de novo”; a parte em reticências trata sobre o quadro humorístico do ‘Casseta & Planeta’. Bom, creio que a espera das meia-dúzia de donas de casa que realmente acham graça do programa ou do quadro não vai ser tão longa, elas arranjaram outra distração.

O humorista Hélio de La Peña, do referido programa, fez uma analogia incrível, mas – infelizmente, por mim – foi com Copa do Mundo, ou melhor, com a Copa do Mundo de 2010, que só me retirou R$54,00 – inclusos os R$10,00 por mim gastos com Bolão. Segue a analogia: “É o estilo Dunga dominando a eleição […] O povo devia ter direito a se divertir um pouco com a política, já que será obrigado a sofrer com o horário gratuito”

Tenho pensamentos fortes sobre isto; tudo provavelmente significa que eles querem as piadas só pra eles com o horário eleitoral gratuito…

O programa ‘CQC’ também foi incluído nisto, não poderão fazer os tão adorados efeitos gráficos, será, a partir de então, apenas o político e o repórter. Porém, não adianta essa reportagem do ‘CQC’ de cara limpa, pois, ainda sim, entenderão como piada ou difamação.

Vamos por abaixo, ou morrer tentando [não leve a sério], de uma vez a censura seja ela qual for; liberdade de expressão e liberdade de imprensa não podem ser reprimidos.

In Dubio Pro Bar

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Como fazer um post, Mão Suja, Bolivianos e Downloads de filmes

Hoje eu vou mostrar como eu faço um post de crítica, e porque são tão revoltados…

Sem abrir o jornal, vejo a primeira página e vou lendo as principais manchetes e seus respectivos leads.

Venhamos a esta parte; “Dona de autoescola presa ao burlar aula noturna” – tomem cuidado, mas não, não será post –, “Polícia acha sangue no sítio de Bruno” – não! –, “Timão segura a liderança” – quem liga para o Corinthians? [ps: graças ao meu irmão, o Palmeiras ganhou do Santos nesta quinta-feira, 15] –, “Rolex roubado vai para o exterior” – falando em Corinthians, mas não –, “Governo fez e distribuiu o ‘kit Dilma’” – realmente não quero falar mais [por enquanto] deste ser –, “Mamadeira esconde risco para bebês” – poxa vida, hein! Eu to vivo, então [se bem que não usei muito mamadeira] –, “Metade dos brasileiros não lava as mãos após ir ao banheiro” – e temos uma vencedora!

Eu fico, cada vez mais, com vergonha da minha terra Tupiniquim. A pesquisa que mostrou, como supracitado está [como eu disse], que “Metade dos brasileiros não lava as mãos” foi feita por uma consultoria inglesa – TNS Global Market Research. E, no Brasil, não foi feita em locais distantes, com intuito de manchar a imagem nada alva de nossa nação; a pesquisa foi feita nas cidades de Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegra e, pasmem!, São Paulo.

Sim, sim… Agora, quando você vir alguém sair do banheiro sem lavar as mãos não se assuste, ache normal, pois esta pessoa faz parte da maioria; olhe estranho para os que, como eu, lavam a mão.

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Evo Morales soube empregar o dinheiro que [roubou] adquiriu estatizando a [nossa] Petrobrás; o governo da Bolívia comprou um novo jato francês, para servir de avião presidencial, o custo foi de R$66,5 milhões. E, então, você pensa “Mas é só aqui que estes bolivianos fazem besteira ou não sabem o que fazem?”

E é aí que você, meu caro, engana-se! Pois, embora haja este maravilhoso jato, não há piloto no país capaz de comandá-lo!

Com isso, com certeza, você está mais relaxado, pensando “ainda bem que vieram os portugueses!”, ou “que bom que não sei espanhol do berço!”. Então, durma bem esta [e as outras] noites, sabendo que somos superiores a maioria, e inferiores ao que nós damos importância.

