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sábado, 9 de abril de 2011

Bolsonaro e Massacre

As duas últimas semanas foram atípicas, felizmente, mas ocorreram, infelizmente. O Deputado Jair Bolsonaro deu declarações nos meios midiáticos que sua resposta no CQC foi um engano, que não entendeu a pergunta, achou que Preta Gil falava sobre gays, e não sobre negros. Ora, não creio que o que ele falou tenha sido verdade – as declarações -, pois ninguém é burro o suficiente para produzir provas contra si mesmo quanto a racismo em rede nacional. De qualquer forma, poderia nem ser considerado racismo, pois não houve segregação; porém, creio que um erro como este levaria a milhões de processos de dano moral. E o dinheiro, ó…

A resposta do Deputado foi claramente impensada, basta ter visto o vídeo de como foi feito, que o CQC mostrou na segunda-feira seguinte; foi algo dirigido para agredir a Preta Gil, que não é uma personagem muito pacífica – em qualquer sentido – e, não transmite aquela índole exemplar para a sociedade. De qualquer forma, o direito de dano moral agora recai agora em uma só pessoa; sendo que a declaração do deputado, no programa, não foi diretamente ofensiva aos homoafetivos.

Agora digo, infringe direitos quem deseja – enseja – destituir o deputado do seu cargo. Se cada declaração, ou pensamento, tirasse alguém do poder, não teríamos governo, sequer Estado. Basta pensar em duas coisas. O deputado, apenas, expressou-se, defendeu um ponto de vista, uma opinião, liberdade de expressão e pensamento. Ora, ele teve uma criação direitista, viveu numa realidade privilegiada, onde o que não era aceito por àquela moral era reputado completamente e entendido como se denegrisse os “bons costumes. Para ele, tudo deve ser como ele quer, pois acha que sua opinião é a única certa, o Direito foi criado por ele, na época da ditadura – a qual ele defende – era exercido somente para quem criou, preservando os pensamentos e a moral daquela sociedade. Hoje, temos uma democracia, é muito mais ampliado o Direito, criado por aqueles, foi modificado e hoje permite que a sociedade – embora ainda guiada pelo Direito, que ainda protege a moral dos seus criadores e serve como controle – tenha mais liberdade para mostrar as diferenças. As pessoas tem o direito de não gostar dessas diferenças, e de se expressar; porém, no Brasil, não acontece a expressão do pensamento, por medo da sanção social, gerando, assim, hipocrisia, e preconceito tácito.

A outra coisa a se pensar – e que é razão para não se impugnar a candidatura, ou retirar do cargo o deputado – é o fato de que o deputado foi eleito, dizendo as mesmas bobagens que profere hoje. Há, então, quem pense igual ou pior que Bolsonaro. Como disse um entrevistado, é a voz da [extrema] direita, e tem que ser ouvida, sim, pois assim podemos crescer com as diferenças.

+++

Diferentemente do caso Bolsonaro, algo inaceitável é o que aconteceu esta semana no Rio de Janeiro. Na quarta (7), um ser humano completamente alterado – de um jeito ou de outro, não necessariamente por químicos ou loucura, alguém que faz o que este ser fez está alterado – entrou em uma escola municipal e assassinou 13 pessoas, incluindo a si mesmo. Nosso primeiro massacre; deve o Brasil se orgulhar?

Foi algo espantoso, que qualquer repetição deve ser repudiada já no pensamento. Não se pode achar normal algo que beira a barbárie. Não se pode, também, falar em pena de morte para homicídio ou crimes hediondos, porque aí seria pender para o outro lado. O que insta é avaliar o que levou a tanto. É algo completamente alvo de repúdio por minha pessoa o ocorrido. Não conseguindo nem, sequer, discorrer precisamente ou de maneira mais pensada sobre o assunto. Agrediu-se a sociedade em diversos quesitos: o homicídio; este homicídio ter sido de crianças ou adolescentes; maior parte de meninas – algo a se pensar, já que a razão seria a situação das pessoas, é culpada somente a mulher?; ter ocorrido dentro de uma escola pública – não basta agredir a vida humana e a segurança pública, tem que se agredir a segurança pública dentro de um estabelecimento de ensino.

Não tem lógica ou análise possível para tal caso, não sendo reprovável, de todo, apenas nas área social e jurídica. Como a psicologia encara tal fato? [não há que se falar em religião e política, pois uma é em prol da vida e a outra dos fatos e da mídia]

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Futuro + Faculdade e Física de academia

O começo do ano é sempre uma época de realizações ou desesperos para aqueles que vão para uma faculdade, ou aqueles que tentaram ir. Sempre se pensa que está fazendo algo errado, ou que não está conseguindo atingir seu único futuro possível, quando não se consegue a vaga, ou não tem certeza que conseguiu a vaga certa – não respectivamente. O que nunca é verdade.

Da mesma forma que uma pessoa entra numa faculdade e meses ou anos depois ela desiste da área, ela pode sentir-se confortável com o curso e prosseguir até o final. Muito embora, por vezes profissionais formados – ou seja, que não desistiram do curso durante a graduação – percebem que não estão na área correta, e acabam por largar a carreira.

É tão desesperador crer que entrou numa área totalmente errada para si mesmo, quanto é ilusão crer que está na área perfeita. Assim como é idiotice achar que deveria entrar apenas em uma determinada universidade, tanto quanto é crer que está na universidade errada. Vou me usar como exemplo desses diversos tipos de pessoas.

Primeiro, eu estou feliz da vida – perdoem a expressão – pela faculdade e universidade em que estou, mas não foi sempre assim. Há cerca de um ano, eu já estava matriculado nesta mesma universidade, esperando o resultado de outra prova, a qual eu não obtive sucesso. Portanto, no início do ano letivo eu estava completamente arrasado, e crendo que não gostaria nem um pouco da faculdade, e muito menos dos freqüentadores. Eu não queria saber de me socializar muito, apenas estudar pra chegar ao que eu acreditava ser o nível dos alunos que conseguiram a vaga que eu não consegui.

Passei o primeiro semestre do curso não falando mal da minha universidade, mas sempre falando melhor da que eu não atingi. Bom, isso mudou muito no segundo semestre; que foi quando eu percebi que ambas as universidades detinham o mesmo nível, a diferença era realmente o aluno, e neste caso, é claro, a mensalidade.

Desta forma, está claro que eu “quebrei a cara” quanto à instituição, mas, neste caso, para melhor. Porém, eu ainda acredito estar na área certa pra mim – direito –, o que significa que eu ainda posso quebrar a cara, para o pior. E há indícios para que isto aconteça.

Eu – que sempre gostei muito de ler, e sempre tive um enorme apreço pelas matérias da área de humanas, ou sociais – tive, e ainda me resta um pouco de, facilidade para matérias de ciências exatas; claro que num nível limitado. Hoje, por exemplo, eu acordei (muito cedo por sinal) pensando na academia, não que eu estivesse disposto a levantar e ir treinar, mas estava pensando em dois treinos específicos, “Leg Press” e “Gêmeos Máquina”.

