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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Futuro + Faculdade e Física de academia

O começo do ano é sempre uma época de realizações ou desesperos para aqueles que vão para uma faculdade, ou aqueles que tentaram ir. Sempre se pensa que está fazendo algo errado, ou que não está conseguindo atingir seu único futuro possível, quando não se consegue a vaga, ou não tem certeza que conseguiu a vaga certa – não respectivamente. O que nunca é verdade.

Da mesma forma que uma pessoa entra numa faculdade e meses ou anos depois ela desiste da área, ela pode sentir-se confortável com o curso e prosseguir até o final. Muito embora, por vezes profissionais formados – ou seja, que não desistiram do curso durante a graduação – percebem que não estão na área correta, e acabam por largar a carreira.

É tão desesperador crer que entrou numa área totalmente errada para si mesmo, quanto é ilusão crer que está na área perfeita. Assim como é idiotice achar que deveria entrar apenas em uma determinada universidade, tanto quanto é crer que está na universidade errada. Vou me usar como exemplo desses diversos tipos de pessoas.

Primeiro, eu estou feliz da vida – perdoem a expressão – pela faculdade e universidade em que estou, mas não foi sempre assim. Há cerca de um ano, eu já estava matriculado nesta mesma universidade, esperando o resultado de outra prova, a qual eu não obtive sucesso. Portanto, no início do ano letivo eu estava completamente arrasado, e crendo que não gostaria nem um pouco da faculdade, e muito menos dos freqüentadores. Eu não queria saber de me socializar muito, apenas estudar pra chegar ao que eu acreditava ser o nível dos alunos que conseguiram a vaga que eu não consegui.

Passei o primeiro semestre do curso não falando mal da minha universidade, mas sempre falando melhor da que eu não atingi. Bom, isso mudou muito no segundo semestre; que foi quando eu percebi que ambas as universidades detinham o mesmo nível, a diferença era realmente o aluno, e neste caso, é claro, a mensalidade.

Desta forma, está claro que eu “quebrei a cara” quanto à instituição, mas, neste caso, para melhor. Porém, eu ainda acredito estar na área certa pra mim – direito –, o que significa que eu ainda posso quebrar a cara, para o pior. E há indícios para que isto aconteça.

Eu – que sempre gostei muito de ler, e sempre tive um enorme apreço pelas matérias da área de humanas, ou sociais – tive, e ainda me resta um pouco de, facilidade para matérias de ciências exatas; claro que num nível limitado. Hoje, por exemplo, eu acordei (muito cedo por sinal) pensando na academia, não que eu estivesse disposto a levantar e ir treinar, mas estava pensando em dois treinos específicos, “Leg Press” e “Gêmeos Máquina”.

Ambos treinos para perna, com uma engenharia perfeitamente feita, porém, ambos os aparelhos não forçam o esforço da pessoa na mesma proporção que aparentam. No primeiro aparelho, quando se carrega a máquina com uma carga de massa x, que é a massa real posta, você está num ângulo de 45 graus; portanto, aplica menor força do que os 10xN, que pensou aplicar. E, no segundo aparelho, você carrega 3 vezes o peso que percebe no aparelho.*

Claro que, embora haja controvérsias, esses conhecimentos não serão muito aplicáveis na minha área atual, ou seja, um dia posso acabar por perceber que não estou no curso (em ambos os sentidos) correto. O melhor neste caso é manter a calma. Entretanto, eu tenho certeza que vou dar um Freak Out se algum dia perceber que Direito não é o curso que eu deveria cursar.

In Dubio Pro Bar

*Leg Press – como a pessoa fica posta num aparelho de 45 graus, ela não carrega, por exemplo, 160kg; fazendo os cálculos (P.sen45) temos que, ao por a carga de 160kg, a massa aparente é de 112kg, ou seja, é a massa vezes 0,7

Gêmeos Máquina – neste caso é um problema de momento de força (ou “torque”); se o apoio para o joelho estiver a uma distância x de onde você está sentado (ponto fixo) e a carga estiver ao triplo da distância, você estará carregando, aparentemente, o triplo da massa com que carregou o aparelho (isto é, a massa vezes 3)

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