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Saiu, nesta quinta-feira (15), no site da UOL o relato da prisão de dois chefes de uma suposta quadrilha que não respeitava os direitos autorais e de imagem dos filmes. Desde 2007 que já se faziam investigações quanto ao caso; ou seja, agora mesmo podem estar investigando outro site, que virá a ser descoberto futuramente.

Então, se você pratica algo ilegal na internet pare, se você faz download [ou conhece alguém que faz] de filmes na internet, não faça no site que foi pego – “brazil-séries”, não confundir com Series-BR [vai que existe], ou outro qualquer.

O link da reportagem está aqui: http://www1.folha.uol.com.br/tec/767584-policia-de-sp-prende-donos-de-site-de-download-de-filmes-por-pirataria.shtml
Caso interesse a alguém.

Agora vou ver se vejo algum filme no meu computador; filme que adquiri legalmente, pelo menos no que consta no parágrafo 4º do artigo 184 do Código Penal: “O disposto (…) não se aplica quando (…) a cópia de obra intelectual ou fonograma, [feita] em um só exemplar, [for] para uso privado do copista, sem intuito de lucro direto ou indireto.”

In Dubio Pro Bar

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ex-BBBS, Divórcio e Traição de Mulheres

Antes de comentar alguma coisa vou postar aqui o link que me motivou a falar do primeiro assunto: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/766906-ninguem-e-chamado-para-mais-nada-diz-tessalia-sobre-ex-bbbs.shtml

Uma determinada ex-participante do programa Big Brother Brasil – o qual, sinceramente, detesto e não vejo nada de útil* –, da Rede Globo, reclamou que estão chamando poucos para trabalharem após o programa; isto ou nenhum deles de fato.

As pessoas, agora, além de ganhar um milhão de reais para não fazer nada durante sei-lá-quantos dias, esperam conseguir um emprego! Tantos brasileiros pedindo um emprego; mas estes aí querem no ramo artístico; vá, que queiram! Outros têm talento…

Eu já comentei, neste blog, sobre “celebridades” – que alguns chamam de “sub-celebridades” – que são seres que pretendem ganhar a vida aparecendo em festas; pessoas cuja fama não tem fonte merecedora. Não fazem nada para serem conhecidos, e muito menos reconhecidos; agora querem fazer, grande avanço, mas querem que lhes seja dado; gigante retrocesso!

Isso é como a criança, o adolescente, ou o jovem que acha que é dever do pai dar mesada à ele; não é sequer direito, é uma concessão. Ex-BBBs, sei que não leem [perdeu o acento, que triste, mas o Word® ainda não aprendeu] meu blog, mas parem de esperar o seu emprego cair do céu! Façam por merecer; está certo que foi motivado por motivo pífio, visto que a própria celebridade já disse que voltou a fazer o que fazia antigamente.

Mas a frustração é grande, todo mundo já espera que o governo dê casa, comida e emprego – o que é um absurdo; agora, esperar que a Globo, ou outra porcaria qualquer, dê um emprego já é muito.

*Há quem veja as novas Playboys como útil, se assim for, então algo de útil existe nisso

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Novamente, coloco antes o link para melhor informá-los: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24862259

Nesta terça-feira, 13, o Congresso Nacional promulgou duas Emendas Constitucionais (EC), uma tratando sobre o divórcio e outra sobre a juventude. Como declara o texto, o Congresso estava esvaziado; no meu entendimento não haveria três quintos (3/5) dos votos a favor para tornar válida como EC uma lei, mas deixemos o quórum de lado.

Fora o quórum, vou deixar, também, de lado a parte que trata sobre a Juventude.

Foi facilitado o Divórcio; agora você não precisa mais de um ano de separação judicial, ou dois anos de separação, basta desfazer judicialmente a besteira que fez na igreja ou no cartório. Em ato único! Parabéns; porém, se você quiser chance de repensar, se não tiver certeza do que está fazendo, já era.