Ambos treinos para perna, com uma engenharia perfeitamente feita, porém, ambos os aparelhos não forçam o esforço da pessoa na mesma proporção que aparentam. No primeiro aparelho, quando se carrega a máquina com uma carga de massa x, que é a massa real posta, você está num ângulo de 45 graus; portanto, aplica menor força do que os 10xN, que pensou aplicar. E, no segundo aparelho, você carrega 3 vezes o peso que percebe no aparelho.*

Claro que, embora haja controvérsias, esses conhecimentos não serão muito aplicáveis na minha área atual, ou seja, um dia posso acabar por perceber que não estou no curso (em ambos os sentidos) correto. O melhor neste caso é manter a calma. Entretanto, eu tenho certeza que vou dar um Freak Out se algum dia perceber que Direito não é o curso que eu deveria cursar.

In Dubio Pro Bar

*Leg Press – como a pessoa fica posta num aparelho de 45 graus, ela não carrega, por exemplo, 160kg; fazendo os cálculos (P.sen45) temos que, ao por a carga de 160kg, a massa aparente é de 112kg, ou seja, é a massa vezes 0,7

Gêmeos Máquina – neste caso é um problema de momento de força (ou “torque”); se o apoio para o joelho estiver a uma distância x de onde você está sentado (ponto fixo) e a carga estiver ao triplo da distância, você estará carregando, aparentemente, o triplo da massa com que carregou o aparelho (isto é, a massa vezes 3)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Político

(peço desculpas pelo empréstimo, ou adaptação, forçado de Aristóteles)

Este ser tão odiado atualmente, simplesmente por exercer sua função, ou estar no cargo em que foi eleito para estar. Claro que o real ódio não é simplesmente por isso, mas pelo mau funcionamento dos órgãos, pelas falhas e pela falta de melhoria e progresso.

Decerto que um político não será odiado e pode exercer seu papel com normalidade em um país como a Suíça; lá, não há necessidade de qualidades extras para ser um bom político, basta trabalhar. Este é o tipo de político da nova presidente. Dilma não tem diversas características ou qualidades que são necessárias a um presidente brasileiro.

Ela trabalhará, exercerá sua função, fará discursos, representará o Governo dentro do país e a nação fora dele. Será seca, séria, como se deve ser, será profissional, fria, longe do lado pessoal de quem fala. Mas não será o suficiente, o povo pedirá mais, mais atenção, olhos de mãe, praticamente, quererá carinho, um abraço, só não um beijo porque ninguém merece um dela.

Ela não será atriz, o que não é um erro sendo político. Mas nós estamos falando do Brasil, e não é de hoje que esse povo precisa de mais, precisa de um pai à la Perón, à la Vargas. Não é, apenas, porque o antecessor é o Lula, é porque, também, é o tipo de político e, principalmente, presidente que esse povo precisa.

Esse tipo é, certamente, o que Lula sabe ser, não se sabe se por atuar, politicar, ou porque o é assim de fato. “Lula, o filho do Brasil”. Não é qualquer político que consegue criar uma imagem próxima, ou tão próxima, com seu povo, como ele fez. Todo mundo sabe que ele é o carisma em pessoa, e precisa ser para governar um país rico, com um povo pobre ou quebrado, e fazer todo mundo (ou 80% da população) acreditar que está bom, pelo menos bom.

Lula tem um carisma tão impressionante que, após ser chamado de ‘o cara’ pelo presidente norte americano – Barack Obama -, ele não foi recepcionado com armas direcionadas e munição penetrando seu corpo no Irã. É esse tipo, mágico, ator ou meramente populista que o povo brasileiro precisa, para se acalmar e aceitar qualquer situação de baixo crescimento e aparente distribuição de renda – que fez pessoas saírem da miséria, deixaram de ser miseráveis para virarem pobres, e outras saírem da pobreza e entrarem na classe média muito baixa, deixando de comer mal para mal comer.

Não me entendam mal, não digo que o Brasil precisa de um ilusionista, muito pelo contrário. Um político como esse manterá a situação como está, como uma promessa de melhora, “País do futuro”. O que é preciso é de alguém que melhore o país como um todo; se é necessária forte participação popular, manifestações e impeachments para essa mudança, que haja. Talvez a troca de um presidente com ‘a cara do povo’, um presidente irmão, um lulista, para uma presidente ‘político’ ocasione esse fato; talvez agora seja o momento da mudança, da mudança de pensamento de um povo.

Francamente, se a Argentina conseguiu isso, nós conseguimos e ainda viramos a Suíça.

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Golpe Aeroviário

Essa greve às vésperas do natal é muito bem formulada, vai atingir o maior número de pessoas, pois são duas datas muito comemoradas, as pessoas vão para os quatro cantos do mundo, ou vão rever familiares. Eu não apoio essa greve, como não apoio qualquer outra, mas esta greve está mostrando a classes mais abastadas que elas são atingíveis por essas manifestações.

Chega de pararem trens, metrôs e ônibus; nestes casos a população que não tem recurso é gravemente ferida. Pensem um pouco, um avião que não voa uma família vai ficar sem viajar, sem ir para a Europa, Estados Unidos. Já ônibus, trens, metrôs atrapalham diversas famílias a colocarem comida na mesa, impedem de trabalhar as classes mais necessitadas, um crime.

E o pior é o acordo, num caso irá sair de algum luxo, que cessará, e já cobrirá o que é pedido pelos aeroviários. No outro caso, aumentará – em centavos gritantes – a passagem do transporte público, logo, a pessoa que não perdeu emprego por não conseguir chegar ao trabalho na hora, ou nem conseguiu chegar, vai ter que pagar uma passagem mais cara.

Outro fato que me impressionou – neste caso para bem – foi relacionado, também, ao acordo. Assisti ao presidente, Luis Inácio, dizer que a situação não pode ficar sem negociação. Não sei se isso foi fruto da classe social atingida, mas o que se vê é um presidente disposto a negociar com grevistas. Talvez o seu passado sindicalista não esteja tão apagado assim, talvez ele apenas seja um bom político, grande populista e excelente ator.

Quem poderá saber…


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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Desrespeito com a democracia


Qualquer dito meu que já sabia não será mera coincidência. Fato é que já sabíamos (ou deveríamos saber) qual seria o resultado desse último domingo nas urnas. Não tinha como o, assim chamado, sucessor de um presidente com 80% de aceitação [bom e ótimo] nas pesquisas (80%do país e eu não conheço nenhum!!) perder. Isso não era possível nem aqui nem na China - aliás, muito menos na China.

Mas, como citado no meu texto anterior, não há perda nenhuma nessa decisão; qualquer uma das [duas] possíveis escolhas seria igual. E com essa escolha a situação do nosso querido e amado Estado Paulista continua a mesma: PSDB em casa, PT fora dela.

Não me digam os de direita - por favor, não é um xingamento, não estou dizendo que são burgueses ou reacionários, eu, inclusive, me considerava "direitista" até certo tempo - que Dilma foi uma escolha ruim por ser do PT, ou por continuar o governo Lula. Lula continuou o governo FHC, por isso deu certo, e realmente deu certo; há falhas, mas falta tempo para atingirmos algo bom, e muito mais - talvez a eternidade - para atingirmos algo perfeito.

Realmente não gostei de Dilma ter sido eleita - utilizei a forma sem artigo, o que parece nordestino falando*, pois não quero quer haja intimidade com este ser nem na escrita -, creio que ela não esteja preparada para tal fardo e não era a melhor opção, sinto muito, mas não era.

