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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Reparação - Retratação do texto ‘Político’ (último post de 2010)

Fico muito feliz quando há comentários nos posts, e mais ainda quando algum desses realmente sabe o que está falando, e fala bem. Como é o caso do Anônimo do último post, claro que seria muito melhor se houvesse identificação.

Entretanto, retratação não se trata de elogios, mas de esclarecimentos. O que eu quis passar, principalmente, no outro post foi a diferença entre o presidente que sai e a presidente que entra. Esta meramente política – embora nunca tenha exercido cargo nenhum por eleição – e aquele um populista, o melhor da América Latina desde os anos 90, pois levou o carisma não só à população, mas ao mundo.

O que venho retratar, após esse reforço, é uma ideia que não pareceu bem clara no post. Não defendo o populismo desacerbado, não levando resultado [positivo] nenhum ao país. Só quis dizer que o povo não está acostumado com um presidente que não estenda a mão, acene e sorria, faça piadas e fale de futebol. Carecerá, a maioria, deste ‘pai’ ou ‘filho’ do Brasil; mas disse, também, que isso não é coisa ruim, pois pode ser uma brecha para a mudança de pensamento da nação, e um início de cobranças - como há na Argentina – aos políticos.

Com isso, fecho o ano de 2010, com 73 postagens (pra mim o número é importante), espero mais postagens e maior repercussão para o ano de 2011, quando estarei, também, com o blog indubioproleo.wordpress.com com assuntos mais jurídicos, então poderão ver um pouco do meu lado conservador neste novo endereço. Que tenham passado um bom natal, e que tenham uma excelente virada de ano. Próspero 2011.


In Dubio Pro Bar

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Político

(peço desculpas pelo empréstimo, ou adaptação, forçado de Aristóteles)

Este ser tão odiado atualmente, simplesmente por exercer sua função, ou estar no cargo em que foi eleito para estar. Claro que o real ódio não é simplesmente por isso, mas pelo mau funcionamento dos órgãos, pelas falhas e pela falta de melhoria e progresso.

Decerto que um político não será odiado e pode exercer seu papel com normalidade em um país como a Suíça; lá, não há necessidade de qualidades extras para ser um bom político, basta trabalhar. Este é o tipo de político da nova presidente. Dilma não tem diversas características ou qualidades que são necessárias a um presidente brasileiro.

Ela trabalhará, exercerá sua função, fará discursos, representará o Governo dentro do país e a nação fora dele. Será seca, séria, como se deve ser, será profissional, fria, longe do lado pessoal de quem fala. Mas não será o suficiente, o povo pedirá mais, mais atenção, olhos de mãe, praticamente, quererá carinho, um abraço, só não um beijo porque ninguém merece um dela.

Ela não será atriz, o que não é um erro sendo político. Mas nós estamos falando do Brasil, e não é de hoje que esse povo precisa de mais, precisa de um pai à la Perón, à la Vargas. Não é, apenas, porque o antecessor é o Lula, é porque, também, é o tipo de político e, principalmente, presidente que esse povo precisa.

Esse tipo é, certamente, o que Lula sabe ser, não se sabe se por atuar, politicar, ou porque o é assim de fato. “Lula, o filho do Brasil”. Não é qualquer político que consegue criar uma imagem próxima, ou tão próxima, com seu povo, como ele fez. Todo mundo sabe que ele é o carisma em pessoa, e precisa ser para governar um país rico, com um povo pobre ou quebrado, e fazer todo mundo (ou 80% da população) acreditar que está bom, pelo menos bom.

Lula tem um carisma tão impressionante que, após ser chamado de ‘o cara’ pelo presidente norte americano – Barack Obama -, ele não foi recepcionado com armas direcionadas e munição penetrando seu corpo no Irã. É esse tipo, mágico, ator ou meramente populista que o povo brasileiro precisa, para se acalmar e aceitar qualquer situação de baixo crescimento e aparente distribuição de renda – que fez pessoas saírem da miséria, deixaram de ser miseráveis para virarem pobres, e outras saírem da pobreza e entrarem na classe média muito baixa, deixando de comer mal para mal comer.