Pensem um pouco, alguém tem que ter muita firmeza para tomar uma decisão como casar; para se separar também. Então, este ano de separação judicial poderia servir como um purgatório; dois anos de separação de fato são de mais, se o casal quiser voltar depois disso é meio ridícula a separação. Se houver divórcio em ato único, será muito mais constrangedor este “voltar atrás”.

Claro, nem sempre [ou melhor, quase nunca] ocorre como nos filmes, um casal se separou, a mulher arranjou outro, o cara está super [ou ‘uber’, plagiando Mr. Wallace] deprimido, e só lhes resta o filho como laço. Daí, num belo dia, eles brigam pra ver quem vai levar o filho para tomar sorvete, se entreolham, e notam que o amor nunca acabou. Aplausos, choros, e um belo fim juntos.

Mas se o casal precisar, ou quiser um tempo – apartados – para pensar, será meio estranho; podendo pedir a um juiz um divórcio direto, por que um casal que não se quer mais vai pedir a separação? Isso vai inibir esse ato reflexivo, se é isso ou não que deve ser feito ao matrimônio. E mais ações impensadas realizar-se-ão; e mais erros serão cometidos. Sem entrar no blábláblá de “e se houver uma criança envolvida” [papo para carola, o que me lembra Os Simpsons® “Alguém, por favor, pense nas criancinhas!”].

Creio que sobre isso é o que basta. Desta vez com menos frustração e raiva, quero pô-los para pensar, e discordar, é claro.

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Não, não vou falar que mulheres sempre traem, até porque minha mãe e minha namorada são mulheres.

O que me levou a escrever este – em específico – texto [que, espero, será breve] é que nos últimos dias li “Dom Casmurro” e “O Primo Basílio”.

No primeiro romance, não pude deixar de me comover com a esposa acusada. No segundo, não pude deixar de xingar muito no twitter a esposa e o primo da mesma. Nesta hora, eu penso “Assunto sempre em pauta”. Obviamente, não é de hoje que a mulher é acusada de traição; e menos de hoje que ela trai.

Os dois maiores escritores [de língua portuguesa] do século retrasado já trataram muito bem sobre o assunto, mas parece que elas não aprenderam; não estou acusando ninguém, mas no meu ponto de vista é muito mais fácil a mulher trair do que o homem. Não porque toda mulher é uma víbora; e nem porque Eva deu a maçã para Ark, digo, Adão comer.

O que me leva a crer que é mais fácil a traição da mulher, é que elas são mais facilmente enganadas que o homem. Agora, você mulher deve estar pensando “há! Tá bem! É só estalar os dedos que vem um idiota babando”. Isto pode não ser mentira – nem sempre é; mas nós não estamos sendo enganados. Neste caso, o homem não vai trair porque está pensando “Oh! Ela me ama, de fato! Vamos fugir para Paris!”, não! Ele quer tanto se dar bem quanto ela quer promiscuidade.

Contudo, quando uma mulher trai ela pode, sim, ser movida por este mesmo sentimento – pelo menos atualmente, infelizmente, é assim; fato é que há na mulher esta expectativa de que o homem realmente goste dela, que esteja amando, e só por isso ela trai.

Acho que não preciso dizer mais nada, que chovam críticas sobre isso, que se inicie a famigerada discussão dos sexos.

In Dubio Pro Bar

quarta-feira, 14 de julho de 2010

"Não bata, eduque"

Este é o nome de um projeto feito por uma junção de ONGs [arrgh], o qual se refere à educação dos filhos atualmente, a qual deveria ser feita sem as famigeradas palmadas.

É provável que seja proibida a palmada [entre outras agressões] como forma educativa a crianças, pois o presidente Luiz Inácio encaminhará ao Congresso um projeto de lei que coíbe a prática do castigo físico. Até aí, tudo bem. O texto desta terça-feira, 13, do Jornal da Tarde (do grupo Estadão) diz que essa medida é para SIMBOLIZ os 20 anos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

POXA, sinceramente, é sempre bom um projeto de lei, ainda mais encaminhado pelo chefe de governo e Estado deste país, mas fazer isso para simbolizar algo é de mais; é ridicularizar nossas ações e votos [se bem que estes ambos são ridículos, povo Tupiniquim]. Este foi meu primeiro apontamento, primeiro ponto.