O corrente Governo teve força em vários projetos sociais, há quem diga que foi um assistencialismo; de certa maneira foi, mas não foi e é necessário. Espero que o olhar social do próximo, ou de algum próximo, governo seja para melhoria em longo prazo; chega de dar auxílio em forma de esmola e não suprir necessidades por completo. O programa de bolsas é uma falha, não por ser esmola - o que não é -, mas por não propiciar a certeza de um futuro digno.

O que o Brasil realmente precisa é de um presidente que olhe pelo interesse de todos, o chamado "bem público", e não, apenas, para os seus e de seus companheiros, aliados ou coligados. Um presidente que entenda tanto altos grupos, quanto a classe média que almeja ser alta, a classe média emergente, a classe baixa e os "homeless" [pessoas em situação de rua]. Um Governo que faria um molde como o Capitalista para os dois primeiros grupos e Socialista para os outros três.

O primeiro investimento (primeira necessidade) é, de fato, na educação que deve ser feito, ela gera um futuro e presente digno, mas não é somente isso. Como manter com segurança [familiar, inclusive] essa criança na escola, como manter tranquilo o lar e os pais dessa criança que está na escola? O modo de se assegurar um bom empenho na escola, ou seja, um bom resultado dessa melhoria educacional é assegurar que a família tenha estrutura. Para isso ocorrer deve haver alguns pontos, a princípio: 1) os pais devem ter seus empregos garantidos; 2) deve haver moradia cômoda pelo número de pessoas que reside; 3) as crianças tem que ter uma garantia e expectativa de futuro pessoal e profissional; 4) deve haver segurança física para a pessoa, pois não existe possibilidade de tranquilidade com violência.

Não vou, hoje, escrever todas as minhas ideias, até porque não é um Blog o espaço para isso - não em uma linha lógica e direta de raciocínio -, mas sim um livro. O escrito dessas ideias é para um livro, quiçá vários, mas a aplicação deve ser num Governo, num Estado, o brasileiro de preferência, já que é o meu modelo para críticas. Que a aplicação seja feita por outrem antes de ser feita por mim, porque se for comigo cumpadi ...

Fato é que desviei um pouco do foco do meu tema de hoje; reforma política não tinha nada a ver com meu texto, mas saiu por costume, creio eu. O resultado das urnas neste dia das bruxas foi uma expressão democrática do povo, da nação brasileira; algo a ser respeitado.

Entretanto, não ocorreu respeito algum ao final de um resultado matematicamente confirmado, pois logo após o anúncio da vitória da candidata Dilma, do Partido dos Trabalhadores, houve uma avalanche de "tweets" de crítica. Vá! Que a crítica seja bem embasada, visando um apontamento político ou até um apontamento pessoal quanto a candidata, é aceitável. O que ocorreu, contudo, foi deplorável; cada vez que um brasileiro vota, ou vota em um candidato, está concordando com o sistema democrático em que vive, está dizendo um "sim" mais valioso do que o dito frente ao altar.

Logo após o anúncio de que Dilma Roussef seria a primeira mulher presidente do país, iniciou uma grande crise de inconsciência do povo do sul e sudeste do Brasil. Começaram a culpar os nordestinos pela eleição dela, a criticá-los pela origem, como se a inteligência de alguém dependesse da origem; como se a informação só existisse aqui no sul do país, como se só existisse a verdade de uns e não a de outros. A esquerda teve bons argumentos e pontos, assim como a direita, e não venceu por causa de votos de gente estúpida.

Muito pelo contrário, mostra que é estúpido quem pensa do modo como a garota que escreveu que "nordestino não é gente" - e por isso não deveria votar - e que estará ajudando São Paulo "matando um nordestino por dia"; dói ouvir o nome da sua cidade, do seu estado, sendo usado para tal afirmação. O cerceamento de direitos, nos mostra a história, não é o melhor caminho para uma nação, é um retrocesso enorme. Não vou ser hipócrita ao mencionar Hitler como mau exemplo de restrição de direitos, pois já o defendi aqui neste canal, e realmente acho que sem ele a Alemanha não seria nada hoje; e, hoje, seu PIB per capita supera o do gigante chinês (outra crítica: o PIB per capita deveria ser válido na hora de contar o avanço de um país, e não o PIB).

Basta lembrar que as pessoas, se é que são, que defenderam esse tipo de pensamento estão pensando como Fidel, que cerceou direitos e trouxe desgraça para um país que poderia ser o exemplo de prosperidade (e desigualdade) na América Latina; como não tinha mais Cuba, os Estados Unidos procuraram estes tupis portugueses. Pense que se, pra você, o direito de outros são retiráveis, para outros o seu também é; como você se sentiria não sendo detentor de direitos?

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sábado, 30 de outubro de 2010

Eleições 2º turno 2010

Fiz o texto em formato de twitter por dois motivos: 1) Eu escrevi no twitter, copiei e colei aqui; 2) Eu vi este formato em texto no livro Elite da Tropa 2 e realmente achei fantástico.
O texto está no formato corrido de sempre pra quem preferir, é só descer um pouco mais.

leojribeiro Leonardo Ribeiro
O dia de amanhã não depende de sorte, força de pensamento, é pura expressão da democracia brasileira, aliás, (...)
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(...) segundo e último dia do ano em que seremos democratas e nossas vontades serão ouvidas, depois só em dois anos.
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Mas é fato que qualquer decisão tomada amanhã será ruim, não há menos pior. São igualmente ruins, (...)
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(...) pois não há segurança no voto naquele que seria o menos pior (Serra). E a candidata vai apenas continuar o falho governo situacional.
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Nós precisamos de mudança, e seja qual for o resultado de amanhã, não é o que conseguiremos. Precisamos pensar no Brasil como um todo
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ou separar de vez o Sul do resto, e ficar com os lucros e riquezas.E pensar como um todo é melhorar Norte e Nordeste, mas,também, olhar(...)
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leojribeiro Leonardo Ribeiro
(...)pra quem do seu lado passa fome e frio, ou come e mora mal. A única mudança é a educação, fazer o povo aprender a pensar, (...)
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leojribeiro Leonardo Ribeiro
(...) e não, apenas, copiar conhecimentos de outros.Um povo que pensa fica indignado com a situação da saúde, educação,transporte, segurança
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leojribeiro Leonardo Ribeiro
que encontramos hoje em situação de calamidade. Assim teremos mudança. Change we need. Yes we can. #VoteLeonardo em alguns anos
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MESMO TEXTO EM FORMATO CORRIDO

O dia de amanhã não depende de sorte, força de pensamento, é pura expressão da democracia brasileira, aliás, segundo e último dia do ano em que seremos democratas e nossas vontades serão ouvidas, depois só em dois anos. Mas é fato que qualquer decisão tomada amanhã será ruim, não há “menos pior”. São igualmente ruins, pois não há segurança no voto naquele que seria o menos pior (Serra). E a candidata vai apenas continuar o falho governo situacional.

Nós precisamos de mudança, e seja qual for o resultado de amanhã, não é o que conseguiremos. Precisamos pensar no Brasil como um todo ou separar de vez o Sul do resto, e ficar com os lucros e riquezas. E pensar como um todo é melhorar Norte e Nordeste, mas, também, olhar pra quem do seu lado passa fome e frio, ou come e mora mal.