Não me entendam mal, não digo que o Brasil precisa de um ilusionista, muito pelo contrário. Um político como esse manterá a situação como está, como uma promessa de melhora, “País do futuro”. O que é preciso é de alguém que melhore o país como um todo; se é necessária forte participação popular, manifestações e impeachments para essa mudança, que haja. Talvez a troca de um presidente com ‘a cara do povo’, um presidente irmão, um lulista, para uma presidente ‘político’ ocasione esse fato; talvez agora seja o momento da mudança, da mudança de pensamento de um povo.

Francamente, se a Argentina conseguiu isso, nós conseguimos e ainda viramos a Suíça.

In Dubio Pro Bar

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Golpe Aeroviário

Essa greve às vésperas do natal é muito bem formulada, vai atingir o maior número de pessoas, pois são duas datas muito comemoradas, as pessoas vão para os quatro cantos do mundo, ou vão rever familiares. Eu não apoio essa greve, como não apoio qualquer outra, mas esta greve está mostrando a classes mais abastadas que elas são atingíveis por essas manifestações.

Chega de pararem trens, metrôs e ônibus; nestes casos a população que não tem recurso é gravemente ferida. Pensem um pouco, um avião que não voa uma família vai ficar sem viajar, sem ir para a Europa, Estados Unidos. Já ônibus, trens, metrôs atrapalham diversas famílias a colocarem comida na mesa, impedem de trabalhar as classes mais necessitadas, um crime.

E o pior é o acordo, num caso irá sair de algum luxo, que cessará, e já cobrirá o que é pedido pelos aeroviários. No outro caso, aumentará – em centavos gritantes – a passagem do transporte público, logo, a pessoa que não perdeu emprego por não conseguir chegar ao trabalho na hora, ou nem conseguiu chegar, vai ter que pagar uma passagem mais cara.

Outro fato que me impressionou – neste caso para bem – foi relacionado, também, ao acordo. Assisti ao presidente, Luis Inácio, dizer que a situação não pode ficar sem negociação. Não sei se isso foi fruto da classe social atingida, mas o que se vê é um presidente disposto a negociar com grevistas. Talvez o seu passado sindicalista não esteja tão apagado assim, talvez ele apenas seja um bom político, grande populista e excelente ator.

Quem poderá saber…


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sábado, 18 de dezembro de 2010

Vícios de Internet I – Facebook

Tiro a poeira do blog com mais de um mês sem postar montando uma nova série.

Apresento-vos “Vícios de internet”, e abro com meu mais novo vício, o Facebook (thefacebook, pra quem viu o filme “A Rede Social”).

É uma obra prima (não no sentido original); particularmente, eu achava que era uma versão muito rústica do Orkut, embora fosse tão velho quanto. Não gostava da interface, achava-o pouco prático. Há cerca de um mês, comecei a usá-lo incessantemente; assim, minha visão mudou, ou se abriu.

É algo tão interessante e prático que sua criação virou filme, tamanha é a aceitação e uso – tanto quanto compulsivo. Para o Orkut chegar a algo assim tem que melhorar muito. E, como disse Rafinha Bastos em seu twitter, o filme sobre o Orkut já está sendo gravado, completamente em Osasco. As vendas, o público do filme será, apenas, espelho dos usuários; eu já vi o filme, gostei muito, embora não tenha entendido praticamente nada das partes técnicas, como códigos de programação – algo para poucos.

Fato é que esta rede social cresce atualmente com uma rapidez imensa no Brasil, e surgem mais vícios, pois o Facebook (ou Face, como é chamado por alguns) substitui praticamente qualquer outro site de rede social, ou entretenimento. Há jogos para se viciar, quizzes, e da para conversar – tanto instantaneamente (como um Messenger), quanto deixar um recado no mural para a outra pessoa responder quando puder. Há a possibilidade de comentar o resultado do jogo ou do quiz que algum amigo fez, a frase que alguém falou, foto que colocou.

Há, além disso, a possibilidade da criação de uma página para fãs que é melhor que as já conhecidas comunidades do Orkut, pois elas possuem maiores possibilidades (como por vídeos) e somente o criador pode controlar. Há também, a possibilidade de criar grupos de interesses em comum, com postagens dos diversos membros (sim, estas bastante parecidas com as comunidades do Orkut).

Tentem, aproveitem e viciem-se, com o tempo você vai achar até agradável e prática a estranha formatação da página. (é como o Linux para o Windows, um parece bom, bonito e funcional, mas o outro é quem realmente é)

In Dubio Pro Bar