Prosseguindo; o objetivo desta medida é “garantir o direito do menos de ser educado sem o uso de castigos corporais ou ‘tratamento cruel e degradante’ por parte dos pais e responsáveis”. Não basta, apenas, ser educado? O que, hoje em dia, já é difícil; tem de haver um projeto para tornar quase impossível a função de um pai na sociedade atual – parece bastante radical, mas depois explico o porquê.

Não havia, ainda, definição do que seria maus-tratos, neste caso cabe ao caso, acusação e ao juiz aceitar como maus tratos ou não – uma vez que no direito penal não pode haver analogia, o que não vem ao caso. Claro! Em 20 anos não foi necessário uma definição clara, pois é um tanto óbvio, agora precisará. Ora esta!

Não é preciso dizer que há penas mais graves para lesões corporais graves, neste caso variam de um a quatro anos.

Vou, agora, ao ponto que, para mim, foi o de maior frustração. As definições deste projeto, do que será considerado castigo físico e [entenda como e / ou] humilhante: Palmadas, beliscões, puxão de cabelo, uso da criança para desqualificar o cônjuge, surras, chacoalhar ou empurrar. É claro que, agora, deve estar me achando um Hitler ou um monstro [desculpe a redundância], mas eu só citei os plausíveis, venhamos aos que me deixaram estranhado: tapinhas na mão, rejeição, xingamento, obrigar a criança a ficar em determinado lugar.

Pasmem! O afamado “vai pro seu quarto, e não saia de lá até eu mandar!” agora é proibido!!! Não se pode mais dar um tapinha na mão do teu filho, se você estiver muito bravo com ele tem que o abraçar [não podendo rejeitar] como se nada tivesse acontecido, e, num momento de fúria, não pode proferir qualquer xingamento ao “ser” [tente usar este, dica gratuita do blog!].

Penso qual será a forma de educar, que tal esguicho d’água como se faz com cães; e, será que acharão uma batida de leve com o jornal uma agressão?
Certo, uma mãe resolveu isso, ela conversa com seus filhos, e quando está ao extremo tira os brinquedos e o vídeo-game. Agora imaginem uma casa que não haja brinquedos [sim, no Brasil há várias] e nem vídeo-game [idem, ibidem*], o que a pessoa fará? Não sou a favor, entendam, de agressão [não faço apologia a nada, também] a filhos, mas as medidas impostas chegam ao ponto de serem ridículas.

A acusação estará à mercê dos vizinhos parentes, funcionários, assistente social, etc. – testemunho de terceiros. Sim, é o auge àquelas senhorinhas que tem como única função fofocar. Parabéns! Têm, a partir do ano que vem – provavelmente, esta é a data prevista por causa das eleições –, um novo trabalho a se empenharem!

A pena a quem descumprir esta norma inclui advertência, encaminhamento a programas de proteção à família e orientação a tratamento psicológico. Ou seja, não batendo, você paga psicólogo a você, seu cônjuge e filho (a), pois este terá liberdade em demasia, e você achará que é necessário; e, batendo, você paga psicólogo a você, seu cônjuge (pela depressão e vergonha) e seu filho, desta vez pela surra que levou. E a culpa de tudo sempre será dos pais, não se esqueçam.

Em outra seção do mesmo assunto, uma professora, filósofa, escritora e pesquisadora em educação teve a pachorra de citar o caso Nardoni. Má quê!? [Mas como!?]
O que será que ela teve em mente? Ela, realmente, pensou que o casal jogou a garota do sexto andar [se é que jogou] por uma janela para punir?
Ela não pode ter falado sério; qual seria o motivo, ela virou a cara, deu um tapinha no irmão?