A única mudança é a educação, fazer o povo aprender a pensar, não, apenas, copiar conhecimentos de outros. Um povo que pensa fica indignado com a situação da saúde, educação, transporte, segurança que encontramos hoje em situação de calamidade. Assim teremos mudança. Change we need. Yes we can. #VoteLeonardo em alguns anos

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domingo, 17 de outubro de 2010

Onda verde abortiva

Este ano de eleição está dando muito que falar, mas não muito do que se falar.

Pra quem não entendeu a diferença a explicação é rápida...
Muito se fala de aborto, das divergências dos candidatos, de um ser elitista e a outra terrorista [e, também, elitista]. Porém, não se fala de mais quase nada.

Tornamo-nos alienados em certos temas, certos assuntos que são como um cachorro correndo atrás de si. Assuntos eleitoreiros e que não vão mudar agora, assim como o aborto; um tema polêmico que não faz realmente uma diferença na pauta de trabalho (e não de campanha) de um presidente.

É como falar da legalização das drogas (ou de drogas leves). Seria o melhor modo de controlar algo que é, hoje, fora do sistema; controla-se o uso e a qualidade deste uso. Sem falar, também, que não se mata pelo uso, pela falta de pagamento, e nem se tem agressividade por parte dos fornecedores. Sua mãe não poderá proibir-lhe, depois que você tiver seus 18 anos ou mais. Não haveria – tantos – garotos de nove anos [e até menos] utilizando de tais entorpecentes*.

Sim, essa é a melhor solução – como a permissão do ato abortivo é para representar uma maior liberdade da mulher com o seu corpo, ou para poupar os desgastes de duas vidas quando a terceira não vingará**. Embora seja a melhor solução, a população brasileira não está preparada; não há nível necessário de educação e cultura para saber o melhor a se fazer em cada situação. Portanto, não se deve – tão cedo – permitir um ou outro.

Não são discutidos – tão vividamente – temas como educação, saúde, transporte e – o tão amado pelo presidenciável José Serra – saneamento público. Estes temas sim são importantes, somente teremos uma sociedade que possibilite legalizar abortamento ou descriminalizar drogas quando tivermos estes pontos muito bem acertados em todo o país, não somente em uma cidade.

Porém, o que irá decidir as eleições [tirando o Nordeste] é realmente o primeiro tema polêmico (aborto). Isto e mais uma coisa, a chamada “Onda Verde”.

Uma candidata se destacou nesse primeiro turno; estamos acostumados (ultimamente) com a briga entre dois partidos – lembrando Arena e MDB –, PT e PSDB. Neste ano de 2010, entretanto, houve um partido, e em especial uma candidata, que cresceu muito. O Partido Verde (PV) e sua candidata Marina Silva destacaram-se muito; e, portanto, decidirão essas eleições.

Os presidenciáveis precisam do apoio desta candidata para somar um total maior que o do outro de eleitores; porém, não se pode aliar-se ao que atacou anteriormente, mas o mundo da política é controverso, pois o que se busca é angariar partidários, votos e, por fim, ser eleito.

Não se deixe enganar por nada, e muito menos ninguém (coisas nem sempre são controláveis, pessoas, sim). Então, não vote em um candidato porque ele foi apoiado pela sua (ou seu) candidata (o). Tente – se ainda não fez – analisar as propostas de cada um, parece não dar tempo mais, mas creia que dá. Não acredite em informações puramente midiáticas – sei que falo através de uma mídia –, pesquise antes de formar uma opinião, e deixe as pessoas duvidarem de você e contradizerem-te.

*Sei que não mencionei os entorpecentes, logo a terminologia “tais” estaria incorreta, mas leia como se fosse implícito no momento “drogas”
**Mesmo em casos de anomalia em fetos quando se sabe que será um natimorto (criança que nasce sem vida***), não é permitido o aborto. Deste modo, o casal se desgasta, gasta dinheiro com consultas, atendimentos, o corpo da mulher se modifica e não há o fim desejado, que seria um filho para ter duração vitalícia aos pais.
***Se é que é possível nascer sem vida

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sábado, 9 de outubro de 2010

Comovido


Hoje estou em um clima estranho, mas não quero falar de mim.
É um dia muito especial pra ser egoísta – mesmo tendo um blog.
Hoje é aniversário da minha mãe, e também do John Lennon – seria se ele estivesse vivo, e sim, coloco-o depois de minha mãe, até porque mãe é mãe...

Mas o que me dá base para o título de hoje é realmente o finado e talentoso Beatle, encantou o mundo com suas músicas e seu estilo de inglês irreverente. Encantaria ainda hoje, como um vovô de 70 anos, não fosse por uma fatalidade…

Isto me faz pensar, o que faz uma pessoa achar que tem o direito sobre a vida da outra?

Não vou, aqui – agora, debater sobre uma possibilidade ou não de pena de morte; não é o que discuto, vou falar sobre os que não têm sua “liberdade” restringida.

Fico comovido com as músicas de John Lennon, mais ainda com a mensagem que ele passava, e me inveja o estilo inglês que ele produzia, diferente de qualquer estilo inglês tradicional. Era um cara que pregava a paz e o amor (incluiria as drogas, mas ele abandonou essa apologia depois de ficar “maduro” – se é que não morreu cedo de mais pra dizer que foi algum dia maduro).

Como qualquer pessoa pode querer assassinar alguém como ele; ele que pregou a paz, ele que pregou o amor, ele que encantou e cantou o mundo; ele que teve paciência para aturar tanto a Yoko quanto o Paul…

E o indivíduo dizia-se “ser humano”, ainda mais, dizia-se fã de Lennon.

Isto me comove, intriga e, principalmente, irrita.
“Vivam, e deixem viver” – someone said some Day

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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Panis et Circenses

A tradução literal do título é “Pão e Circo”; isto foi uma política [conhecida como Política do Pão e Circo] utilizada em Roma na época do Império, antes da crise. Esta política foi criada por haver excesso de mão de obra, não sendo necessário, à grande parte dos cidadãos, trabalhar – até pela existência de escravos. A política consistia em prover alimento e diversão – por isso existem os estádios romanos como, por exemplo, o Coliseu – para esses cidadãos.

Porém, não era, apenas, os cidadãos que não trabalhavam quem usufruía desta facilidade; chefes de Estado e outros cidadãos que possuíam salários obtiveram tal serviço. Diante de tal gasto, sem haver produção por parte de todos os cidadãos, gerou para Roma grande déficit, o que ajudou na produção da crise.

Erros como este servem de exemplo para que não se ocorra novamente, mas parece que nem todos aprendem ou entendem isso. E como é de praxe, estou, aqui, a criticar nosso glorioso país.

Eu, particularmente, costumava dizer que a política brasileira atual das “bolsas” era a “Política do Pão sem Circo”; a diferença desta para a romana é que o direito dos romanos era de quem não tinha trabalho devido ao excesso de contingente, e não de quem tinha dificuldades no âmbito sócio-econômico.

Por que “do Pão”? Pois é dado dinheiro para cada dificuldade do necessitado cidadão – como manter o filho na escola, quando seria mais rentável estar trabalhando. Por que “sem Circo”? Porque, até então, não havia no projeto a concessão de dinheiro ou fornecimento de ingressos para atividades sociais de entretenimento.

Agora, é diferente; não porque o Estado [fraco] notou que poderia haver crise se continuada esta ação, mas porque resolveram incluir o Circo na supracitada política. O governo está prestes a conceder, se é que não foi concedido, a bolsa cultura; com ela as pessoas que usufruem da política de Bolsas terão R$50,00 – não especificados se por pessoa ou no total – por mês para gastar com cinema, teatro e lazer.

