Sempre há uma comparação entre o Brasil e algum outro país.
E a verdade é que sempre haverá, pois o brasileiro não acredita no produto nacional. Se alguém falar sobre cinema nacional – que hoje é tão bom quanto o estrangeiro –, um não entendedor de cinema vai levar a diálogo grosso a superioridade das produções hollywoodianas, mesmo não tendo história decente, enredo, ou sentido – sim, falo de Avatar.
(aliás, tenho que parar de criticar o que não conheço, não vi Avatar) Ainda sobre o mesmo assunto, se conversar sobre isto com alguém que entende do assunto, a pessoa levará a dialogo os filmes americanos antigos, ou os europeus; verdade é que a nossa indústria é muito boa, mas é nova; e aperfeiçoa-se frequentemente.
Programas de TV sempre serão comparados com os norte-americanos; plausível, não há como não notar a semelhança até entre o fundo de cena do Programa do Jô e do David Latterman. Fato é que não é possível demonstrar superioridade entre um e outro – embora o brasileiro seja um tanto menos modesto.
Ainda quanto aos programas de TV, são poucos os realmente bons aqui no Brasil, não sei se programas antigos são cópias de outros; mas o BBB – lixo de grande sucesso nacional – é de origem estrangeira, europeia (não lembro o país, então não vou citar nenhum). Não quero dizer que o BBB é antigo, e não é, digo que os programas são cópias também, quando inovam são efêmeros. Sobre efemeridade, até a Maísa, grande achado do “patrão”, foi cópia.
Com ressalvas, tem que se reconhecer a capacidade do programa “Pânico na TV”, do qual eu não sou nada fã – muito pelo contrário – eles têm um caráter inovador, no qual se há cópia ela não é percebida. Programas bons, muito bons, da atualidade são não só cópias, mas, também, produções estrangeiras; o programa CQC – melhor programa brasileiro da atualidade, segundo quem vos digita – pertence à produtora argentina Quatro Cabeças, o que não lhes tira o prestígio.
Ainda na cópia, nossa comédia não tem graça atualmente, a não ser que seja cópia. Seja por blog, vlog, ou stand up¸ todos os formatos são cópia de cima, e, mesmo sendo engraçadas as cópias, ainda se fala que não chegamos aos pés dos copiados; Norte América ou Europa. A música nós não copiamos, temos própria, mas preferimos as dos outros, assim também é com os esportes.
Fato é que, se nós copiamos, também somos copiados; demo-nos valor; somos muito bons em várias coisas que nem damos importância, ou não percebemos. Não se pode ser o melhor em tudo, e se ficarmos, apenas, criticando-nos não seremos os melhores em nada.
Seja você o melhor no que faz, e melhore o que o outro está fazendo; antes de criticar. “Não retiras a trave do teu olho, antes de reparar no cisco no olho do teu irmão” (ou alguma coisa assim, não me lembro corretamente das partes da Escritura, e nem gosto de apelar à Ela)
In Dubio Pro Bar
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