Prosseguindo nesta mesma entrevista, a professora é perguntada se hoje as crianças são mais malcriadas; e ela responde que sim. E, brilhantemente, completa com “Mas não que sejam piores que outras gerações.” Como é possível sim e não? Ah, claro. Por fim ela reitera que a culpa do mimo das crianças de hoje é dos pais, que a diferença pra antigamente é influencia da mídia, corrupção, impunidade e desestruturação familiar. Se há impunidade, pra quê tornar mais severa uma lei com este projeto?!?!?!

Para finalizar, de fato, ela afirma que é necessário – neste inovador modo [manso] de educar – persistência e vontade. Quem sabe com persistência e vontade, quando você atingir seu objetivo, teu filho já não seja mais criança.

*A mesma coisa, no mesmo lugar

In Dubio Pro Bar

terça-feira, 13 de julho de 2010

Doença Mental e Dom Casmurro

“(Rede Municipal) 10% dos professores sofrem de doença mental Estudo revela que há 4,9 mil professores afastados da sala de aula para tratamento de transtornos psiquiátricos”

Vou ser franco e dizer que quando li esta chamada hoje (segunda-feira, 12) no Jornal da Tarde [sim, eu leio e meu pai assina esse jornal] pensei “Mas não é possível, de novo!? Outra falha no Sistema de ensino”.

Sim, eu fui tão idiota a ponto de pensar que uma mínima debilidade mental em vários professores não tinha sido notada, ou não teria sido posta em relevância. Fato é que débil sou eu.

Posta minha ignorância de lado…

Ocorre que 4,9mil pessoas estão sendo levadas à loucura pelo emprego que tem, ou pressão porquanto ao emprego, ou pelo público com o qual trabalha. Fala sério! Isso poderia acontecer em qualquer lugar do planeta, mas no Brasil – ainda mais em São Paulo – tem um gostinho melhor.

Não é possível entender como um educador consegue ter problemas, mentira; é fácil pensar nisto. Atualmente, não se dá mais valor; ou melhor, os valores foram completamente invertidos. Um professor não pode dar nota baixa [foi proposital o emprego do verbo dar, pois nota baixa não se conquista se ganhar, pelo mais antigo vagabundo que disse isto] na rede particular que os pais já estão lá reclamando. Um professor não pode dar nota baixa na rede pública porque se não é ameaçado.

Dá medo algo assim, não poder mais educar. Não reclamem, pois, do governo quando virem que a educação tupiniquim não é boa, não avança, ou qualquer algo semelhante. Reclamem, sim, em casa.

+++

Dom Casmurro

“Maior romance da literatura brasileira”, frase do filme “Dom”, baseado na obra de Machado de Assis. Eu diria que é o maior romance mundial; mas, por Shakespeare, digo maior romance de língua portuguesa.

De qualquer forma, o problema central é à frente, é o ciúme.

Há diversas razões para o ciúme ser infundado. O autor escreve a obra para relembrar tudo, se tem que relembrar ele não tem certeza se houve ou não; se nem ele mesmo (Bento Santiago) tem certeza, ora! Ele destaca apenas alguns aspectos da personalidade de Capitu quando criança, que levariam o leitor a entender como possível agente de traição.

O amor inexplicável do filho por Bentinho deixa claro que não houve traição, e que seu amigo não era seu comborço - o cara que pega a mulher do outro. Ele mesmo assume que José Dias se visse seu filho falaria que era a cara dele [Bento]; no entanto, ele ainda continua vendo o filho como imagem do outro.

Além disso, o autor do livro [Bento] é advogado formado, e conta a história unilateralmente, não dando chance de defesa à outra parte. Sendo assim, leva qualquer um – ou não – a crer no que ele quiser.

Fora isso tudo, há outros fatos, os quais eu deixo escondido para que leias, e para que o texto não fique muito longo.