Os benefícios juntos podem facilmente chegar e passar os dois mil reais; o que não faz sentido algum. Tudo bem que a função do Estado seja a de prover situação digna para sua população; mas há uma população completamente ignorada: os trabalhadores.

Um trabalhador com um salário baixo não consegue prover o sustento de uma família, e, se consegue, não pode gastar cinquenta reais no total - quanto menos por pessoa – com o lazer e o entretenimento de sua família. Isto torna totalmente injusta a política de sustentação do Estado Brasileiro. Há um único motivo para ter uma política de bolsa (por mais que seja injusta) que beire os dois mil reais, tendo um salário mínimo de dois mil reais.

O Governo alega não fazer concessão de salário mínimo maior por não ter dinheiro; pelo mesmo motivo, diz-se que a previdência está falida. Como é possível, então, um Estado que gasta tanto dinheiro dando-o, literalmente, na mão de quem precisa, mas talvez não mereça?

Algum problema que poderia vir em curto prazo não seria nada comparado ao que poderia acontecer em longo. Em curto prazo, uma revolta dos que deixaram de ser beneficiados pode ser controlada, inclusive, mediante coerção [utilização da força do Estado e do Direito]. Em longo prazo, uma crise econômica que poderia acabar com a chance de outros também ganharem dinheiro, mesmo que pelo próprio suor.

Se há vontade de fornecer suprimento de carência para a população isto deveria ser feito corretamente, providenciando um futuro possível para eles. E se realmente há esse intuito, isso não pode ser feito, apenas, nas concessões. Um Governo, para ser provedor no âmbito econômico, tem que restringir no social; e vice-versa. Caso contrário, o que ocorreria seria uma possibilidade de melhoria de vida vira abuso.

In Dubio Pro Bar

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Estado em cheque

Pode-se notar uma crise atualmente; o pior tipo de crise, uma crise de representatividade. O foco deste portal no momento será o nosso glorioso país, por alguns motivos:
- É o país em que vivo, tenho mais conhecimento para poder criticar para bem ou mal;
- É onde eu sinto a maior crise neste quesito;
- Teremos eleições para presidente em breve;
- Tivemos uma década conturbada na política;
- Tivemos duas décadas de inoperância do povo frente ao governo.

Estes foram, apenas, alguns motivos que trouxeram o site a tratar do assunto.
Vamos tratar de baixo pra cima, esquecendo dos dois primeiros pontos; que são clichês imensos, inúteis, mas inevitáveis.

Desde o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo – que, por amnésia da população, é agora parlamentar, ou seja, poder legislativo -, não se tem uma presença forte da política por parte do povo. Criou-se uma nação apática politicamente, desinteressada; e a mudança foi – infelizmente – repentina. Ocorreu ato semelhante no começo do último século, quando foram dados direitos humanos mínimos aos trabalhadores; direitos entendidos como regalias, e, com elas, deixou-se de reclamar e exigir do governo, esperando que fosse feito algo por parte deste.

A falta de participação atual é pior que a do século passado, pois esta teve um motivo, aquela é puro comodismo. E, então, chegamos ao segundo ponto. A década começou com crises de energia, os famigerados apagões durante o governo do tucano FHC; o que ajudou, em parte, o presidente atual a chegar ao poder. Porém, foi feito nos anos anteriores um bom planejamento, o qual foi sabiamente – forçando a palavra ‘sábio’ – mantido pelo atual presidente, proporcionando crescimento econômico com reflexo deste para a população.

Não vou, aqui, entrar no mérito da distribuição deste crescimento, isto já foi feito no blog outras vezes, e tornará a ser feito no futuro.

Com a situação financeira um pouco [bem pouco] melhor, o brasileiro acomodou-se, e hoje não só deixa de cobrar os políticos, mas deixa de cobrar a política. Não se dá devida importância aos assuntos eleitorais, ou representativos, fatos que deixam brechas para se fazer palhaçada – literalmente – no horário eleitoral. E o pior é que seria conseguida eleição do palhaço. [já entrando no terceiro, e último, ponto] Com essa prévia eleitoral – que me perdoe o rádio por usar essa expressão –, nota-se que o brasileiro não dá importância alguma para quem está ou não no poder ou o que é feito dele, contanto que o seu dinheiro esteja no bolso.

Mal sabendo que é gigantescamente enganado, o povo preocupa-se apenas em levar sua vida; o individualismo é tão grande que o povo não nota que está perdendo tudo por todos os lados. Não se deveria deixar uma CPI passar em branco, falcatruas serem feitas sem que haja efeito punitivo; não poderiam eleger o Caçador de Marajás [“Eu caçador de mim] Fernando Collor de Melo como senador, esquecendo o passado dele. E o passado é recente, mas este é, apenas, um dos milhares de exemplos atuais de passados esquecidos.

O voto, hoje, é universal e obrigatório, e as duas coisas são erros fatais a “Ordem e Progresso” que é estampada na bandeira. Tentaremos ser sucintos ao explicar as duas características. A segunda [obrigatoriedade] é uma ferida na democracia e na livre-escolha do cidadão brasileiro, e é fonte de possibilidade para manobra da massa; pois, manipula-se a imprensa para levar todos a crerem em algo, e todos serão obrigados a votar, logo, as eleições já são ganhas. A primeira característica [universalidade] é contraditória com a interpretação de uma norma importantíssima do Código Civil, na verdade da Lei de Introdução a este; é dito que não se pode negar conhecimento a uma lei, mas na aplicação desta norma é lembrado da extensão do país e do isolamento de alguns cidadãos.

Ora, se estes cidadãos isolados podem desconhecer a lei, o que é uma exceção necessária, por que podem votar? O que queremos mostrar é que se não há conhecimento de seus direitos e deveres, não há conhecimento das necessidades primárias e nem das atuais do país.

Sendo assim, não se deve deixar alguém que não tem noção sequer do que está fazendo – o que não ocorre somente em áreas isoladas, ou com população menos fornecida de conhecimento e educação – escolher o futuro do país, votando em cargos que desconhece e em pessoas não preparadas.

O Estado está em crise e não se sabe se há volta dela, uma possível volta é fazer um Estado, hoje fraco, voltar a ser forte. Para o Estado voltar a ser forte, há de fortalecer a representatividade, a qual foi tristemente corrompida pela democracia nos moldes atuais.

In Dubio Pro Bar

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dialética no Ônibus

Meus caros, vocês não estão fartos disto?! Francamente, este ônibus está completamente lotado [este povo gostará e não entenderá a redundância] neste horário!

Vocês continuam apoiando isso tudo sem reclamar?! Voltam cansados do trabalho, agüentam trânsito E um enorme acumulo de pessoas ao redor!? Parabéns, vós sois sobre-humanos!

E o pior é que sofrem calados, apanham sem gritar! Embora o grito esteja preso na garganta… pensam em reclamar, mas não sabem pra quem, e muito menos de quem!

A verdade é que devem reclamar do governo, e para ele mesmo ou a imprensa, que finge que não sabe que isso tudo acontece! E, realmente, não dá a mínima para qualquer um que está aqui dentro agora… e vocês, literalmente, dão ibope a eles!