Em comparação com o filme, as únicas coisas comuns são Maria Fernanda Cândido como Capitu – na história real, ela foi Capitu na série, e no filme foi Ana – e o nome do protagonista, que foi o único mantido no filme, Bentinho. Isso mostra que para a história se tornar história, para haver a possibilidade [falsa] de traição só necessita do Bento, homem fraco que veria em qualquer Capitu uma traição diferente.

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Diferença

Diferença entre Espanha e Brasil...

(4 títulos, sim, também)

Segundo Eça de Queirós:
"Não há na alma espanhola sentimento mais poderoso que este de pátria."

Se tivesse que escrever sobre o Brasil, seria:
"A não ser durante a Copa do Mundo, não há na alma brasileira sentimento menos poderoso que esta pátria."

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sábado, 10 de julho de 2010

Ponte Aérea

Sempre há uma comparação entre o Brasil e algum outro país.

E a verdade é que sempre haverá, pois o brasileiro não acredita no produto nacional. Se alguém falar sobre cinema nacional – que hoje é tão bom quanto o estrangeiro –, um não entendedor de cinema vai levar a diálogo grosso a superioridade das produções hollywoodianas, mesmo não tendo história decente, enredo, ou sentido – sim, falo de Avatar.

(aliás, tenho que parar de criticar o que não conheço, não vi Avatar) Ainda sobre o mesmo assunto, se conversar sobre isto com alguém que entende do assunto, a pessoa levará a dialogo os filmes americanos antigos, ou os europeus; verdade é que a nossa indústria é muito boa, mas é nova; e aperfeiçoa-se frequentemente.

Programas de TV sempre serão comparados com os norte-americanos; plausível, não há como não notar a semelhança até entre o fundo de cena do Programa do Jô e do David Latterman. Fato é que não é possível demonstrar superioridade entre um e outro – embora o brasileiro seja um tanto menos modesto.

Ainda quanto aos programas de TV, são poucos os realmente bons aqui no Brasil, não sei se programas antigos são cópias de outros; mas o BBB – lixo de grande sucesso nacional – é de origem estrangeira, europeia (não lembro o país, então não vou citar nenhum). Não quero dizer que o BBB é antigo, e não é, digo que os programas são cópias também, quando inovam são efêmeros. Sobre efemeridade, até a Maísa, grande achado do “patrão”, foi cópia.

Com ressalvas, tem que se reconhecer a capacidade do programa “Pânico na TV”, do qual eu não sou nada fã – muito pelo contrário – eles têm um caráter inovador, no qual se há cópia ela não é percebida. Programas bons, muito bons, da atualidade são não só cópias, mas, também, produções estrangeiras; o programa CQC – melhor programa brasileiro da atualidade, segundo quem vos digita – pertence à produtora argentina Quatro Cabeças, o que não lhes tira o prestígio.

Ainda na cópia, nossa comédia não tem graça atualmente, a não ser que seja cópia. Seja por blog, vlog, ou stand up¸ todos os formatos são cópia de cima, e, mesmo sendo engraçadas as cópias, ainda se fala que não chegamos aos pés dos copiados; Norte América ou Europa. A música nós não copiamos, temos própria, mas preferimos as dos outros, assim também é com os esportes.

Fato é que, se nós copiamos, também somos copiados; demo-nos valor; somos muito bons em várias coisas que nem damos importância, ou não percebemos. Não se pode ser o melhor em tudo, e se ficarmos, apenas, criticando-nos não seremos os melhores em nada.

Seja você o melhor no que faz, e melhore o que o outro está fazendo; antes de criticar. “Não retiras a trave do teu olho, antes de reparar no cisco no olho do teu irmão” (ou alguma coisa assim, não me lembro corretamente das partes da Escritura, e nem gosto de apelar à Ela)

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Goleiro Bruno

Não vou falar muito sobre isso, aliás, quase nada.

Meu parecer é nulo, pois – a meu ver – não pode haver condenação sem prova. E nenhuma prova foi comprovada, pode ser que se faça comprovação, mas isso fica mais adiante no tempo.