Não falo somente da mídia quando falo do Ibope, o governo também se aproveita. Neste ano, deverão vocês escolher novos representantes, que poderão mudar esta situação. Mas, vocês não sabem opinar, caso contrário não estaríamos nesta situação; não me leve ma mal, mas a maioria de vocês nem sairia do sofá no domingo para votar se não fosse obrigada.

Quantos de vocês não prefeririam estar em um carro agora? Confortavelmente sentados, com um ar condicionado ou, pelo menos, uma música agradável; sem aperto algum, e não teriam que andar tanto, seria da porta do trabalho para a porta de casa… Vejam, pois, se vossos chefes acatam esta ideia – claro que a opção é para quem está a mais de cinco anos na mesma empresa, o que hoje é raridade –, será que eles trocariam vossos vales transporte por um carro?

O valor de certo tempo de vale transporte compraria um carro, daria conforto ao funcionário; o problema é que geraria um vínculo com vocês até o final do valor estar quitado, o que para eles parecerá um prejuízo, pois não pretendem vos ter por tanto tempo.

Essa tática serviria duplamente, ajudaria no conforto de vocês e daria um baque numa empresa que serve ao governo, que é o caso da SP Trans, e, logo, um baque no governo. Assim como esse golpe pode ser dado e sentido nas urnas; se souberem votar direito.

E votar direito não é votar neste ou naquele candidato, é votar consciente do que está fazendo, nem que esteja fazendo besteira, e votar por si mesmo, não por outros. Todo candidato tentará enganar-vos, vejam o exemplo do partido que vos governa, diz no estado que a mudança de governo é o que trará melhoria e desenvolvimento, que precisa mudar; mas defende a continuidade, manutenção e continuísmo do governo para o país.

Eles não defendem mudança, manutenção, melhoria, ou qualquer outra coisa; eles defendem a si mesmos, e está na hora de você começar a se defender! Não pensem que sou diferente de vocês, que sou um burguês que fala tudo isso porque está confortável como está; se minha situação fosse melhor que a de vocês, não estaria eu no mesmo ônibus!

Pensem, também, que se você está nesta situação, tanto financeira como espremido dentro de um ônibus às nove da noite, é porque o crescimento que dizem que ocorreu não ocorreu tão bem quanto falam…

In Dubio Pro Bar

domingo, 15 de agosto de 2010

Hipocrisia

Este é um tabu em qualquer sociedade, e por isso vai servir pra tirar o pó do blog.

Todos criticam muito um ato de hipocrisia, como policiais vendendo armas a bandidos (não que isso ocorra no Brasil); porém, todos aceitam como ditado popular a frase “Se quiser conhecer um homem de verdade, dê poder a ele” ou a histórica frase “Aos meus amigos tudo, aos meus inimigos a lei”.

A verdade é que todos têm algo, ou muito, de hipócrita, mas poucos são os que assumem isso. São tão hipócritas que não admitem mentiras, mas mentem sobre serem hipócritas.

Aproveitando que estamos chegando à época de eleições [cada dia mais próximo, e cada dia mais distante… questão de perspectiva], vou comentar quanto à hipocrisia dos políticos. Creio que deveria ter gerado risos agora, ah!, como eu sou hilariante…

A hipocrisia dos políticos fica gravada com suas falas perante a mídia em comparação com suas ações, ou falta delas. Ou ainda, com a relação com a imprensa em época de eleição e fora desta. Mas creio que esteja óbvia a ideia desta determinada hipocrisia, pelo menos no Brasil.

Há, porém, hipocrisias mais gritantes, porque um poder que subiu a cabeça ou desceu ao bolso não é pior do que a falha numa instituição social. Os relacionamentos hoje em dia ficam muitas vezes sobre uma falsa base, isto devido à hipocrisia; pensem, se todos são hipócritas e ninguém admite que o seu parceiro o traia, admiti-se a traição feita por si mesmo. Desta forma, como confiar em qualquer pessoa para haver um relacionamento?

A resposta para isso é simples, confie em pessoas que demonstrem ou admitem serem hipócritas… pois para os demais há desconfiança.

In Dubio Pro Bar

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Antipolítica Externa e Segurança Klabin

Venezuela e Colômbia estão a ponto de estourar a primeira guerra bolivariana; crê-se, hoje, que o assunto será resolvido “sob a chancela do Brasil”. Tenho medo do que isso pode, de fato, significar.

Segundo o assessor especial para assuntos internacionais, a vontade é reforçar as afinidades entre os países, sendo que estas superam o número de divergências. Procura-se, também, aproveitar o momento de mudança de presidente.

Deixa-se claro que o Brasil pretende chegar a um fator de paz no território através de uma mediação exitosa. E eu me pergunto, que outro tipo de mediação o Brasil faz? Ainda mais quando se trata de nossos vizinhos. Deixamos as Petrobrases* serem bolivarianizadas*; porém, não nacionalizamos as multinacionais aqui presentes.

Somos uma verdadeira piada quando se trata de Política Externa; fora sermos fracos, não tomamos posição firme. Por isso “todos gostam de nós”. Ficamos entre Obama e Ahmadinejad. Somos omissos, não tomamos partido e ficamos com cara de idiotas; pois quer saber? Somos, de fato, idiotas! Nós podemos muito bem mudar isto…

Os argentinos entram em protesto por qualquer coisa, como mostrou o Globo Esporte nesta quarta-feira, pela saída de Diego Maradona da seleção argentina. Se fossemos assim poderíamos culpar so(la)mente o governo… [momento ‘revolts’ {momento colorido}**]

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Grande atitude o que os moradores da Chácara Klabin – zona sul de São Paulo – fizeram. Eles montaram um esquema de segurança, junto com as polícias Civil e Militar, comprando diversos aparelhos. Cada condomínio [dos 98, aproximadamente, que há na região] gastou cerca de R$6.000,00. Um preço justo, quando dividido por cada morador, pelo resultado obtido.

Em um ano, ocorreram 80% menos furtos, assaltos e seqüestros na região; e pensar que a polícia neste caso funciona. Como bem apontaram um professor do Largo São Francisco e um delegado, isso mostra fraqueza no setor público, pois uma organização / movimentação particular sanou um problema que o órgão público não conseguiu.

Isso demonstra, em parte, que a eleição não deveria ser para prefeito e sim para “subprefeito”; pois não ninguém está preparado para garantir vigilância da cidade inteira. Portanto, o trabalho de fato vai para as subprefeituras, tendo elas grande importância na vida do cidadão; porém, o cidadão não elege o ser que tem responsabilidade por este determinado local. É um posto indicado, infâmia estrondosa para tamanha função; falha pública.

Além disso, deve-se repensar o modo de administração pública no Brasil. Não é possível que certos órgãos municipais fiquem sujeitos, bloqueados, por vontade ou intervenção estatal ou federal.

*Neologismo
** o “colorido” foi por causa do “revolts”

In Dubio Pro Bar

sábado, 17 de julho de 2010

Agenda Presidencial, Ana Paula Arósio e Notícias Recentes(1)

Nesta sexta-feira (16), ocorreu, no Rio de Janeiro, um comício da presidenciável Dilma Rousseff; este evento contou com a presença do nosso queridíssimo presidente, Luis Ignácio Lula da Silva. Entretanto, não era o que mostrava sua agenda, disponibilizada em versão on-line.

Na agenda no nosso querido chefe de Estado constava que às 19h – horário do comício – haveria um “Compromisso Particular”. Fala sério! Não importam as leis eleitorais neste caso, já que vai aparecer no comício mesmo, paga a multa no valor de uns R$15 mil, que para eles é uma bagatela. O problema nem é este – tá certo, é sim –; o real problema é que por causa da agenda ele [Exmo. Presidente] terá um ‘compromisso particular’ com Dilma Rousseff, e isso ninguém merece!

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Outra tristeza – e fato que ninguém merece saber – é que a “tchuqui-tchuqui” [como diria Marcelo Tas] da Ana Paula Arósio se casou nesta sexta-feira, 16. O casamento ocorreu em Ribeirão Preto, em segredo. E é, então, que eu me pergunto “Que p* de segredo é este, que a notícia está até no ‘In Dubio’?”

De qualquer forma, sinto-vos informar que está já tem “dono”, e ninguém tasca [sem escândalo]. Alguém me responde se Maria Fernanda Candido continua solteira? – mentira, amor!

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Vamos à capa do Jornal da Tarde…

“Inspeção veicular terá 4 blitze por semana” – Cuidado!, nada mais; ahh sim, o termo “blitze” copiei do jornal, e, também, desconhecê-lo

“GRÁTIS – O 9º fascículo do centenário conta a história dos anos 90, quando o Timão ganhou três Brasileiros” – só poderia ser grátis alguma coisa assim; ahh, e nos anos 00 eles roubaram um outro Brasileiro (Fora roubarem de 160 a 190 milhões diariamente)

“Nenhum tempero pronto passa em teste” – POOOOOXA!

Mizael: ‘Não há prova contra mim’” – até porque ninguém diz isso na cadeia; este ainda está solto

Espanha: vale tudo para ter o polvo Paul” – ainda essa história; mas, mesmo assim, essa Rainha nunca me enganou!

“No Sudeste, dengue mata mais em SP” – gente, sério, cuidemos disso, superar o Rio é foda! [mas, até nisso somos melhores]

Rodoanel terá pedágio antes de ficar pronto” - ¬¬’

“Argentina diz sim ao casamento gay” – Nunca me enganaram!

In Dubio Pro Bar

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Como fazer um post, Mão Suja, Bolivianos e Downloads de filmes

Hoje eu vou mostrar como eu faço um post de crítica, e porque são tão revoltados…

Sem abrir o jornal, vejo a primeira página e vou lendo as principais manchetes e seus respectivos leads.

Venhamos a esta parte; “Dona de autoescola presa ao burlar aula noturna” – tomem cuidado, mas não, não será post –, “Polícia acha sangue no sítio de Bruno” – não! –, “Timão segura a liderança” – quem liga para o Corinthians? [ps: graças ao meu irmão, o Palmeiras ganhou do Santos nesta quinta-feira, 15] –, “Rolex roubado vai para o exterior” – falando em Corinthians, mas não –, “Governo fez e distribuiu o ‘kit Dilma’” – realmente não quero falar mais [por enquanto] deste ser –, “Mamadeira esconde risco para bebês” – poxa vida, hein! Eu to vivo, então [se bem que não usei muito mamadeira] –, “Metade dos brasileiros não lava as mãos após ir ao banheiro” – e temos uma vencedora!

Eu fico, cada vez mais, com vergonha da minha terra Tupiniquim. A pesquisa que mostrou, como supracitado está [como eu disse], que “Metade dos brasileiros não lava as mãos” foi feita por uma consultoria inglesa – TNS Global Market Research. E, no Brasil, não foi feita em locais distantes, com intuito de manchar a imagem nada alva de nossa nação; a pesquisa foi feita nas cidades de Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegra e, pasmem!, São Paulo.

Sim, sim… Agora, quando você vir alguém sair do banheiro sem lavar as mãos não se assuste, ache normal, pois esta pessoa faz parte da maioria; olhe estranho para os que, como eu, lavam a mão.

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Evo Morales soube empregar o dinheiro que [roubou] adquiriu estatizando a [nossa] Petrobrás; o governo da Bolívia comprou um novo jato francês, para servir de avião presidencial, o custo foi de R$66,5 milhões. E, então, você pensa “Mas é só aqui que estes bolivianos fazem besteira ou não sabem o que fazem?”

E é aí que você, meu caro, engana-se! Pois, embora haja este maravilhoso jato, não há piloto no país capaz de comandá-lo!

Com isso, com certeza, você está mais relaxado, pensando “ainda bem que vieram os portugueses!”, ou “que bom que não sei espanhol do berço!”. Então, durma bem esta [e as outras] noites, sabendo que somos superiores a maioria, e inferiores ao que nós damos importância.

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Saiu, nesta quinta-feira (15), no site da UOL o relato da prisão de dois chefes de uma suposta quadrilha que não respeitava os direitos autorais e de imagem dos filmes. Desde 2007 que já se faziam investigações quanto ao caso; ou seja, agora mesmo podem estar investigando outro site, que virá a ser descoberto futuramente.

Então, se você pratica algo ilegal na internet pare, se você faz download [ou conhece alguém que faz] de filmes na internet, não faça no site que foi pego – “brazil-séries”, não confundir com Series-BR [vai que existe], ou outro qualquer.

O link da reportagem está aqui: http://www1.folha.uol.com.br/tec/767584-policia-de-sp-prende-donos-de-site-de-download-de-filmes-por-pirataria.shtml
Caso interesse a alguém.

Agora vou ver se vejo algum filme no meu computador; filme que adquiri legalmente, pelo menos no que consta no parágrafo 4º do artigo 184 do Código Penal: “O disposto (…) não se aplica quando (…) a cópia de obra intelectual ou fonograma, [feita] em um só exemplar, [for] para uso privado do copista, sem intuito de lucro direto ou indireto.”

In Dubio Pro Bar

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ex-BBBS, Divórcio e Traição de Mulheres

Antes de comentar alguma coisa vou postar aqui o link que me motivou a falar do primeiro assunto: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/766906-ninguem-e-chamado-para-mais-nada-diz-tessalia-sobre-ex-bbbs.shtml

Uma determinada ex-participante do programa Big Brother Brasil – o qual, sinceramente, detesto e não vejo nada de útil* –, da Rede Globo, reclamou que estão chamando poucos para trabalharem após o programa; isto ou nenhum deles de fato.

As pessoas, agora, além de ganhar um milhão de reais para não fazer nada durante sei-lá-quantos dias, esperam conseguir um emprego! Tantos brasileiros pedindo um emprego; mas estes aí querem no ramo artístico; vá, que queiram! Outros têm talento…

Eu já comentei, neste blog, sobre “celebridades” – que alguns chamam de “sub-celebridades” – que são seres que pretendem ganhar a vida aparecendo em festas; pessoas cuja fama não tem fonte merecedora. Não fazem nada para serem conhecidos, e muito menos reconhecidos; agora querem fazer, grande avanço, mas querem que lhes seja dado; gigante retrocesso!

Isso é como a criança, o adolescente, ou o jovem que acha que é dever do pai dar mesada à ele; não é sequer direito, é uma concessão. Ex-BBBs, sei que não leem [perdeu o acento, que triste, mas o Word® ainda não aprendeu] meu blog, mas parem de esperar o seu emprego cair do céu! Façam por merecer; está certo que foi motivado por motivo pífio, visto que a própria celebridade já disse que voltou a fazer o que fazia antigamente.