Caso é que poderia perder linhas e linhas falando sobre a mídia brasileira, sua hipocrisia, e seu ato condenatório – como fizeram no caso Nardoni. E, ainda, aproveitar da mesma oportunidade pra falar da influência da mídia nas eleições.

Mas tudo isto é fato conhecido [“sabido e consabido”]; então não vou perder meu tempo, e gastar o de vocês, com o óbvio.

Nota: que fique claro que não creio que nos dois casos – ou em algum deles – eu acredite na inocência, mas tão pouco acredito na culpa; porém, - não me levem a mal – também não sou indiferente quanto aos fatos. Defendo, apenas, uma correta visão do Direito, onde não se pode condenar sem provas; pra isso temos o Tribunal do Júri, que – por força de mídia – condenou o segundo caso, e há de condenar o primeiro, se isso não se fizer por justiça comum.

In Dubio Pro Bar

Código Florestal

“A comissão especial do Código Florestal aprovou nesta terça-feira (6) o polêmico substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) que modifica a legislação ambiental. Por 13 votos a favor e cinco contrários, a proposta foi acatada pela comissão e segue agora para apreciação no plenário da Câmara, antes de ser votada no Senado. (...)” texto completo em http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_publicacao=33551&cod_canal=1

Como podem ver, deixando de lado o quórum, faltam duas câmaras/casas para aprovar ou barrar este substitutivo. Eu não sou – nunca fui, mas ultimamente tenho me tornado um pouco – fã de ambientalistas, ou do famigerado Direito Ambiental; por tanto, quero deixar claro que não estou aqui por ideologia falando isto, ou apologia que seja.

Achei de fato um absurdo este substitutivo, e tomei conhecimento há muito pouco tempo, o que me fez escrever, inclusive, este post. A situação da mata nacional, tanto em relação à sua preservação e devastação quanto em face dos ruralistas, é demasiadamente crítica.

Embora a situação já seja gritante, os que defendem o projeto não se importam em piorar; pretende o projeto anistiar os que cometeram crimes ambientais até meados de 2008, cortar pela metade o limite de preservação à margem de rios e plantar em terras de várzeas.

Não sendo isso o bastante, o substitutivo prevê, ainda, que as áreas de atividades agropecuárias sejam reconhecidas, mesmo que adquiridas ilegalmente. Um completo absurdo! Seria um novo Uti Possidetis em plena terra do “samba, futebol, carnaval, Ronaldinho”… algo, sinceramente, o espírito Tupiniquim tem que falar mais alto em nossos legisladores, para que isso não prossiga; e em nós também, para que, se prosseguir, consigamos desfazê-lo.

Tudo isso mostra um gigantesco retrocesso em uma pequena evolução que tivemos na esfera ambiental deste país. Quando estamos nos acertando na área mais importante ao ser humano, conseguimos dar saltos para trás, pensando em um suposto desenvolvimento. Seria melhor que constasse no substitutivo que nós não necessitássemos de oxigênio e água, ou que ao invés de serem as plantas, os animais são que, agora, fazem fotossíntese.
Peço pensamentos positivos de todos – e até a oração dos que são religiosos, por que não – para que isso não prossiga. Isso não pode ser um Código, deve, sim, ser um crime.

In Dubio Pro Bar

terça-feira, 6 de julho de 2010

Eunomia

Nota: para os mais desprovidos de inteligência ou conhecimento, eunomia significa igualdade de direitos; sinônimo: isonomia.

Belo fato,
Que, presente na sociedade teórica e ideal,
Inexiste na sociedade real,
Mas uma coisa é certa,
Isso vem de casa!

Não, não lhe falo de educação familiar,
Mas de família,
Pois quem nos ensina a desrespeitar a tão almejada Eunomia
São nossos pais,
Que nos furtam este valor, como mestres,
Quando nos dizem que fazem por que são pais.

In Dubio Pro Bar