Mas a frustração é grande, todo mundo já espera que o governo dê casa, comida e emprego – o que é um absurdo; agora, esperar que a Globo, ou outra porcaria qualquer, dê um emprego já é muito.

*Há quem veja as novas Playboys como útil, se assim for, então algo de útil existe nisso

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Novamente, coloco antes o link para melhor informá-los: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24862259

Nesta terça-feira, 13, o Congresso Nacional promulgou duas Emendas Constitucionais (EC), uma tratando sobre o divórcio e outra sobre a juventude. Como declara o texto, o Congresso estava esvaziado; no meu entendimento não haveria três quintos (3/5) dos votos a favor para tornar válida como EC uma lei, mas deixemos o quórum de lado.

Fora o quórum, vou deixar, também, de lado a parte que trata sobre a Juventude.

Foi facilitado o Divórcio; agora você não precisa mais de um ano de separação judicial, ou dois anos de separação, basta desfazer judicialmente a besteira que fez na igreja ou no cartório. Em ato único! Parabéns; porém, se você quiser chance de repensar, se não tiver certeza do que está fazendo, já era.

Pensem um pouco, alguém tem que ter muita firmeza para tomar uma decisão como casar; para se separar também. Então, este ano de separação judicial poderia servir como um purgatório; dois anos de separação de fato são de mais, se o casal quiser voltar depois disso é meio ridícula a separação. Se houver divórcio em ato único, será muito mais constrangedor este “voltar atrás”.

Claro, nem sempre [ou melhor, quase nunca] ocorre como nos filmes, um casal se separou, a mulher arranjou outro, o cara está super [ou ‘uber’, plagiando Mr. Wallace] deprimido, e só lhes resta o filho como laço. Daí, num belo dia, eles brigam pra ver quem vai levar o filho para tomar sorvete, se entreolham, e notam que o amor nunca acabou. Aplausos, choros, e um belo fim juntos.

Mas se o casal precisar, ou quiser um tempo – apartados – para pensar, será meio estranho; podendo pedir a um juiz um divórcio direto, por que um casal que não se quer mais vai pedir a separação? Isso vai inibir esse ato reflexivo, se é isso ou não que deve ser feito ao matrimônio. E mais ações impensadas realizar-se-ão; e mais erros serão cometidos. Sem entrar no blábláblá de “e se houver uma criança envolvida” [papo para carola, o que me lembra Os Simpsons® “Alguém, por favor, pense nas criancinhas!”].

Creio que sobre isso é o que basta. Desta vez com menos frustração e raiva, quero pô-los para pensar, e discordar, é claro.

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Não, não vou falar que mulheres sempre traem, até porque minha mãe e minha namorada são mulheres.

O que me levou a escrever este – em específico – texto [que, espero, será breve] é que nos últimos dias li “Dom Casmurro” e “O Primo Basílio”.

No primeiro romance, não pude deixar de me comover com a esposa acusada. No segundo, não pude deixar de xingar muito no twitter a esposa e o primo da mesma. Nesta hora, eu penso “Assunto sempre em pauta”. Obviamente, não é de hoje que a mulher é acusada de traição; e menos de hoje que ela trai.

Os dois maiores escritores [de língua portuguesa] do século retrasado já trataram muito bem sobre o assunto, mas parece que elas não aprenderam; não estou acusando ninguém, mas no meu ponto de vista é muito mais fácil a mulher trair do que o homem. Não porque toda mulher é uma víbora; e nem porque Eva deu a maçã para Ark, digo, Adão comer.

O que me leva a crer que é mais fácil a traição da mulher, é que elas são mais facilmente enganadas que o homem. Agora, você mulher deve estar pensando “há! Tá bem! É só estalar os dedos que vem um idiota babando”. Isto pode não ser mentira – nem sempre é; mas nós não estamos sendo enganados. Neste caso, o homem não vai trair porque está pensando “Oh! Ela me ama, de fato! Vamos fugir para Paris!”, não! Ele quer tanto se dar bem quanto ela quer promiscuidade.

Contudo, quando uma mulher trai ela pode, sim, ser movida por este mesmo sentimento – pelo menos atualmente, infelizmente, é assim; fato é que há na mulher esta expectativa de que o homem realmente goste dela, que esteja amando, e só por isso ela trai.

Acho que não preciso dizer mais nada, que chovam críticas sobre isso, que se inicie a famigerada discussão dos sexos.

In Dubio Pro Bar

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ignorância

(ACONSELHO A QUEM TEM PREGUIÇA DE LER, IR PARA PARTE FINAL DO TEXTO COM AVISO SEMELHANTE)

Algo deixou-me intrigado quanto a nossa inteligência. Nós brasileiros realmente não possuímos tal virtude. Vou citar Beccaria para explicar:

“Enquanto o texto das leis não for um livro familiar, como um catecismo, enquanto elas forem redigidas em língua morta e não conhecida do povo, e enquanto forem, de maneira solene, mantidas com oráculos misteriosos, o cidadão que não puder aquilatar por si próprio as consequências que devem ter os atos que pratica sobre a sua liberdade e sobre seus bens estará dependendo de um pequeno número de homens que são depositários e intérpretes das leis.
Ponde o texto sagrado das leis nas mãos do povo e, quantos mais homens o lerem, menos delitos haverá; pois não é possível duvidar que, no espírito do que pensa cometer um crime, o conhecimento e a clareza das penas coloquem um freio à eloquência das paixões.” (Dos Delitos e das Penas; cap. V – Beccaria)

RESUMINDO:

As leis eram escritas em latim e pouca gente sabia tal língua, por isso ele diz que se soubessem não haveria muitos crimes. A lei não estaria na mão de poucos, e o medo da pena pararia a vontade do crime.

Aqui alguns pontos que me revoltam:

Toda a nossa legislação é escrita em PORTUGUÊS, creio que quase todo mundo entenda pelo menos um pouco, mesmo assim NINGUÉM conhece muitas leis ou sabe o que pode ou não fazer.

Claro que, sendo brasileiro, se soubessem o que não se pode fazer fariam isso do jeito menos ilegal possível só para parecer que pode ser feito.

E, mesmo tendo as leis na língua nativa, o povo brasileiro continua a mercê de poucos, algo inaceitável, visto que esses poucos se aproveitam dessa preguiça (+ ignorância) para se darem melhor do que poderiam fazer.


(ACONSELHO A QUEM TEM PREGUIÇA DE LER, LER DESTA PARTE PARA BAIXO)

Pontos frustrantes:
• O brasileiro tem muita preguiça de ler;
• Por esse motivo não tem conhecimento do que pode ou não fazer, segundo as leis;
• Por isso comete infração e vai preso, ou perde dinheiro à toa;
• Por isso tem tanta gente (em Brasília e aqui ao lado) levando o dinheiro da gente;
• A preguiça de ler do brasileiro tornou-nos um povo ignorante;
• Choraria por causa disso, se alguém merecesse esse choro;
• Ou se mudasse alguma coisa;
• Claro, digo isso sobre brasileiros porque é o povo que tenho contato, outros devem ser iguais…


DESLIGA A TELEVISÃO E VEM LER UM BLOG (que não fale de Capricho e Justin Bieber)

[no próximo post vou inserir um vídeo, como num vlog, só pra ver como fica]


In Dubio Pro Bar